Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, fevereiro 10
TEMPOS CINZENTOS
Escrever faz-me falta mas são demasiados os dias cheios de tarefas a que me obrigo estreitando a margem para o exercício da escrita. O tempo em que vivemos, ou a perceção dele, é cinzento (escuro)repleto de ameaças, as mais agrestes das quais são a mentira que esmaga a verdade e a tirania que ameaça a liberdade. Somos cada vez mais obrigados a desconfiar de tudo o que mexe à nossa volta e de todos os que se cruzam no nosso quotidiano. Instituições que ao longo de gerações foram pilares da confiança dos cidadãos na vida em comunidade deixaram de ser confiáveis. Acredito no futuro mas o exercício de acreditar tornou-se uma tarefa hercúlea. Anunciam-se tempos de guerra, assuma a forma que vier a assumir. Como diz o povo: temos que estar preparados para tudo!
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