Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, janeiro 22
"E começo a cantar ..."
Fotografia de Yves Noir
(…)
E começo a cantar
como quem do poema se esqueceu
e sente viva em si a natureza que só em si viveu
(…)
Ruy Belo
(…)
E começo a cantar
como quem do poema se esqueceu
e sente viva em si a natureza que só em si viveu
(…)
Ruy Belo
PRINCE CASPIAN
Problema da Habitação
O MAR
Azenhas do Mar
O mar não dorme no sossego
Da bonança que ora me toma
Azenhas do Mar, 20 de Janeiro de 2006
O mar não dorme no sossego
Da bonança que ora me toma
Azenhas do Mar, 20 de Janeiro de 2006
sábado, janeiro 21
MÁRIO SOARES
Tomei partido por Mário Soares só após a sua decisão de se candidatar. Era um candidato possível que, durante muito tempo, foi dado como “acabado” para este tipo de lides.
Nos últimos dias de campanha, em particular, mesmo no último, mostrou uma capacidade física e uma jovialidade discursiva notáveis.
Muitas vezes aventei a viabilidade da sua candidatura mas ninguém me levava a sério. Outros foram mais audazes.
Já o escrevi, expliquei e repliquei: sempre votei em Mário Soares. Amanhã, de novo, serei fiel a mim próprio: Mário Soares.
Aconteça o que acontecer, bem-haja.
Nos últimos dias de campanha, em particular, mesmo no último, mostrou uma capacidade física e uma jovialidade discursiva notáveis.
Muitas vezes aventei a viabilidade da sua candidatura mas ninguém me levava a sério. Outros foram mais audazes.
Já o escrevi, expliquei e repliquei: sempre votei em Mário Soares. Amanhã, de novo, serei fiel a mim próprio: Mário Soares.
Aconteça o que acontecer, bem-haja.
"Não sou moderno"
“Pequena baía antes de Tenés, na base de uma cadeia de montanhas. Semicírculo perfeito. Ao cair da noite uma plenitude angustiada plana sobre as águas silenciosas. Compreende-se então porque é que os Gregos formaram a ideia do desespero e da tragédia sempre através da beleza e do que nela há de opressivo. É uma tragédia que culmina. Ao passo que o espírito moderno produz o seu desespero a partir da fealdade e do medíocre.
É o que Char quer dizer talvez. Para os Gregos, a beleza é o ponto de partida. Para um europeu, é um fim, raramente atingido. Não sou moderno.”
Albert Camus
Caderno nº5 (Setembro de 1945/ Abril de 1948) -1964-Editions Gallimard, tradução de
António Ramos Rosa, Colecção Miniatura das Edições “Livros do Brasil”.
sexta-feira, janeiro 20
ANOITECE
Fotografia de José Marafona
A noite anoitece, apuro o ouvido
É o búzio da infância doutro mar
O que me assobia e me entristece
Azenhas do Mar, 8 de Janeiro de 2006
A noite anoitece, apuro o ouvido
É o búzio da infância doutro mar
O que me assobia e me entristece
Azenhas do Mar, 8 de Janeiro de 2006
quinta-feira, janeiro 19
DÁLIAS
Imagem daqui
(…)
nas dálias de um jardim deixámos resumida a infância
(…)
Ruy Belo
PRINCE CASPIAN
O Problema da Habitação
(…)
nas dálias de um jardim deixámos resumida a infância
(…)
Ruy Belo
PRINCE CASPIAN
O Problema da Habitação
O PREDADOR DOS TEMPOS DE ANTENA
Para quem ainda tivesse dúvidas acerca da desigualdade da exposição mediática dos candidatos presidenciais a marktest esclarece:
Na primeira semana de 2006, foi Cavaco Silva o candidato presidencial que protagonizou mais tempo de informação televisiva, de acordo com os dados do serviço Telenews da MediaMonitor.
Cavaco – por artes mágicas – é tratado como se fosse candidato único. Jerónimo, no extremo oposto, é tratado como se fosse representante de um grupúsculo político.
Uma vergonha! Mas aqui d´el rei quem a denuncie!
Na primeira semana de 2006, foi Cavaco Silva o candidato presidencial que protagonizou mais tempo de informação televisiva, de acordo com os dados do serviço Telenews da MediaMonitor.
Cavaco – por artes mágicas – é tratado como se fosse candidato único. Jerónimo, no extremo oposto, é tratado como se fosse representante de um grupúsculo político.
Uma vergonha! Mas aqui d´el rei quem a denuncie!
Um Edifício do Futuro
O Primeiro-ministro de Portugal, inaugurou hoje, no INETI, um edifício denominado de Edifício Solar XXI.
É um edifício projectado e construído por Portugueses, por uma nova geração de Arquitectos e Engenheiros que acredita que o “caminho se faz caminhando” e construindo, pensando no futuro e daí o nome Edifício Solar XXI.
Primeiro porque é um edifício que usa o SOL, como fonte de energia, os painéis na sua fachada produzem energia eléctrica que é consumida pelo próprio edifício e, no futuro, os edifícios serão assim construídos.
Em segundo lugar é um edifício que pensou no ambiente, pois pouco consome em termos de energia e pouco emite em termos dos denominados Gases de Efeito de Estufa.
E, em terceiro lugar, é um edifício que pensa no cidadão utilizador; reduzindo o consumo energético a factura é mais pequena e finalmente permite um conforto térmico, no seu interior, maior do que em qualquer outro edifício.
O plano tecnológico pode ser também isto, o somatório de iniciativas e projectos, grandes ou pequenos, mas marcantes em determinado momento histórico.
Hélder Gonçalves
É um edifício projectado e construído por Portugueses, por uma nova geração de Arquitectos e Engenheiros que acredita que o “caminho se faz caminhando” e construindo, pensando no futuro e daí o nome Edifício Solar XXI.
Primeiro porque é um edifício que usa o SOL, como fonte de energia, os painéis na sua fachada produzem energia eléctrica que é consumida pelo próprio edifício e, no futuro, os edifícios serão assim construídos.
Em segundo lugar é um edifício que pensou no ambiente, pois pouco consome em termos de energia e pouco emite em termos dos denominados Gases de Efeito de Estufa.
E, em terceiro lugar, é um edifício que pensa no cidadão utilizador; reduzindo o consumo energético a factura é mais pequena e finalmente permite um conforto térmico, no seu interior, maior do que em qualquer outro edifício.
O plano tecnológico pode ser também isto, o somatório de iniciativas e projectos, grandes ou pequenos, mas marcantes em determinado momento histórico.
Hélder Gonçalves
quarta-feira, janeiro 18
INVESTIDA FINAL: AS URNAS
Fotografia de Angèle
Quando o debate na política é diabolizado algo vai mal no reino da democracia. Assim foi desde o início desta campanha presidencial. Cavaco não é, certamente, um aspirante a ditador mas colocou, até ao fim, o debate como uma realidade, no mínimo, excêntrica à política quando, afinal, é a sua essência.
A comunicação social replica os diálogos dos cidadãos com Soares, e vice-versa, como a evidência de uma rejeição do candidato que se expõe à opinião crítica. A frontalidade política de Soares, em campanha eleitoral, passa para a opinião pública como acto descortês, senão mesmo de soberba, ou malcriado.
Cavaco, no debate político, faz o género do touro manso, que encosta às tábuas, não investe quando citado a preceito, mas que, à falsa fé, é capaz de uma cornada fatal que perfura o intestino do lidador.
Elevado ao pedestal do vencedor antecipado os idólatras de Cavaco imaginam-no dando voltas à arena exibindo três orelhas e um rabo.
Aguardem, tranquilos, até ao fim, não vá o matador ser colhido, na derradeira sorte, pela única e verdadeira investida final: as urnas.
Quando o debate na política é diabolizado algo vai mal no reino da democracia. Assim foi desde o início desta campanha presidencial. Cavaco não é, certamente, um aspirante a ditador mas colocou, até ao fim, o debate como uma realidade, no mínimo, excêntrica à política quando, afinal, é a sua essência.
A comunicação social replica os diálogos dos cidadãos com Soares, e vice-versa, como a evidência de uma rejeição do candidato que se expõe à opinião crítica. A frontalidade política de Soares, em campanha eleitoral, passa para a opinião pública como acto descortês, senão mesmo de soberba, ou malcriado.
Cavaco, no debate político, faz o género do touro manso, que encosta às tábuas, não investe quando citado a preceito, mas que, à falsa fé, é capaz de uma cornada fatal que perfura o intestino do lidador.
Elevado ao pedestal do vencedor antecipado os idólatras de Cavaco imaginam-no dando voltas à arena exibindo três orelhas e um rabo.
Aguardem, tranquilos, até ao fim, não vá o matador ser colhido, na derradeira sorte, pela única e verdadeira investida final: as urnas.
terça-feira, janeiro 17
PRESIDENCIAIS - POLÍTICA OU O QUÊ?
Paula Rego
"Mário Soares anuncia que Estaleiros Navais de Viana do Castelo não vão ser privatizados"
Soares afirmou algo que a maioria dos trabalhadores, dos Estaleiros de Viana, e não só, gostam de ouvir. Aqui d´el rei! Se apoiar as medidas do governo, aqui d´el rei! Se atacar as políticas do governo aqui d´el rei!
Hoje Soares colocou em cima da mesa a grande questão destas eleições presidenciais: o governo socialista e a sua política reformista. O que está para além do papel moderador do PR, o que está para além dos poderes formais, positivos ou negativos, do PR, os poderes da chamada “magistratura de influência”.
Não são os arautos da candidatura de Cavaco que defendem a tese do reforço dos poderes do PR? Que possa até presidir a conselhos de ministros? Que tenha um papel mais activo nas área da economia e finanças? Não é disso que muitos comentadores dizem que o povo gosta e o país precisa?
Soares não pode anunciar as boas notícias aos trabalhadores mesmo quando o governo confirma nunca ter anunciado as más?
A campanha para as eleições presidenciais é um acto político ou uma romagem de saudade ao país ancestral do beija-mão?
"Mário Soares anuncia que Estaleiros Navais de Viana do Castelo não vão ser privatizados"
Soares afirmou algo que a maioria dos trabalhadores, dos Estaleiros de Viana, e não só, gostam de ouvir. Aqui d´el rei! Se apoiar as medidas do governo, aqui d´el rei! Se atacar as políticas do governo aqui d´el rei!
Hoje Soares colocou em cima da mesa a grande questão destas eleições presidenciais: o governo socialista e a sua política reformista. O que está para além do papel moderador do PR, o que está para além dos poderes formais, positivos ou negativos, do PR, os poderes da chamada “magistratura de influência”.
Não são os arautos da candidatura de Cavaco que defendem a tese do reforço dos poderes do PR? Que possa até presidir a conselhos de ministros? Que tenha um papel mais activo nas área da economia e finanças? Não é disso que muitos comentadores dizem que o povo gosta e o país precisa?
Soares não pode anunciar as boas notícias aos trabalhadores mesmo quando o governo confirma nunca ter anunciado as más?
A campanha para as eleições presidenciais é um acto político ou uma romagem de saudade ao país ancestral do beija-mão?
PRINCE CASPIAN
Fotografia de Philippe Pache
(…)
Quantas vezes descemos nós do sóbrio tronco ou provámos a água
que de uns primeiros olhos para nós se erguia
sobre o rugir oceânico das árvores despertas
e as lágrimas na face das palavras primitivas?
(…)
Ruy Belo
(…)
Quantas vezes descemos nós do sóbrio tronco ou provámos a água
que de uns primeiros olhos para nós se erguia
sobre o rugir oceânico das árvores despertas
e as lágrimas na face das palavras primitivas?
(…)
Ruy Belo
PRINCE CASPIAN
Problema da Habitação
segunda-feira, janeiro 16
HAJA RESPEITO!
Um dia numa instituição na qual trabalhei num alto cargo de chefia reparei que alguém tinha tomada iniciativa administrativa de pedir facturas detalhadas das chamadas feitas através dos telemóveis dos dirigentes.
Nada de extraordinário até ao dia em que confirmei que a sua leitura fazia o gáudio de alguns que se dedicavam a espreitar os fluxos telefónicos e a tentar reconstruir as vidas dos seus titulares.
Na hora tomei a decisão de fazer com que se solicitassem, como regra, facturas simples e, como excepção, caso fosse necessário, facturas detalhadas. Os portugueses têm uma atracção doentia para espreitar para dentro da vida dos outros.
Não me espanta o caso do “envelope 9”, nem os excessos nas escutas telefónicas, é a bisbilhotice, arreigada no quotidiano dos portugueses, elevada à dignidade de instituição para a defesa do ordem e dos bons costumes.
Um pouco mais de Portugal e um pouco menos de Europa, ficaria aberto o caminho para os arautos da tirania surgirem de peito descoberto. Por enquanto marcham, contrariados, em silêncio compungido, na sombra do chefe, pois nos países civilizados os debates se combinam antes das eleições e o chefe não faz nada “para descredibilizar a democracia ou faltar ao respeito aos portugueses”.
Haja Deus!
Nada de extraordinário até ao dia em que confirmei que a sua leitura fazia o gáudio de alguns que se dedicavam a espreitar os fluxos telefónicos e a tentar reconstruir as vidas dos seus titulares.
Na hora tomei a decisão de fazer com que se solicitassem, como regra, facturas simples e, como excepção, caso fosse necessário, facturas detalhadas. Os portugueses têm uma atracção doentia para espreitar para dentro da vida dos outros.
Não me espanta o caso do “envelope 9”, nem os excessos nas escutas telefónicas, é a bisbilhotice, arreigada no quotidiano dos portugueses, elevada à dignidade de instituição para a defesa do ordem e dos bons costumes.
Um pouco mais de Portugal e um pouco menos de Europa, ficaria aberto o caminho para os arautos da tirania surgirem de peito descoberto. Por enquanto marcham, contrariados, em silêncio compungido, na sombra do chefe, pois nos países civilizados os debates se combinam antes das eleições e o chefe não faz nada “para descredibilizar a democracia ou faltar ao respeito aos portugueses”.
Haja Deus!
VILLA-LOBOS
Imagem daqui
«28 février 1952. La découverte du Brésil, de Villa-Lobos – avec lui la grandeur revient dans la musique. Chef-d´œuvre – je ne vois que Falla aussi grand.»
Albert Camus
«28 février 1952. La découverte du Brésil, de Villa-Lobos – avec lui la grandeur revient dans la musique. Chef-d´œuvre – je ne vois que Falla aussi grand.»
Albert Camus
“Carnets – III” - Cahier nº VII (Mars 1951/Juillet 1954)
Gallimard
CHILE - PRESIDENCIAIS
Fotografia de Hélder Gonçalves
"La socialista Bachelet gana las elecciones presidenciales de Chile
Con el 97,71% de los votos escrutados ha conseguido el 53,49% frente al 46,51% del conservador Piñera
La candidata socialista Michelle Bachelet ha ganado las elecciones presidenciales chilenas con una ventaja de casi siete puntos porcentuales sobre el derechista Sebastián Piñera, según el escrutinio oficial. Con el 97,71% de los votos escrutados, Bachelet ha obtenido el 53,49% frente al 46,51% de Piñera, quien ha reconocido su derrota.
"La socialista Bachelet gana las elecciones presidenciales de Chile
Con el 97,71% de los votos escrutados ha conseguido el 53,49% frente al 46,51% del conservador Piñera
La candidata socialista Michelle Bachelet ha ganado las elecciones presidenciales chilenas con una ventaja de casi siete puntos porcentuales sobre el derechista Sebastián Piñera, según el escrutinio oficial. Con el 97,71% de los votos escrutados, Bachelet ha obtenido el 53,49% frente al 46,51% de Piñera, quien ha reconocido su derrota.
En su primer discurso, de unos quince minutos, la presidenta electa ha afirmado que fue "víctima del odio" pero que ha dedicado su vida "a revertir ese odio". Ante medio millón de partidarios que la ovacionaban continuamente, Bachelet ha prometido trabajar incansablemente por Chile, "porque no hay tiempo que perder, son sólo cuatro años".
Ler no “El País”. A comunicação social portuguesa passa, no essencial, ao lado do assunto.
domingo, janeiro 15
"TENGO FE EN CHILE Y SU DESTINO"
Eis um momento de grande regozijo para a democracia, para os socialistas chilenos, da América latina e de todo o mundo. Pela primeira vez uma mulher é eleita Presidente da República do Chile. Um caso raro e percursor. O povo chileno, massacrado por uma ditadura durante anos, merece a liberdade de escolher, em liberdade, os caminhos do futuro. Boa sorte.
Deixo, na íntegra, a notícia da Lusa assim como a fotografia original, de um conjunto de três, que o Hélder Gonçalves acabou de me enviar.
Santiago, 15 Jan (Lusa) – O empresário de direita Sebastian Pinera, candidato da Aliança pelo Chile, formada pelo partido Renovação Nacional e pela União Democrática Independente, dos nostálgicos do regime de Augusto Pinochet (1973-90), reconheceu hoje a derrota nas eleições presidenciais.
Quando estão escrutinados pouco mais de 67 por cento dos boletins dos oito milhões de recenseados, a pediatra socialista Michelle Bachelet, candidata pela Concertação Democrática, coligação de democrata-cristãos e socialistas no poder há 16 anos arrebatou 53,2 por cento, contra 46,7 para Pinera.
"Felicito a minha oponente, a primeira Presidente do Chile, como os milhões de mulheres que lutaram por conquistar o seu lugar na sociedade", declarou à televisão.
JHM.
MEMÓRIAS (2)
Fotografia de Teodósio Dias dotempodaluz - "Edifício do Cinema Águia d´Ouro"
Era neste edifício degradado que se encontrava instalada a Delegação do INATEL, no Porto, até 12 de Julho de 2001.
Como o site do INATEL não permite a consulta à informação acerca dos “trabalhos de tratamento da Arquivo Histórico do INATEL”, elaborados em colaboração com a Fundação Mário Soares, uma síntese dos mesmos podem ser consultados mais adiante. Estes trabalhos foram realizados com a colaboração daquela Fundação, com custos insignificantes para o INATEL, e a sua referência, neste momento, é uma forma de homenagear a Dra. Manuela Espírito Santo (ex. Vice Presidente da Direcção do INATEL) e todos os técnicos que colaboraram naquele trabalho.
Como podem verificar, consultando as fontes, o trabalho mantém-se em condições de ser retomado a qualquer momento. Espero que, em breve, tal seja possível.
Documentos FNAT/ INATEL - Trabalhos de tratamento do Arquivo Histórico do INATEL - Apresentação Fotografias
Por sua vez também deixo o acesso para consulta da síntese de uma tese de mestrado, certamente, a mais completa e cientificamente correcta, escrita até hoje, acerca da história da FNAT até ao ano de 1958:
José Carlos Valente, Integração Política dos Lazeres Operários e Populares sob o Estado Novo (a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho: 1935-1958)
Era neste edifício degradado que se encontrava instalada a Delegação do INATEL, no Porto, até 12 de Julho de 2001.
Como o site do INATEL não permite a consulta à informação acerca dos “trabalhos de tratamento da Arquivo Histórico do INATEL”, elaborados em colaboração com a Fundação Mário Soares, uma síntese dos mesmos podem ser consultados mais adiante. Estes trabalhos foram realizados com a colaboração daquela Fundação, com custos insignificantes para o INATEL, e a sua referência, neste momento, é uma forma de homenagear a Dra. Manuela Espírito Santo (ex. Vice Presidente da Direcção do INATEL) e todos os técnicos que colaboraram naquele trabalho.
Como podem verificar, consultando as fontes, o trabalho mantém-se em condições de ser retomado a qualquer momento. Espero que, em breve, tal seja possível.
Documentos FNAT/ INATEL - Trabalhos de tratamento do Arquivo Histórico do INATEL - Apresentação Fotografias
Por sua vez também deixo o acesso para consulta da síntese de uma tese de mestrado, certamente, a mais completa e cientificamente correcta, escrita até hoje, acerca da história da FNAT até ao ano de 1958:
José Carlos Valente, Integração Política dos Lazeres Operários e Populares sob o Estado Novo (a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho: 1935-1958)
TEMPO
O meu avô paterno Dimas Eduardo - Santos (Brasil)
Como dizer o vazio que lhe sobra do tempo
Em cujo correr se cozem as amarras da vida
Como medir o diâmetro do lento desespero
Em cujo centro ele perde de vista a margem
Como medir o tempo correndo à velocidade
Que lhe apraz e fora do nosso entendimento
Como dizer quem somos na verdade se nos
Vemos diferentes quando o tempo nos olha
Como não mudar de qualidade na passagem
Se mesmo sem nós o tempo não pára nunca
Como saber o momento certo exacto o nada
Em cujo silêncio absoluto se liberta o tempo
Como dizer tudo que não cabe inteiramente
No tempo de uma vida inteira que se perdeu
Como julgar o tempo se ele não passa afinal
De uma dor um sentimento que se não sente
Lisboa, 2 de Janeiro de 2006
Como dizer o vazio que lhe sobra do tempo
Em cujo correr se cozem as amarras da vida
Como medir o diâmetro do lento desespero
Em cujo centro ele perde de vista a margem
Como medir o tempo correndo à velocidade
Que lhe apraz e fora do nosso entendimento
Como dizer quem somos na verdade se nos
Vemos diferentes quando o tempo nos olha
Como não mudar de qualidade na passagem
Se mesmo sem nós o tempo não pára nunca
Como saber o momento certo exacto o nada
Em cujo silêncio absoluto se liberta o tempo
Como dizer tudo que não cabe inteiramente
No tempo de uma vida inteira que se perdeu
Como julgar o tempo se ele não passa afinal
De uma dor um sentimento que se não sente
Lisboa, 2 de Janeiro de 2006
ENGRENAGEM (2)
Fotografia de José Marafona
As datas são uma coisa terrível. A este propósito, curiosamente, hoje, no café, li o “24 Horas” que nunca comprei. Se já não compro o “Público”! Essa leitura permite-me fazer umas correcções e precisões a propósito da caso “envelope 9”: o número de telefones privados, cujas listagens das comunicações constam da informação fornecida pela PT, é 208; o período exacto compreendido pelas conversas constantes das ditas listagens é entre 10 de Dezembro de 2001 e 7 de Maio de 2002.
Quem quiser que se dê ao trabalho de fazer a comparação com as datas do calendário político: eleições autárquicas de Dezembro de 2001, eleições legislativas de Março de 2002, tomada de posse de Durão Barroso e tudo o que se passou, nesse período, no seio do PS.
Confirmei ainda a notícia de que o PGR diligenciou no sentido do adiamento da sua audição, na AR, de 3ª para 6ª feira, desta semana. O esclarecimento da situação tinha sido considerado urgentíssimo pelo PR. O pedido de adiamento foi feito por telefonema, realizado sábado, depois das 6 da tarde, para o presidente da Comissão parlamentar respectiva. Estranhas informalidades! …
As datas são uma coisa terrível. Têm significado, permitem mudar a natureza das coisas assim como o desenlace dos processos e condicionar os seus fins. O dia solicitado para a audição é exactamente o último dia da campanha eleitoral para as presidenciais.
Tudo o que se passar a partir de domingo próximo, neste domínio, será condicionado pelo resultado das eleições, em particular, se a eleição do futuro presidente ficar resolvida à primeira volta.
Das duas uma: ou o caso é simples de explicar e não justificaria o adiamento da audição na qual tudo ficaria cabalmente esclarecido; ou é difícil de explicar e/ou complexo de investigar, requerendo mais tempo, o que torna o adiamento para 6ª feira na mais estranha das escolhas.
As datas são uma coisa terrível. A este propósito, curiosamente, hoje, no café, li o “24 Horas” que nunca comprei. Se já não compro o “Público”! Essa leitura permite-me fazer umas correcções e precisões a propósito da caso “envelope 9”: o número de telefones privados, cujas listagens das comunicações constam da informação fornecida pela PT, é 208; o período exacto compreendido pelas conversas constantes das ditas listagens é entre 10 de Dezembro de 2001 e 7 de Maio de 2002.
Quem quiser que se dê ao trabalho de fazer a comparação com as datas do calendário político: eleições autárquicas de Dezembro de 2001, eleições legislativas de Março de 2002, tomada de posse de Durão Barroso e tudo o que se passou, nesse período, no seio do PS.
Confirmei ainda a notícia de que o PGR diligenciou no sentido do adiamento da sua audição, na AR, de 3ª para 6ª feira, desta semana. O esclarecimento da situação tinha sido considerado urgentíssimo pelo PR. O pedido de adiamento foi feito por telefonema, realizado sábado, depois das 6 da tarde, para o presidente da Comissão parlamentar respectiva. Estranhas informalidades! …
As datas são uma coisa terrível. Têm significado, permitem mudar a natureza das coisas assim como o desenlace dos processos e condicionar os seus fins. O dia solicitado para a audição é exactamente o último dia da campanha eleitoral para as presidenciais.
Tudo o que se passar a partir de domingo próximo, neste domínio, será condicionado pelo resultado das eleições, em particular, se a eleição do futuro presidente ficar resolvida à primeira volta.
Das duas uma: ou o caso é simples de explicar e não justificaria o adiamento da audição na qual tudo ficaria cabalmente esclarecido; ou é difícil de explicar e/ou complexo de investigar, requerendo mais tempo, o que torna o adiamento para 6ª feira na mais estranha das escolhas.
Porventura nada disto tem importância nenhuma mas, caso seja uma mera manobra de diversão, sabe-se lá de quem, como se justifica o tom grave da comunicação ao país do PR?
PRESIDENCIAIS NO CHILE
Hoje o Chile deverá eleger, em eleições livres e democráticas, pela primeira vez, uma mulher, a socialista Michelle Bachelet para a Presidência da República.
sábado, janeiro 14
ENGRENAGEM
Fotografia de José Marafona
Um juiz pediu o registo detalhado das comunicações telefónicas de um cidadão e a PT forneceu as de 207! De quem? Dos detentores dos mais altos cargos públicos (PR; PM, PGR ….). Um lapso! Uma falha! Um engano! Segundo entendo, correspondendo a que período de tempo? De Dezembro de 2001 a Maio de 2002.
Que período de tempo é este? Desde a demissão de Guterres, após as autárquicas de 2001, até à tomada de posse do governo de coligação de direita, de Durão Barroso. O que aconteceu nesse período? Dissolução da AR; convocação de eleições legislativas antecipadas; Guterres manteve-se, em gestão, à frente do Governo; João Pedroso (irmão de Paulo Pedroso) era Chefe de gabinete de Guterres; Ferro foi eleito líder do PS; eleições legislativas, em Março de 2002, antecedidas da respectiva campanha; Vitória de Barroso por pequena diferença; Ferro sai derrotado, mas pela porta grande.
Segundo entendo, em Abril de 2003 um juiz pede a facturação detalhada das comunicações telefónicas de Paulo Pedroso, referentes aquele período. Pedroso é uma pedra influente no PS liderado por Ferro. O "processo casa pia" estava em investigação.
Quem é quem? Em 2003. No governo? Na PT? Quem pediu? Quem entregou? Quem reuniu? Quem manipulou? Quem autorizou? Quem chantageou? Investigue-se e divulguem-se os nomes. Procurem-se as ligações. Procure-se a cabeça do polvo.
Um juiz pediu o registo detalhado das comunicações telefónicas de um cidadão e a PT forneceu as de 207! De quem? Dos detentores dos mais altos cargos públicos (PR; PM, PGR ….). Um lapso! Uma falha! Um engano! Segundo entendo, correspondendo a que período de tempo? De Dezembro de 2001 a Maio de 2002.
Que período de tempo é este? Desde a demissão de Guterres, após as autárquicas de 2001, até à tomada de posse do governo de coligação de direita, de Durão Barroso. O que aconteceu nesse período? Dissolução da AR; convocação de eleições legislativas antecipadas; Guterres manteve-se, em gestão, à frente do Governo; João Pedroso (irmão de Paulo Pedroso) era Chefe de gabinete de Guterres; Ferro foi eleito líder do PS; eleições legislativas, em Março de 2002, antecedidas da respectiva campanha; Vitória de Barroso por pequena diferença; Ferro sai derrotado, mas pela porta grande.
Segundo entendo, em Abril de 2003 um juiz pede a facturação detalhada das comunicações telefónicas de Paulo Pedroso, referentes aquele período. Pedroso é uma pedra influente no PS liderado por Ferro. O "processo casa pia" estava em investigação.
Quem é quem? Em 2003. No governo? Na PT? Quem pediu? Quem entregou? Quem reuniu? Quem manipulou? Quem autorizou? Quem chantageou? Investigue-se e divulguem-se os nomes. Procurem-se as ligações. Procure-se a cabeça do polvo.
O que está em causa é a liberdade. A liberdade. A liberdade. A justiça. A justiça. A justiça. Garantir que os criminosos não alcancem o poder para colocar os inocentes no seu lugar.
Será pura ficção? A engrenagem foi posta em marcha por alguém, algures. Ao longe ouço os acordes da portuguesa apropriados pela PT. Esta engrenagem tem de ser desmontada em tempo útil. Para que se faça justiça antes que morram todas as suas vítimas!
Será pura ficção? A engrenagem foi posta em marcha por alguém, algures. Ao longe ouço os acordes da portuguesa apropriados pela PT. Esta engrenagem tem de ser desmontada em tempo útil. Para que se faça justiça antes que morram todas as suas vítimas!
RESPIRAR FUNDO
- O ar não me falta mais.
- Deve ser porque finalmente você aprendeu a respirar.
- Aprender a respirar?
- Sim. Sabe aquela sua respiração ofegante, ansiosa?
- Era reação. Quando o ar faltava, eu o buscava de todas as formas.
- Mas você precisa controlar os impulsos.
- ... - E ver que o melhor é parar, se concentrar e respirar fundo.
((quando o ar faltar, pare e respire fundo))
Bjitu`z da LuLu
(Parece um blogue simplesmente cor de rosa, mas tem qualquer coisa muito especial. A jovialidade? Os diálogos? A aparente futilidade? O enlace das fotografias com os textos? O Brasil é um mundo repleto de surpresas!)
(Parece um blogue simplesmente cor de rosa, mas tem qualquer coisa muito especial. A jovialidade? Os diálogos? A aparente futilidade? O enlace das fotografias com os textos? O Brasil é um mundo repleto de surpresas!)
TALENTO
Fotografia de Angèle
«Id (Wilde). Il n´y a pas un talent de vivre et un autre de créer. Le même suffit aux deux. Et l´on peut être sûr que le talent qui n´a pu produire qu´une œuvre artificielle ne pouvait soutenir q´une vie frivole.»
Albert Camus
«Id (Wilde). Il n´y a pas un talent de vivre et un autre de créer. Le même suffit aux deux. Et l´on peut être sûr que le talent qui n´a pu produire qu´une œuvre artificielle ne pouvait soutenir q´une vie frivole.»
Albert Camus
“Carnets – III” - Cahier nº VII (Mars 1951/Juillet 1954)
Gallimard
Subscrever:
Mensagens (Atom)