sexta-feira, dezembro 23

Anteontem foi solstício de inverno

Anteontem foi solstício de inverno, o dia mais pequeno do ano, inicio do inverno, verão nas antípodas, e tudo nas nossas vidas ficou na mesma, salvo o que resulta do efeito do tempo. Sempre aprendemos com nossas experiência, e as dos outros, ao longo do tempo que é o nosso, irrepetível, e como seria estimulante que o aproveitássemos em pleno. Fui um dia destes obrigado a frequentar, como utente, uma urgência de um hospital público durante uma madrugada inteira. Observei com atenção o que se passava à minha volta, nem era uma daquelas noites de intensa procura daqueles serviços (foi o que me disse a enfermeira), e na austeridade dos espaços, entre o sofrimento contido dos doentes, havia humanidade nos serviços prestados, razoável presteza e atenção ao sofrimento alheio. O serviço funcionava com um padrão de qualidade que aos olhos de um cidadão atento é mais que suficiente. Com queixas, é certo, dos prestadores dos cuidados, certamente, comuns a todos os servidores públicos. Mas não encontro razões para me queixar do serviço que me foi prestado, e que vi prestar, na qualidade de utente do SNS. Que haja capacidade politica, humana, técnica e financeira para o manter e melhorar. Os dias vão tornar-se maiores todos os próximos dias. Em breve chegará a primavera e a luz que nos ilumina mudará de tonalidade mas nós, no essencial, manter-nos-emos fieis às nossas crenças e aos nossos medos.

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