Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, fevereiro 15
fevereiro de 2015 - dia 15 (tão cedo não acontece...)
Ao fim do dia, já noite, a meio de um mês de fevereiro frio de 2015, 50 anos passados sobre o infame assassinato do General Humberto Delgado, soube-se, através de um vídeo divulgado hoje, que o chamado estado islâmico degolou, na Líbia, 21 egípcios capturados por serem cristãos. O ocidente europeu, através dos seus dirigentes, eleitos pelo povo, pela via democrática, entretanto degladiam-se em torno da disputa do poder no seu espaço físico, desde a guerra clássica pela conquista de territórios, definição de fronteiras e rotas, até à luta por quotas de mercado para os seus bens e serviços, passando pela definição do valor relativo da força de trabalho e do capital, papel e dimensão do estado social,.... (mapas, compassos, orçamentos, armas, ...).
É como se fosse uma velha família reunida em torno de uma intrincada questão de heranças após a morte dos pais que conceberam um modelo e fizeram fortuna através do uso de uma sabedoria urdida pela guerra mas que ao longo de 60 anos de paz se perdeu. Não conheço os meandros, não posso nem quero conhecê-los, somente vejo as manifestações exteriores através das imagens, letras e sons que me chegam - as que chegam, adivinho que muitas manipuladas - mas as caras dos protagonistas mais ou menos simpáticas, austeras, cansadas ou estarrecidas, mostram mais desorientação do que determinação e sentido de estado.
Políticos prisioneiros de mudanças que não foram capazes de antecipar? O que são e para que servem? Esta é, afinal, uma mera apreciação impressionista que a realidade no próximo futuro pode desmentir e tudo acabar numa grande festa com desfiles militares aclamados por multidões agradecidas e bailes populares de regozijo pela paz.
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4 comentários:
Não eram católicos. Eram cristãos. Coptas.
Miguel Teotónio Pereira
O meu comentário é, agora, incompreensível, em razão da espertalhice do autor do blogue. Não responde aos comentários; prefere, pela calada, corrigir o texto. Poderia qualificar esta atitude, mas abstenho-me de o fazer. Não vale a pena. Ao fim e ao cabo, tudo bate certo.
Miguel Totónio Pereira
A questão é simples: li a mensagem que apontava um erro, corrigi o erro, reconhecendo-o, é esta a atitude de alguém capaz de conviver com os seus próprios erros e de os corrigir. Alguém que aceda à caixa de comentários, se for bem intencionada, entenderá que foi isso mesmo que se terá passado.
Estás enganado, consciente ou inconscientemente. Que tenhas corrigido o erro, seja; que o tenhas feito pela calada, não é próprio de quem é capaz de conviver com os próprios erros. Um pouco de "chá", como dizia a minha avozinha, obrigava-te, no mínimo, a agradeceres a correcção feita pelo "comentador", desse modo assumindo o erro às claras, e sem complexos. O que fizeste não passou de um truque típico de quem, de facto, não é capaz de assumir os próprios erros.
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