quinta-feira, agosto 16

Elvis Presley

A Música, segundo Camus

A Música é a mais perfeita das artes. (…) A Música, que não tem que dominar a matéria, e sobretudo porque a sua origem é inteiramente espiritual, um substrato matemático, alcançou a perfeição e fez da harmonia a sua própria essência.

Albert Camus, “Tentativa de Definição” in “escritos de juventude” (para que se entenda melhor a razão da mistura, neste blogue, da Música com Camus.)

quarta-feira, agosto 15

Mussorgsky

A pobreza segundo Camus

A pobreza nunca foi para mim uma infelicidade – a luz do Sol vertia nela as suas riquezas. O magnífico calor que reinava na minha infância não me deixou o mínimo ressentimento. Vivia na incomodidade, mas, ao mesmo tempo, numa espécie de gozo da alma.

Albert Camus, citação do prefácio a O Avesso e o Direito, edição de 1957, no ensaio de Paul Viallaneix aos “escritos de juventude”.

Queen

terça-feira, agosto 14

D. AFONSO HENRIQUES - REI DE PORTUGAL

Na véspera de um feriado - 15 de agosto - e para que se entenda a importância dos feriados, e deste em particular, como marcos simbólicos na história de Portugal. [Repetindo uma posta antiga.]

Na verdade, o título de rei aparece pela primeira vez num documento autêntico em 10 de Abril de 1140, por sinal o primeiro dos que hoje se conhecem entre os bem datados produzidos pela chancelaria régia depois da batalha de Ourique. (...)

Os cronistas do século XVII puderam ainda consultar uma memória, hoje perdida, procedente do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, na qual se descreve a celebração de grandes festas em Coimbra no dia da Assunção da Virgem Maria ao céu, a 15 de Agosto de 1139, e nos dias seguintes. A solene missa desse dia foi celebrada por D. Bernardo, bispo da dioceses, e o sermão pregado por D. João Peculiar. Os eruditos modernos, como Rui de Azevedo e A. de J. da Costa, fiados na autoridade de Frei António Brandão, que menciona a referida memória, admitem a autenticidade desta informação. Depois de termos examinados os vários indícios que apontámos acerca das celebrações feitas em Coimbra por ocasião do regresso de Ourique, essa notícia só vem confirmar os elementos que descobrimos por via dedutiva. Tivesse ou não havido aclamação no campo de batalha, é lógico admitir que o povo de Coimbra quisesse também aclamar o vencedor e passasse a chamar-lhe rei. Não faltavam os motivos para isso.

In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”12 – Rei de Portugal”, pgs 120 e 126/127.