sábado, junho 4

As lutas do nosso tempo

Pode ter acesso aqui ao “Programa de Estabilidade e Crescimento – 2005/2009”.

“As lutas do nosso tempo: a propósito do desabrochar de uma campanha violenta contra as medidas do governo socialista”. Novas notas de reflexão acerca das medidas do governo no IR AO FUNDO E VOLTAR.

sexta-feira, junho 3

Gente


Sardoal, uma tarde de primavera: andei pelas ruas do Sardoal uma tarde inteira. parei em tascas, meti conversa, entrei em casa de desconhecidos, sorrimos, falámos, brindámos: tentei captar mais almas

Para conhecer PELA LENTE

Vivam os Cabos!

A notícia veio a lume no “Público”, de hoje, e é espantosa. É um retrato impedioso, “á la minute”, da governação de direita à portuguesa (e não só!).

O título:
Comando da GNR processado por cabos que se sentem prejudicados na carreira

Como não tenho acesso à versão electrónica aqui vão dois excertos da notícia:

“O Comando geral da Guarda Nacional Republicana (GNR) foi processado por um grupo de cabos desta força militarizada que se sentem discriminados e prejudicados por um despacho do comandante-geral. A decisão, tomada em Outubro de 2002, fez com que 6000 soldados tivessem passado automaticamente à categoria de cabo” (…)

“As promoções “decretadas” geraram ainda uma situação classificada de “caricata”, já que a lógica da pirâmide hierárquica foi subvertida – passou-se de 4.711 para 10.711 cabos e de 18.664 para 12.664 soldados – fazendo com que os novos cabos continuassem a exercer as funções de soldados (“porque não há quem desempenhe as suas funções primitivas”), muitas vezes comandados por aqueles que agora auferem vencimentos inferiores” (Os sublinhados são meus).

Perceberam? A notícia não associa a data do despacho ao governo em funções à época. Mas para os mais esquecidos sempre se pode recordar que era 1º ministro Durão Barroso, ministra das finanças Manuela Ferreira Leite e ministro da administração interna Figueiredo Lopes.

Eram os tempos áureos da “tanga”, da austeridade, com congelamento de aumentos salariais e de admissões de pessoal na administração pública. Lembro-me bem dessa época! Lembram-se?

Um Testemunho

O “Semanário Económico” publica, hoje, o meu artigo sob o título “Os Socialistas, o Deficit e a Reforma do Estado Providência” do qual aqui deixo a epígrafe e os dois últimos parágrafos.

Trata-se de um testemunho claro de apoio ao governo socialista que resulta das minhas próprias convicções e que o momento político actual, no meu ponto de vista, reclama e exige.

"Desconfiai daqueles que vos dizem: nada de discussões políticas que são estéreis; ocupemo-nos só dos melhoramentos materiais do país".

Alexandre Herculano

(...)

“Por razões económicas e, primordialmente, como afirmava Herculano, atribuindo prioridade à política, mais vale que sejam os democratas e, em particular, os socialistas a promover, de uma vez por todas, a empresa de dobrar o “cabo bojador “ do saneamento das finanças públicas.

Aqui fica o meu apoio, no essencial, às primeiras medidas anunciadas pelo governo que espero se não deixe aprisionar pelos interesses particulares das corporações, à direita e à esquerda, que sempre proclamam a eminente falência do estado social, opondo-se à sua modernização, para que o possam usar à medida dos seus interesses particulares, abrindo caminho para a sua ilegítima apropriação.

Os exemplos do passado recente são muitos e estão à vista de todos.”

O mesmo pode ser lido, na íntegra, no IRAOFUNDOEVOLTAR ou no site daquele semanário.

quinta-feira, junho 2

APENAS O AMOR


E já agora a imagem de Aldina Duarte e o título do CD em lançamento - "apenas o amor".

Foto retirada do Apenas o Amor

ALDINA DUARTE


Aldina Duarte - entrevista (na TSF) com uma grande fadista portuguesa, em particular, para as amigas e amigos do Brasil. Com alguns fados à mistura. Aldina Durate é um caso à parte quer como mulher, quer como poeta, quer como intérprete - OUÇA AQUI.

EM PLENO AZUL


“Foto de António José Alegria, do amistad”

Com horror mal disfarçado
sincero desgosto (sim!)
lágrima azul aflita
mão crispada de piedade
vêem-me passar cantando
calamidades desastres
impossíveis de evitar
as mães
as minhas a tua
as que estropiam ternamente os filhos
para monótono e prudente
avanço da família

E quando paro e faço a propaganda
dos lugares mais comuns da poesia
há um terror quase obsceno
nos seus olhos maternais

Então prometo congressos
em pleno azul

Prometo uma solução
em pleno azul

Prometo não fazer nada
em pleno azul

sem consultar o «bureau»
em pleno azul

Visìvelmente sossegadas
é a hora de não cumprir
de recomeçar cantando
calamidades desastres
ruínas por decifrar

*

Se eu não estivesse a dormir
perguntaria aos poetas
A que horas desejam que vos acorde

Vamos decifrar ruínas
identificar os mortos
dormir com mulheres reais
denunciar os traidores
e atraiçoar a poesia
envenenada nas palavras
que respiram ausência podre

vamos dizer sem maiúsculas
o amor a vida e a morte

*

E as mães
onde estão elas?

As mães rezam as mães
cosem farrapos de dor
as mães gritam
choram
uivam
no espesso rio de um sono
já quase só animal

Alexandre O´Neill

In “Tempo de Fantasmas”
“Cadernos de Poesia” – Fascículo Onze – Segunda Série
Novembro de 1951

quarta-feira, junho 1

BALANCE


Balance de Kuang Jian (Recolha de Marg. Ramos) - Uma imagem da China diferente do paradigma ocidental.

A economia chinesa cresce a uma velocidade estonteante. Em 4 anos (2000/2004) o índice médio anual de crescimento do PIB chinês foi de 8,6%.

A Europa cresce à velocidade do caracol . O Banco Central Europeu anunciou, recentemente, a revisão em baixa da sua previsão de crescimento para a Zona Euro, em 2005, para os 1,4% contra os previstos 1,6%.

O BCE reviu, de igual modo, as suas previsões de crescimento para 2006, de 2,1% para os 2% e para 2007, de 2,3% para os 2,2%.

Por outro lado os EUA rejubilam com os resultados do referendo em França e na Holanda. Dividir para reinar.

No Causa Nossa Ana Gomes analisa a situação acertando no alvo.

António Ramos Rosa


António Ramos Rosa

CHINA


Garantir a disciplina [Uma criança chinesa vestida com um uniforme militar espera a sua vez de entrar em cena numa cerimónia que comemora o Dia Mundial da Criança na Cidade Proibida, em Pequim.] As autoridades chinesas aproveitam as férias nesta altura do ano para mostrar às crianças os seus programas na esperança de garantir um “desenvolvimento correcto” da juventude. Foto: Elizabeth Dalziel/AP

Uma imagem, cuidada e tradicional, da China militarista de uniforme e pose militar. É a imagem que o Ocidente se habituou a consumir da China. Imagem perigosa pois esconde uma outra China, a da criação, iniciativa e produção que suga os investimentos do ocidente e invade os seus mercados.

Que ninguém pense que a regulação das relações da China com o ocidente possa ser realizada pela via da guerra. Nunca ninguém, algum dia, ganhará pela guerra, uma disputa com a China. Nunca ninguém ganhou.

Solução: compreender a realidade da China, em todas as suas vertentes; negociar pacientemente tudo o que houver para negociar e alcançar um acordo global e duradoiro.

Foto e legenda em destaque no “Publico” on line de hoje.

terça-feira, maio 31

POEMA DUM FUNCIONÁRIO CANSADO


Foto de Fabiola Narváez

A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita

estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só

Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Porque não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Porque me sinto irremediàvelmente perdido no meu cansaço

Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo uma só noite comprida
num quarto só.

António Ramos Rosa

Cadernos de Poesia – Fascículo Nove – Segunda Série
Setembro de 1951

(Curiosamente a edição fac-simile da qual foi retirado este celebrado poema de um dos maiores poetas contemporâneo portugueses, por sinal, nado na minha cidade de Faro, reproduz os exemplares dos “Cadernos de Poesia” pertencentes ao poeta Albano Martins autor do poema que, neste blog, antes dei à estampa.)

Frutos


“Foto de António José Alegria, do amistad”

Quando a amada oferece
o seu corpo, ela sabe
que dos frutos apenas
se colhe o sabor.
É então
que os dedos
separam as películas,
que a lâmina desce e a água
e o fogo se misturam.
E é então que a vida
e a morte convivem
sob o mesmo tecto.

Albano Martins

Escrito a vermelho

segunda-feira, maio 30

Margarida Delgado (3)


v o u
m e r g u l h a r
n o
a z u l . . .

In Sabor a Sal

Deficit, qual deficit? Europa, qual Europa?


«Rolão Preto, ao entrar no Palácio das Exposições, saudado romanamente pelos camisas azuis em guarda de honra». [18 de Fevereiro de 1933, fotografia a preto e branco - Revolução, n.º 292, Lisboa, Portugal - Fotografia publicada no Revolução - Diário Nacional-Sindicalista da Tarde (1932-1933), de segunda-feira, 20 de Fevereiro de 1933.]

O banquete de homenagem a Rolão Preto, de 18 de Fevereiro de 1933, comemorava o primeiro aniversário da publicação do diário Revolução, no início subintitulado Diário Académico Nacionalista da Tarde, cujo primeiro número tinha saído em 15 de Fevereiro de 1932. In “O Portal da História”

As corporações só conhecem a linguagem da força. Não vale a pena escrever lindas palavras em barras de sabão. É preciso esculpi-las no granito afrontando a dureza das pedras endurecidas pelo tempo. Os homens perdem a capacidade de se libertar da servidão quando nela nasceram e foram educados para obedecer. Ou quando já se esqueceram da servidão no que ela tem de mais abjecto. É o caso de Portugal e da maioria das democracias da Europa Ocidental.
O exercício da liberdade não dispensa a inteligência e a emoção de escolher - aceitar ou contestar, falar ou calar - em cada momento e em todo o lugar. O exercício da liberdade é o mais difícil de todos aqueles a que o homem é chamado a responder. Por isso valeu bem o sacrifício de milhões de homens e mulheres em duas guerras sangrentas na Europa em pleno século XX. As vantagens da liberdade são incomensuráveis para a humanidade mas nunca estão definitivamente garantidas. É uma ilusão perigosa pensar o contrário.
Falo a propósito das discussões acerca das medidas do governo socialista para fazer face ao deficit. Deficit, qual deficit? parecem perguntar muitos portugueses, comunistas e não só! Mas caso se não equilibrem as contas públicas ficam abertas as portas aos arautos da “ordem” (que ilustro, numa versão portuguesa de 1933), ou seja, da tirania que, na versão moderna, poderá assumir as mais surpreendentes fórmulas.
Penso nos resultados do referendo em França. Europa, qual Europa? Parecem perguntar as extremas direita e esquerda, parte dos socialistas e parte da direita tradicional francesa! Mas se a Europa não se mantiver unida, no essencial, ficam abertas as portas à guerra. Tirania e guerra marcham sempre a par na história.
As escolhas resultantes do voto popular são para respeitar. Quem, em Portugal, não percebeu que os socialistas são a única força capaz de realizar uma política de salvação nacional, não percebeu nada! Por isso lhe foi outorgada, em eleições livres, uma maioria absoluta.
Quem, na Europa (em França e não só!) não percebeu que o que está em jogo é o enfrentamento com o poder dos EUA (e da China), a nível global, preservando a paz na Europa e o “modelo social europeu”, não percebeu nada! Podem discutir-se os métodos e os ritmos mas o essencial está aí.
Portugal é uma ínfima parcela desta realidade. As corporações, em Portugal, por razões históricas, só conhecem a linguagem da força. Mas os democratas e os amantes da liberdade, dão privilégio à força da inteligência (razão) e da persuasão (diálogo).
Será suficiente? Uma velha conversa porventura mais actual do que muitos possam pensar!

CEREJAS


Do Dias com Árvores

domingo, maio 29

França: Change? Não!


“Foto de António José Alegria, do amistad”

A propósito de uma pequena digressão/pesquisa que fiz, com outra finalidade, fixei a citação que adianto reproduzo.

As primeiras sondagens divulgadas apontam para a vitória do Não no referendo, realizado em França, à chamada “Constituição Europeia”.

Sejam quais forem as consequências políticas imediatas deste resultado é assinalável a participação estimada de 80% do eleitorado francês. Aí está, para os democratas, uma vitória. A vitória da liberdade.

Se o Não ganhou o medo venceu; o nacionalismo venceu; a memória das guerras na Europa perdeu; o proteccionismo venceu; o internacionalismo perdeu; a Europa na disputa com os EUA perdeu; o cepticismo e o pessimismo venceram. Que persista a democracia e a paz que tudo se há-de arranjar!

“O único problema contemporâneo: poderá transformar-se o mundo sem se acreditar no poder absoluto da razão? Apesar das ilusões racionalistas, mesmo marxistas, toda a história do mundo é a história da liberdade. Como poderiam ser determinados os caminhos da liberdade? É decerto falso dizer que o que é determinado, é o que já não vive. Mas só é determinado o que já se viveu. O próprio Deus, se existisse, não poderia modificar o passado. Mas o futuro não lhe pertence nem mais nem menos do que ao homem.”

Camus – Cadernos (Caderno nº5 – Setembro 1945/Abril 1948).

Não, Sim?

Agora mesmo a poucos minutos de se saberem – publicamente - as projecções dos resultados do referendo em França. Ontem o Margens de Erro deixava pairar a dúvida. Não, Sim?

Fifty fifty, finalmente

Dois Livros


Imagem do Pentimento

Abriu a Feira do Livro. Ainda lá não fui. Como alguém diz é um lugar de culto. Sempre lá vou, pelo menos uma vez. É o equivalente às feiras tradicionais da nossa meninice. Escrevo, habitualmente, notas a lápis nos livros que lá compro. Poucos mas bons, para mim. Livros com um significado especial pois ficam colados às diversas fases da minha vida e as datas permitem mais tarde encontrar o seu lugar na memória. Muito mais tarde não interessarão a ninguém. Mas o que interessa isso? Estamos a cuidar simplesmente da liberdade de escolher o que nos dá prazer. De escolher aquilo de que se gosta. Mais nada.

Entretanto comprei dois livros fora da feira onde ainda não fui. Uma pequena traição.

- “Por Amor a Che”, de Ana Menéndez, da Civilização Editora (muito interessante!);

- “Cadernos de Poesia”, de Luís Adriano Carlos e Joana Matos Frias, da “Campo das Letras”.

Este último contém a reprodução fac-similada dos “Cadernos de Poesia” que, logo na introdução, os autores caracterizam através de uma referência a Jorge de Sena que, mais tarde, também viria a fazer parte do grupo: “Em 1958, nas páginas do Diário Popular, Jorge de Sena, traduziu de forma desconcertante o espírito de independência dos Cadernos de Poesia, fundados em 1940 por José Blanc de Portugal, Ruy Cinatti e Tomaz Kim: “aos chamados poetas dos cadernos nada os irmana, absolutamente nada do que habitualmente aglutina um grupo. Tudo os separa”.”

São umas centenas de páginas de poemas (e estudos acerca de poesia) de variados autores, grande parte dos quais desapareceram de circulação, decerto das antologias e, muitas vezes, das publicações dos próprios autores. Publicarei aqui, ao longo do tempo, alguns desses poemas.

Como por exemplo este de Alexandre O´Neill.

A CENTRAL DAS FRASES

Já te disse que são os do primeiro
e afinal não podemos telefonar
ai nem queiras saber o engenheiro
se me dão licença eu vou contar

penses nisso era só o que faltava
não as outras duas é que são as tais
mas o senhor presidente autorizava
na avenida centenas de pardais

de facto muito inteligente
o´ filha por aqui fazes favor
que veio ontem p´ra falar co´a gente
é mesmo lá ao fim do corredor

In “Tempo de Fantasmas” – Cadernos de Poesia
Fascículo Onze * Segunda Série
Novembro de 1951

Fabiola Narváez


Apresentando Fabiola Narváez

sexta-feira, maio 27

DANÇANDO


“Foto de António José Alegria, do amistad”

Dançando. A imagem faz-me lembrar a dança do debate político, da direita para a esquerda; da esquerda para a direita ... Estive umas horas largas a digerir o conteúdo das medidas anunciadas na 4ª feira passada por José Sócrates.

É sempre necessário conhecer a matéria antes de perorar acerca dela. Não é? Podemos até não ser especialistas mas, caso haja decência e bom senso, dá para perceber de que lado está a razão. Já digeri. As medidas de combate ao deficit apontam para mais longe.

É inevitável, por exemplo, mexer na idade de reforma, no modelo de protecção social da função pública, cortar privilégios da classe política e dirigente de topo ... só para começar! Se queremos manter o essencial do chamado “estado social português” é preciso cuidar de garantir a sua viabilidade.

Uma vez mais têm que ser os socialistas a tomar as medidas difíceis. Já tinha acontecido o mesmo nos anos 80. Com Mário Soares foram tomadas as medidas de austeridade que prepararam a adesão à UE de 1985 e deram de mão beijada o governo a um Cavaco que resmungava contra a própria adesão. Época de vacas magras. Lembram-se?

Depois vieram os fundos comunitários sempre com a direita no governo. Entre 1985 e 1995 o governo foi dirigido por Cavaco. Vacas gordas. A direita parece que, em Portugal, se coloca sempre no lugar dos vícios que atribui à esquerda.

A direita ideológica é um grupúsculo sem expressão política. A direita política é uma excrescência do Estado Novo que, em 30 anos, nunca ganhou autonomia face à direita dos interesses. Em Portugal a direita que manda, que põe e dispõe, no estado ou na sociedade, no governo central ou local, nas corporações ou colectividades, é a direita dos interesses. Para esta direita o Estado é o altar da celebração dos negócios e ... pouco mais. Dançando!

A minha posição é de apoio às medidas do governo. A desenvolver ao longo da próxima semana.