Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, fevereiro 26
Pandemia, ao fim de um ano
A pandemia pode ser glosada de diversas maneiras mas poucos a encaram no espaço público, de forma sistémica
, como um fenómeno catastrófico. Uma catástrofe, tal como os grandes terramotos, inundações, conflitos bélicos, etc.
Há imensa literatura acerca do tema mas são raras as abordagens que vão além da superficialidade dos seus efeitos
no quotidiano da vida em sociedade. Existe ligação direta entre a pandemia e o desafio climático, o
modo de vida consumista, a erosão dos valores humanistas? A natureza da qual o homem é pertença,
"vinga-se" dos tratos de polé a que o homem a tem sujeitado ao longo de séculos? Trata-se afinal de um desastre natural.
Quem são os ganhadores à saída da fase crítica? E os grandes perdedores? Um mundo de surpresas por revelar.
Tal como nos grandes conflitos bélicos a morte banalizou-se. É esse aspeto que mais me atormenta neste tempo.
Que ao menos um dia mais tarde alguém se dedique a estudar o fenómeno e a tirar lições das suas consequências.
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