segunda-feira, abril 25

25 ABRIL - QUE VIVA!

Neste 25 de abril escrevo aqui bem perto da casa onde nasci, dia claro e temperado, como naquele longinquo dia em que as circunstâncias fizeram com que tivesse participado na ação militar que derrubou a ditadura. Um golpe militar que desaguou numa revolução popular, singular, como havia sido singular a ditadura que caiu com estrondo em poucas horas. Não vem ao caso dissertar acerca destas singularidades, mas apetece-me reafirmar que fizemos, todas e todas os que dicidiram por vontade própria participar ativamente no derrube da ditadura, o que tinha que ser feito, honrando a memória dos que desde 1926 tentaram por todos os meios, com sacrificio da sua liberdade e, quantas vezes, da vida, restaurar a democracia perdida com o 28 de maio de 1926 que derrubou a 1ª República. No dia seguinte ao da vitória eleitoral de Macron em França, o 25 de abril celebrado como dia da libertação em Portugal e em Itália, podemos saudar a França, as francesas e franceses, que com o seu voto permitiram manter aberta aquela pequena frincha pela qual se ilumina a vida dos povos que aspiram a viver am liberdade. Que Viva o 25 de Abril!
(Na porta de armas do quartel do Campo Grande em Lisboa, com o João Mário Mascarenhas, num dos dias entre 25 e 30 abril de 1974)

Sem comentários: