domingo, junho 16

Futebol

O futebol interessa-me pelo jogo, o jogo pelo jogo sempre me interessou desde criança. Os negócios em que o futebol profissional está mergulhado é uma lástima. O predominio do mercantilismo, se não mesmo da escravidão, em sentido literal, é desprezível.

sábado, junho 15

Inveja

O país é pequeno, pobre e desigual. Algumas luminárias fustigam os portugueses que se libertam da apagada e vil tristeza. A inveja, sempre a inveja ... esta estranha palavra.

quinta-feira, junho 13

PESSOA - CARTA A ADOLFO CASAIS MONTEIRO (Excertos)

(…) Mais uns apontamentos nesta matéria... Eu vejo diante de mim, no espaço incolor mas real do sonho, as caras, os gestos de Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Construí-lhes as idades e as vidas. Ricardo Reis nasceu em 1887 (não me lembro do dia e mês, mas tenho-os algures), no Porto, é médico e está presentemente no Brasil. Alberto Caeiro nasceu em 1889 e morreu em 1915; nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão nem educação quase alguma. Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890 (às 1,30 da tarde, diz-me o Ferreira Gomes; e é verdade, pois, feito o horóscopo para essa hora, está certo). Este, como sabe, é engenheiro naval (por Glasgow), mas agora está aqui em Lisboa em inactividade. Caeiro era de estatura média, e, embora realmente frágil (morreu tuberculoso), não parecia tão frágil como era. Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco, mais baixo, mais forte, mas seco. Álvaro de Campos é alto (1,75 in de altura, mais 2 cm do que eu), magro e um pouco tendente a curvar-se. Cara rapada todos – o Caeiro louro sem cor, olhos azuis; Reis de um vago moreno mate; Campos entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo. Caeiro, como disse, não teve mais educação que quase nenhuma – só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia-avó. Ricardo Reis, educado num colégio de jesuítas, é, como disse, médico; vive no Brasil desde 1919, pois se expatriou espontaneamente por ser monárquico. É, um latinista por educação alheia, e um semi-helenista por educação própria. Álvaro de Campos teve uma educação vulgar de liceu; depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval. Numas férias fez a viagem ao Oriente de onde resultou o Opiário. Ensinou-lhe latim um tio beirão que era padre. Como escrevo em nome desses três?... Caeiro, por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular o que iria escrever. Ricardo Reis, depois de uma deliberação abstracta, que subitamente se concretiza numa ode. Campos, quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê. (O meu semi-heterónimo Bernardo Soares, que aliás em muitas cousas se parece com Álvaro de Campos, aparece sempre que estou cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição; aquela prosa é um constante devaneio. É um semi-heterónimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e a afectividade. A prosa, salvo o que o raciocínio dá de ténue à minha, é igual a esta, e o português perfeitamente igual; ao passo que Caeiro escrevia mal o português, Campos razoavelmente mas com lapsos como dizer «eu próprio» em vez de «eu mesmo», etc., Reis melhor do que eu, mas com um purismo que considero exagerado. O difícil para mim é escrever a prosa de Reis – ainda inédita – ou de Campos. A simulação é mais fácil, até porque é mais espontânea, em verso.) Nesta altura estará o Casais Monteiro pensando que má sorte o fez cair, por leitura, em meio de um manicómio. Em todo o caso, o pior de tudo isto é a incoerência com que o tenho escrito. Repito, porém: escrevo como se estivesse falando consigo, para que possa escrever imediatamente. Não sendo assim, passariam meses sem eu conseguir escrever. Falta responder à sua pergunta quanto ao ocultismo. Pergunta-me se creio no ocultismo. Feita assim, a pergunta não é bem clara; compreendo porém a intenção e a ela respondo. Creio na existência de mundos superiores ao nosso e de habitantes desses mundos, em experiências de diversos graus de espiritualidade, subtilizando-se até se chegar a um Ente Supremo, que presumivelmente criou este mundo. Pode ser que haja outros Entes, igualmente Supremos, que hajam criado outros universos, e que esses universos coexistam com o nosso, interpenetradamente ou não. Por estas razões, e ainda outras, a Ordem Externa do Ocultismo, ou seja, a Maçonaria, evita (excepto a Maçonaria anglo-saxónica) a expressão «Deus», dadas as suas implicações teológicas e populares, e prefere dizer «Grande Arquitecto do Universo», expressão que deixa em branco o problema de se Ele é Criador, ou simples Governador do mundo. Dadas estas escalas de seres, não creio na comunicação directa com Deus, mas, segundo a nossa afinação espiritual, poderemos ir comunicando com seres cada vez mais altos. Há três caminhos para o oculto: o caminho mágico (incluindo práticas como as do espiritismo, intelectualmente ao nível da bruxaria, que é magia também), caminho esse extremamente perigoso, em todos os sentidos; o caminho místico, que não tem propriamente perigos, mas é incerto e lento; e o que se chama o caminho alquímico, o mais difícil e o mais perfeito de todos, porque envolve uma transmutação da própria personalidade que a prepara, sem grandes riscos, antes com defesas que os outros caminhos não têm. Quanto a «iniciação» ou não, posso dizer-lhe só isto, que não sei se responde à sua pergunta: não pertenço a Ordem Iniciática nenhuma. A citação, epígrafe ao meu poema Eros e Psique, de um trecho (traduzido, pois o Ritual é em latim) do Ritual do Terceiro Grau da Ordem Templária de Portugal, indica simplesmente – o que é facto – que me foi permitido folhear os Rituais dos três primeiros graus dessa Ordem, extinta, ou em dormência desde cerca de 1888. Se não estivesse em dormência, eu não citaria o trecho do Ritual, pois se não devem citar (indicando a origem) trechos de Rituais que estão em trabalho. Creio assim, meu querido camarada, ter respondido, ainda com certas incoerências, às suas perguntas. Se há outras que deseja fazer, não hesite em fazê-las. Responderei conforme puder e o melhor que puder. O que poderá suceder, e isso me desculpará desde já, é não responder tão depressa. Abraça-o o camarada que muito o estima e admira. Fernando Pessoa 14/1/1935

Fernando Pessoa - data de nascimento: 13 junho 1888

terça-feira, junho 11

O posicionamento

Curiosos discursos pós eleitorais, na praça pública, de vitória e de derrota. Quem obteve mais votos? Quem congrega mais comentadores? Quem engrossa mais a voz e fala mais tempo? Nestas eleições europeias os democratas mantiveram a maioria. Ontem numa mesa de café ao meu lado um conviva afirmava que a IL é de esquerda. O pai corrigiu. Está difícil o posicionamento. O velho embaixador, tempos atrás, disse que a extrema direita não existe. Está difícil o discurso, em curso.

segunda-feira, junho 10

CAMÕES

A vida de muita gente adorna. Outros naufragam. Outros sobrevivem à tona, a maioria. A energia vital que empurra a vida para a frente, fracassa. Espanta-me a capacidade, de alguns, em conviverem em silêncio com o medo.

sexta-feira, junho 7

VOTO

Eu voto PS. O meu voto, no próximo domingo, não vai falhar como nunca falhou. Não vai mudar como nunca mudou. Até 1979 votei MES e, a partir desse ano, sempre votei no PS. Aliás em 1979 o MES, antes ainda da sua original imolação político/festiva, aconselhou, expressamente, o voto no PS ou na APU. O meu voto, desde esse apelo, nunca sofreu qualquer desvio em eleições legislativas, europeias e presidenciais. Alguns dos meus amigos alinharam nas “aventuras” de Pintassilgo ou de Zenha, do PRD ou UEDS, mas eu sempre votei no PS. É um voto pela liberdade e pela justiça. Não somente pelas utopias que nos alimentam os sonhos por uma vida e um mundo melhores, mas também pela defesa da concretização possível desses sonhos. É uma opção tomada em consciência, formada através de muitas experiências, que deram para compreender que os valores supremos a defender pelo voto são a justiça e a liberdade. E o partido que melhor assegura a defesa desses valores, no nosso tempo, é o PS.

quinta-feira, junho 6

DIA D

A 6 de junho de 1944 as tropas aliadas, compostas no essencial por norte americanos, ingleses e canadianos, desembarcam na Normandia dando início à libertação da Europa do jugo nazi fascista. Morreram milhares de jovens soldados logo nas primeiras horas para que renascesse a liberdade e a democracia, hoje postas novamente à prova.

segunda-feira, junho 3

Tendências e evoluções

As tendências e evoluções politicas a médio/longo prazo não entram, em regra, na atenção mediática alucinante que conforma a opinião pública. Hoje é dado como adquirido que a direita radical ganha terreno e que a direita tradicional busca não perder terreno hesitando no posicionamento face a ela. Mas hoje mesmo soubemos que a candidata de esquerda, mulher pela primeira vez em 200 anos, ganhou as presidenciais no México e que, quase certamente, os traballhistas ganharão as próximas legislativas na Inglaterra. E, ainda mais importante, creio que Biden ganhará nos USA. Se assim fôr vira o jogo. "Sondagem: Partido Trabalhista pode alcançar maioria de quase 200 deputados no Reino Unido A primeira grande sondagem da YouGov desde o início da campanha eleitoral britânica, iniciada há menos de duas semanas, que tenta prever o resultado em cada um dos 650 círculos eleitorais do Reino Unido coloca o Partido Trabalhista a caminho de uma vitória ainda maior do que a que Tony Blair alcançou em 1997 e deixa o Partido Conservador, no poder, em risco de eleger o menor número de deputados no pós-II Guerra Mundial. (in Público")

sábado, junho 1

Estado social/imposto progressivo

A criação, e gestão, do estado social está intimamente ligado ao imposto progressivo. Defender o estado social degradando o imposto progressivo é hipocrisia. Manter na sua integralidade o imposto progressivo é condição fundamental para salvaguardar o estado social.

quinta-feira, maio 30

Maio

Final de maio, o mês das flores, que muitas mãos acariciam - como a minha mãe gostava de rosas - e encantam em todos os canteiros vivos por esse mundo fora. Os homens, a mais das vezes, não são merecedores de apreciar a sua beleza que, para sorte da humanidade inteira, se espraia por fora deles. O mercantilismo, sem principios, tende a matar a justiça, capturando-a, tornando-a parte dos negócios. O desespero de muitos à mingua do pão exige um fortalecimento da justiça para defesa da liberdade. Muito mais além do que um valor abstrato a liberdade merece, tal como as flores, os maiores cuidados. Não como ornamento de uma sociedade injusta mas como garantia de ser possível lutar pela plenitude do exercício dela. A imprensa, em todas as suas formas, exige ser servida por cidadãos livres o que se mostra cada vez mais dificil à nossa observação. E, no tempo presente, o mais perigoso nem são os meios da imprensa tablóides que todos sabem do formato e dos fins que prosseguem, mas dos meios chamados de referência que lutam pelas audiências e cedem, em prol do que julgam ser a sua salvação económica, às facilidades do populismo.

terça-feira, maio 28

Ucrânia

A Ucrânia hoje, sem que seja possível adivinhar o futuro, é um símbolo para a Europa democrática, com todos os seus defeitos, uma grande criação de um espaço de democracia e de paz. Trava-se lá uma guerra entre duas concepções do mundo, como sempre acontece, liberdade ou tirania. Não tenho dúvidas do valor inestimável da defesa da liberdade, mesmo concedendo a existência de negócios tenebrosos que se acoitam na liberal deriva do capitalismo dominante entre os seus defensores. Mas como ser tolerantes com a tirania? Como aceitar os regimes dominados pela vontade do imperador? Putin no caso, eleito com quase 100% dos votos, numa gigantesca caricatura de democracia que só tolos levam a sério. Ao defender a fronteira da liberdade honram-se os princípios e os valores da democracia e da liberdade. Nada mais resta do que apoiar a atual Ucrânia na sua luta, augurando que, no futuro, não vejamos traídos os valores que hoje defendemos.

segunda-feira, maio 27

BASTA!

Sei da complexidade da situação no médio oriente, da grande caminhada, pós II Guerra, para criar o estado de Israel com todas as consequências na Palestina, das guerras e atrocidades cometidas em nome de todos os credos, das razões dos moderados e radicais de ambos os lados, mas, hoje por hoje, é preciso parar os desmandos do governo de ultradireita de Israel. Um acordo é preciso, urgente!

sábado, maio 25

Liberdade

A questão da liberdade, abordada por Camus, no imediato pós guerra, por volta de Setembro/Outubro de 1945, mantém plena actualidade: "Gosto imenso da liberdade. E para todo o intelectual, a liberdade acaba por confundir-se com a liberdade de expressão. Mas compreendo perfeitamente que esta preocupação não está em primeiro lugar para uma grande quantidade de Europeus, porque só a justiça lhes pode dar o mínimo material de que precisamos, e que, com ou sem razão, sacrificariam de bom grado a liberdade a essa justiça elementar. Sei estas coisas há muito tempo. Se me parecia necessário defender a conciliação entre a justiça e a liberdade, era porque aí residia em meu entender a última esperança do Ocidente. Mas essa conciliação apenas pode efectivar-se num certo clima que hoje é praticamente utópico. Será preciso sacrificar um ou outro destes valores? Que devemos pensar, neste caso?". (…) "Finalmente, escolho a liberdade. Pois que, mesmo se a justiça não for realizada, a liberdade preserva o poder de protesto contra a injustiça e salva a comunidade. A justiça num mundo silencioso, a justiça dos mundos destrói a cumplicidade, nega a revolta e devolve o consentimento, mas desta vez sob a mais baixa das formas. É aqui que se vê o primado que o valor da liberdade pouco a pouco recebe. Mas o difícil é nunca perder de vista que ele deve exigir ao mesmo tempo a justiça, como foi dito. (...)" Albert Camus, in “Cadernos” – Setembro/Outubro de 1945

sexta-feira, maio 24

O Esgoto

"Mês e meio depois do cerco policial ao Teatro Capitólio, antes e durante o debate entre os candidatos Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, o Departamento de Investigação e Ação Penal arquivou o caso sem fazer uma só diligência. Vale a pena reproduzir parte das extraordinárias conclusões. “No local não foi possível apurar quem seriam os promotores de tal manifestação. Da mera leitura do auto de denúncia [preenchido pela PSP…!] é patente a inexistência de indícios que permitam conduzir à identificação dos autores daquela factualidade, não tendo sido identificado qualquer promotor ou manifestante (..), o que se traduz na impossibilidade prática de diligências de inquérito com vista à sua identificação”. E assim, sem vestígio de pudor, sem qualquer noção da responsabilidade e exuberante má-fé, o Ministério Público (MP) enfiou na gaveta a primeira grande ameaça ao Estado de Direito conduzida por aquilo que nos habituámos a designar por “forças da ordem”; mas que, como se vê, não hesitam em usar o poder que o Estado lhes atribui para reivindicar os seus direitos profissionais. Recordo que antes desta poderosa exibição de força um dirigente sindical já ameaçara boicotar as eleições de 10 de março. A situação é grave. Do ponto de vista das corporações, a maior ameaça ao Estado de Direito há muito que não vem dos militares. O Almirante Gouveia e Melo passeia a sua romântica altivez a bordo da farda da Marinha, mas, na verdade, não apenas as armas são escassas e velhas — muitas sofrem de obstipação crónica —, como os militares foram reduzidos a uma sombra do que já foram em número, coesão e peso na sociedade portuguesa. O espaço que ocupavam está agora nas polícias. Já sei que o alerta contra a extrema-direita cai em saco roto. Convém, no entanto, notar que as polícias estão de facto infiltradas por estas correntes que têm como porta-voz o Chega e André Ventura. É evidente que o fascismo histórico não voltará, não vamos admirar o Ventura de braço estendido no Terreiro do Paço; contudo, a versão 2.0 da extrema-direita — uma versão com fabulosos recursos e armas digitais — está a fazer a sua paciente caminhada rumo ao poder. Em Itália, já lá está e outros países vão seguir-se. A desvalorização do que está à vista é, por isso, um erro histórico imperdoável. O MP, dentro da sua diversidade, agora optou por tornar-se cúmplice. Como é sabido, o 25 de Abril aconteceu também por razões de carreira, no caso dos militares, embora as motivações fossem muito mais profundas. Desta vez, não haverá revolução nem cravos perfumados — a grande golpada está em curso a céu aberto e já nos habituámos ao fedor." André Macedo, in Jornal Económico

quinta-feira, maio 23

Fraquezas

Circulam muitas notícias e algumas evidências acerca da compra de politicos ocidentais pelos russos, e não só na extrema direita. Hoje em dia não sabemos até que ponto vai a fraqueza de caráter de muitos democratas face ao "cheiro do dinheiro" e do poder.
Preocupemo-nos pois!

quarta-feira, maio 22

D. Henrique

“Afonso Henriques herdava de seu pai, o conde D. Henrique, um valor especial (…) De facto D. Henrique era um estrangeiro, nascido noutra latitude, educado de forma diferente dos nobres peninsulares. Pode-se considerar como um aventureiro ousado e ambicioso. As suas qualidades pessoais eram acentuadas pela sua alta ascendência, pois era bisneto de Roberto II, rei de França, …“ (…) “D. Henrique agiu, de facto, como o verdadeiro chefe do grupo de cavaleiros, monges e clérigos de origem francesa, o qual desempenhou um papel muito activo na remodelação da politica e da Igreja no Ocidente peninsular durante a segunda metade do século XI.” (O conde D. Henrique morre em Astorga, no dia 22 de Maio de 1112, ainda Afonso Henriques não fizera 3 anos.) In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, “1. A Juventude de um predestinado” – "O pai", pg. 19/20. (3)

terça-feira, maio 21

PR

O maior fator de crise política, diria de regime, desde que há eleição direta para PR, dá pelo nome de Marcelo Rebelo de Sousa. Não há volta a dar sejam quais forem as proclamações e decisões que venha a fazer e a tomar até ao fim do seu mandato. É um caso sem paralelo, de razões pouco esclarecidas, mas que carece de explicação ou, pelo menos, de estudo. Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos apertando os cintos.