sábado, novembro 24

POESIA E TURISMO

Coincidências


TURISMO (1942) - Título da obra poética de estreia de Carlos de Oliveira.

Cinza,
os sinos dobrados
já pela tarde fria.

Porque arde em mim ainda,
de mágoa e bronze,
o sol do dia?

(Poema VIII, In Turismo
Trabalho Poético - Circulo de Leitores)


TURISMO (2003)

Actividade de grande relevância na vida social e na economia portuguesa contemporânea mas que só ganhou expressão, como fenómeno de massas, a partir dos anos 60.

O Turismo tinha ganho, na Europa, uma nova natureza, a partir de 1936, com a institucionalização das “férias pagas”, conquista popular adoptada legalmente pelo Governo da Frente Popular, em França, logo seguida pela Bélgica. À época o título da obra de Carlos de Oliveira é, pois, de uma ousadia extraordinária.

Eis como um título une duas áreas tão distintas interessando à reflexão de tantas e diversificadas
pessoas. Eu sou uma delas. Por isso a poesia e o turismo vão surgir com frequência entre os temas a tratar na programação do Absorto.

[Anunciava neste poste de 23 de dezembro de 2003 que haveria de tratar, com freqência, no absorto, os temas do turismo e da poesia. Da poesia sim, do turismo, não!]

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