Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, dezembro 5
Manobras
"Presidente conta com Rio para segurar primeiro ‘miniciclo’." (In Expresso", artigo de Ângela Silva uma espécie de porta voz do PR).
É insuportável durante todo o tempo (uma ou outra vez ainda vá!) suportar ouvir as opiniões do PR através de portavozes. Sei que não é a primeira vez nem será a última que no nosso sistema semi presidencial o PR toma partido. A obsessão do PR pela reorganização da direita e, em particular, esta ideia dos miniciclos (se bem entendo) é um erro que se pagará caro desde logo porque não contribuirá para a reorganização da direita (no conceito do PR) pela simples razão da fraqueza do partido moderado da mesma, o PSD, e da ascensão da extrema direita com o apagamento do CDS e a potencial irrelevância da IL. Não há milagres. Rio não é nem será um federador, não tem perfil, sendo a sua vitória no partido uma derrrota do PR. O PR não tem o jocker porque ansiava, perdeu-o nas eleições internas do PSD, correndo o risco de perder também o seu aliado mais forte ao centro (PS de Costa), já tendo perdido um moderador de todas as tendências do centro esquerda, embora discreto, Ferro. O PR parece estar sozinho (insuportável para ele) acompanhado de seus portavozes informais. Será, certamente, capaz de se adaptar às novas circunstâncias, mas todas as monobras a menos de dois meses das eleições só podem dar asneira.
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