Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, maio 24
QUOTIDIANO
Breve descrição do quotidiano. Na segunda e terça feira passadas frequentei em pessoa dois espaços de atendimento em entidades púbicas, quais sejam a segurança social e o SNS. Na SS fui a um espaço de atendimento em loja do cidadão sem marcação prévia disposto a testar o sistema. O espaço estava repleto mas organizado e sereno. Já não havia senhas mas pouco depois da minha chegada abriram nova série com distribuição. Coube-me a 77. Percebi após buscar a informação que me foi passada de forma correta que há diversos atendimentos em simultâneo desde os agendados, aos especiais até às senhas. Uns 45 minutos após ter obtido senha fui chamado e o assunto que lá me levou foi tratado com eficiência. No guichet ao lado um funcionário atendia num inglês bastante fluente. A chefe de loja estava no terreno e além de supervionar o serviço tirava dúvidas a quem de forma expontânea a procurava. No dia seguinte fui a um serviço do SNS num hospital público como acompanhante. Sala de espera repleta igualmente organizada e pacata. Senha para consulta com marcação. Espera de cerca de uma hora. Um utente ficou com o telemóvel bloqueado tendo necessidade de telefonar para casa para obter os códigos de desbloquei. Pediu a outra utente para usar o seu telefone o que lhe foi concedido. Telefonema feito e problema resolvido. Agradecimento. Pouco depois surgiu uma equipa de voluntárias a oferecer chá, café e água. A maioria para minha estranheza não aceitou, eu sim. Acabado de receber o chá chamada para a consulta. Tive que o devolver com pena minha. Consulta e saída. Conclusão de duas experiências pessoais: os serviços públicos no contexto de país pobre são muito razoáveis (e gratuitos!) e só são maus quando surge uma disfuncionalidade, um erro ou omissão que é puxada para a parangona jornalistica.
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