Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, maio 15
MANUEL LOPES NO JANTAR DE EXTINÇÃO DO MES
Clicar na Imagem para Ampliar
Da esquerda para a direita – em baixo: César de Oliveira, Eduardo Ferro Rodrigues, Vítor Wengorovius, José Dias e Carlos Pratas. Em cima: Agostinho Roseta, Edilberto Moço (apoiado em César de Oliveira), José Manuel Galvão Teles, António Machado, Francisco Farrica, Afonso de Barros, José Galamba de Oliveira, Rogério de Jesus, Manuel Lopes e António Rosas.
Este é um grupo representativo dos fundadores do MES (Movimento de Esquerda Socialista) no jantar de extinção realizado, no antigo “Mercado do Povo”, em Outubro de 1981.
A novidade desta fotografia é a presença de Manuel Lopes, que haveria de ser um influente dirigente da CGTP, já falecido, cujo nome surgia em primeiro lugar como subscritor da declaração política inaugural do MES.
Da esquerda para a direita – em baixo: César de Oliveira, Eduardo Ferro Rodrigues, Vítor Wengorovius, José Dias e Carlos Pratas. Em cima: Agostinho Roseta, Edilberto Moço (apoiado em César de Oliveira), José Manuel Galvão Teles, António Machado, Francisco Farrica, Afonso de Barros, José Galamba de Oliveira, Rogério de Jesus, Manuel Lopes e António Rosas.
Este é um grupo representativo dos fundadores do MES (Movimento de Esquerda Socialista) no jantar de extinção realizado, no antigo “Mercado do Povo”, em Outubro de 1981.
A novidade desta fotografia é a presença de Manuel Lopes, que haveria de ser um influente dirigente da CGTP, já falecido, cujo nome surgia em primeiro lugar como subscritor da declaração política inaugural do MES.
MES
Mural de Alcântara
"A emancipação dos trabalhadores tem de ser obra dos próprios trabalhadores" Lema da primeira "Declaração do Movimento de Esquerda Socialista (M.E.S.)".
O tema do MES, apesar de reportar ao passado, suscita o interesse de muita gente, tem algumas facetas curiosas que merecem ser explicitadas e esclarecidas e envolve personagens que assumiram (e assumem) protagonismo na sociedade portuguesa contemporânea.
Surgiu a colaboração do António Pais, do Fim de Semana Alucinante, disponibilizando as fotografias que retratam os participantes do jantar de extinção do MES. Outras participações poderão surgir pelo que decidi manter aberto e vivo o tema. Ainda hoje publicarei uma nova fotografia com a respectiva legenda.
"A emancipação dos trabalhadores tem de ser obra dos próprios trabalhadores" Lema da primeira "Declaração do Movimento de Esquerda Socialista (M.E.S.)".
O tema do MES, apesar de reportar ao passado, suscita o interesse de muita gente, tem algumas facetas curiosas que merecem ser explicitadas e esclarecidas e envolve personagens que assumiram (e assumem) protagonismo na sociedade portuguesa contemporânea.
Surgiu a colaboração do António Pais, do Fim de Semana Alucinante, disponibilizando as fotografias que retratam os participantes do jantar de extinção do MES. Outras participações poderão surgir pelo que decidi manter aberto e vivo o tema. Ainda hoje publicarei uma nova fotografia com a respectiva legenda.
domingo, maio 14
SOLIDÃO NA CIDADE
Fotografia de François Le Diascorn
(…)
e são longos os dias longe de nós próprios
(…)
Ruy Belo
SOLIDÃO NA CIDADE
Transporte no Tempo
(…)
e são longos os dias longe de nós próprios
(…)
Ruy Belo
SOLIDÃO NA CIDADE
Transporte no Tempo
sábado, maio 13
sexta-feira, maio 12
MES - FUNDADORES NO JANTAR DE EXTINÇÃO
Fotografia de António Pais
Da esquerda para a direita, Agostinho Roseta, Edilberto Moço, José Manuel Galvão Teles, António Machado, Francisco Farrica, Afonso de Barros e António Rosas. Desta vez fui capaz de os identificar a todos, sem necessidade de ajuda, como se fossem familiares próximos.
Esta é a segunda da série de fotografias, de autoria de António Pais, registando os convivas que participaram no jantar de extinção do MES em Outubro de 1981.
O grupo representado nesta fotografia tem uma característica singular: são todos fundadores do MES tendo subscrito as suas declarações inaugurais. Podem conferir aqui.
Assinalo a mistura de intelectuais licenciados com intelectuais operários. Do lado dos primeiros: J.M.Galvão Teles e Afonso de Barros; do lado dos segundos: E. Moço e A. Machado (operários da TAP), F. Farrica (operário electricista) e A. Rosas (técnico têxtil). Agostinho Roseta era o mediador perfeito.
Este é um grupo representativo para a compreensão da peculiar natureza política do MES originário: profissionais liberais, revelados pela crise estudantil de 1961, reunidos com activistas operários e sindicais, não comunistas, surgidos das lutas de base dos finais dos anos 60. Inteligência+força+rebeldia. Ainda hão-de surgir, em próximas fotografias, as restantes componentes.
Curiosamente, nenhuma destas figuras surge na fotografia de grupo, anteriormente publicada, sendo que Afonso de Barros, tal como Agostinho Roseta, morreu prematuramente. Nada sei do António Rosas que vive, em Budapeste, na Hungria.
Pela parte que me toca não subscrevi, publicamente, nenhum documento até aos finais de 1974 por estar a cumprir o serviço militar.
Da esquerda para a direita, Agostinho Roseta, Edilberto Moço, José Manuel Galvão Teles, António Machado, Francisco Farrica, Afonso de Barros e António Rosas. Desta vez fui capaz de os identificar a todos, sem necessidade de ajuda, como se fossem familiares próximos.
Esta é a segunda da série de fotografias, de autoria de António Pais, registando os convivas que participaram no jantar de extinção do MES em Outubro de 1981.
O grupo representado nesta fotografia tem uma característica singular: são todos fundadores do MES tendo subscrito as suas declarações inaugurais. Podem conferir aqui.
Assinalo a mistura de intelectuais licenciados com intelectuais operários. Do lado dos primeiros: J.M.Galvão Teles e Afonso de Barros; do lado dos segundos: E. Moço e A. Machado (operários da TAP), F. Farrica (operário electricista) e A. Rosas (técnico têxtil). Agostinho Roseta era o mediador perfeito.
Este é um grupo representativo para a compreensão da peculiar natureza política do MES originário: profissionais liberais, revelados pela crise estudantil de 1961, reunidos com activistas operários e sindicais, não comunistas, surgidos das lutas de base dos finais dos anos 60. Inteligência+força+rebeldia. Ainda hão-de surgir, em próximas fotografias, as restantes componentes.
Curiosamente, nenhuma destas figuras surge na fotografia de grupo, anteriormente publicada, sendo que Afonso de Barros, tal como Agostinho Roseta, morreu prematuramente. Nada sei do António Rosas que vive, em Budapeste, na Hungria.
Pela parte que me toca não subscrevi, publicamente, nenhum documento até aos finais de 1974 por estar a cumprir o serviço militar.
quinta-feira, maio 11
CASIMIRO DE BRITO
O primeiro livro de poesia que comprei foi “Jardins de Guerra”, de Casimiro de Brito, edição da Portugália Editora – Novembro de 1966. Foi comprado em Faro no mês de Março de 1967. O poeta é natural de Loulé mas sempre o considerei um poeta da minha terra: Faro.
AMBIENTES
Fotografia do amistad de António José Alegria
Uma imagem, certamente de Marrocos, que me faz lembrar o ambiente da minha infância. Os ladrilhos cor de tijolo à vista do mar azul, os odores do mediterrâneo, os dias quentes, as gentes deambulando na azáfama compassada do quotidiano.
Albert Camus descrevia este ambiente da sua Argélia num texto que sublinhei e anotei na minha primeira leitura dos “Cadernos”:
“Abril.
Uma imagem, certamente de Marrocos, que me faz lembrar o ambiente da minha infância. Os ladrilhos cor de tijolo à vista do mar azul, os odores do mediterrâneo, os dias quentes, as gentes deambulando na azáfama compassada do quotidiano.
Albert Camus descrevia este ambiente da sua Argélia num texto que sublinhei e anotei na minha primeira leitura dos “Cadernos”:
“Abril.
Primeiros dias de calor. Sufocante. Todos os animais estão deitados. Quando o dia começa a declinar, a natureza estranha da atmosfera por cima da cidade. Os ruídos que nela se elevam e se perdem como balões. Imobilidade das árvores e dos homens. Pelas esplanadas, mouros de conversa à espera que venha a noite. Café torrado, cujo aroma também se eleva. Hora suave e desesperada. Nada para abraçar. Nada onde ajoelhar, louco de reconhecimento."
(Nesta página escrevi à mão em frente a Abril: “3-1968-Faro-Cais”. O ambiente da Argélia natal de Camus tem algo a ver com o ambiente de Faro, a minha cidade natal. Devia ser o período das Férias de Páscoa. Curiosamente nas vésperas do “Maio de 68”)
Extractos, in Cadernos (1962-Editions Gallimard), tradução de Gina de Freitas, Colecção Miniatura das Edições “Livros do Brasil”, Caderno nº1 (Maio de 1935/Setembro de 1937).
Extractos, in Cadernos (1962-Editions Gallimard), tradução de Gina de Freitas, Colecção Miniatura das Edições “Livros do Brasil”, Caderno nº1 (Maio de 1935/Setembro de 1937).
POESIA
Obras-primas de Margarida Delgado
(…)
Quente e humana embora na aparência fria
que a todos se destine a poesia
Ruy Belo
PRIMEIRO POEMA DE MADRID
Transporte no Tempo
(…)
Quente e humana embora na aparência fria
que a todos se destine a poesia
Ruy Belo
PRIMEIRO POEMA DE MADRID
Transporte no Tempo
quarta-feira, maio 10
MES - COM AGOSTINHO ROSETA NO JANTAR DE EXTINÇÃO
Fotografia de António Pais
Na sequência desta fotografia, do jantar de extinção do MES, o António Pais, surpresa das surpresas, enviou-me mais esta – e ameaça com outras – na qual surjo arengando aos convivas acompanhado pelo Agostinho Roseta. (Obrigado Helena).
Resplandece a Maria Olímpia (Pimpas) e, à direita, meio encoberto, o Francisco Soares. Continua por completar a legenda da foto colectiva, apesar da ajuda do Tugir e do Glória Fácil, que se refere ao MES aqui, aqui e aqui.
Na sequência desta fotografia, do jantar de extinção do MES, o António Pais, surpresa das surpresas, enviou-me mais esta – e ameaça com outras – na qual surjo arengando aos convivas acompanhado pelo Agostinho Roseta. (Obrigado Helena).
Resplandece a Maria Olímpia (Pimpas) e, à direita, meio encoberto, o Francisco Soares. Continua por completar a legenda da foto colectiva, apesar da ajuda do Tugir e do Glória Fácil, que se refere ao MES aqui, aqui e aqui.
terça-feira, maio 9
ANIVERSÁRIO
um poema simples
denso e cheio de paz
ficaria leve como uma pena ao vento
que volteia, dá mil pinos sem partir,
e na minha cabeça
criar-se-ia um silêncio raro
e crente na exactidão das coisas.
Tal como os ruídos domésticos
fazem o à-vontade
deixaria então partir esta dor
no temporal direito
que quase me tolhe o braço
e com o espaço por ela deixado
faria na cabeça um barco
enorme e vazio
onde tomando o lugar
do tripulante solitário
rumaria em direcção à rua
do verão da minha infância
de regresso ao mar amado.
28 de Dezembro de 1981
28 de Dezembro de 1981
(Fotografia e poema, peças inéditas, respectivamente de Julho e Dezembro de 1981, em homenagem a minha mulher Guida no dia do seu aniversário.)
AGOSTINHO ROSETA
Agostinho Roseta morreu no dia 9 de Maio de 1995, na plena pujança das suas faculdades humanas, intelectuais e políticas. A sua morte prematura impediu que tivesse, muito provavelmente, exercido influência ainda mais marcante, a partir de 1995, no movimento sindical, no Partido Socialista e, quiçá, no governo.
Ele foi, no movimento operário e sindical, o activista mais importante do MES associando juventude (ou talvez melhor, jovialidade), capacidade teórica e sentido prático de organização sendo, ao mesmo tempo, persuasivo, sedutor e desprendido do poder.
Falar de pessoas é sempre muito delicado mas não receio cometer qualquer injustiça destacando a influência marcante de Agostinho Roseta na formação pessoal e política de um vasto e influente conjunto de dirigentes políticos e sindicais portugueses.
Lembro-o, além do mais, pela amizade sincera que sempre por ele nutri, aliás, retribuída, e porque foi ele o primeiro, entre todos nós, que mais cedo compreendeu o fracasso do projecto político do MES optando por dedicar as suas imensas capacidades de liderança ao movimento sindical.
O dia da sua morte coincide, ironicamente, com o dia de aniversário de minha mulher a quem pedi para reconstruir a última imagem que dele possuo: uma fotografia de grupo registada, certamente, em 27 de Outubro de 1994 na celebração do 4º aniversário de meu filho.
(Dedicado à sua mulher Helena e a seus filhos, reescrevendo um post de Março de 2004. Sem esquecer outro de Abril do mesmo ano.)
segunda-feira, maio 8
INATEL - FUNDAÇÃO
Laetitia Casta
A Resolução que identifico e reproduzo, na íntegra, no IR AO FUNDO E VOLTAR, no que respeita ao Ministério do Trabalho, confirma a decisão, a que me refiro no artigo “A Verdade de uma Reforma”, a propósito do INATEL. Para que conste e conhecimento de todos os interessados.
DR 79 – Série I – B – Presidência do Conselho de Ministros – Resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006 de 21 de Abril de 2006 – Aprova o Programa para a Reestruturação da Administração Central do Estado.
A Resolução que identifico e reproduzo, na íntegra, no IR AO FUNDO E VOLTAR, no que respeita ao Ministério do Trabalho, confirma a decisão, a que me refiro no artigo “A Verdade de uma Reforma”, a propósito do INATEL. Para que conste e conhecimento de todos os interessados.
DR 79 – Série I – B – Presidência do Conselho de Ministros – Resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006 de 21 de Abril de 2006 – Aprova o Programa para a Reestruturação da Administração Central do Estado.
“e) Deixarão de integrar o MTSS, saindo da administração central do Estado:
ii) O Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores, I. P. - INATEL, sob a forma de fundação de direito privado e utilidade pública;”
(Agradecimentos ao TeoDias com ilustração para despistar a aridez do assunto.)
domingo, maio 7
SÉGOLÈNE ROYAL
Fotografia daqui
Ségolène Royal – mais que provável candidata às próximas eleições presidenciais francesas.
Ségolène Royal – mais que provável candidata às próximas eleições presidenciais francesas.
DIEN BIEN PHU
Foto daqui
«8 mai. Chute de Dien Bien Phu. Comme en 40, sentiment partagé de honte et de fureur.
Au soir du massacre, le bilan est clair. Des politiciens de droite ont placé des malheureux dans uns situation indéfendable et, pendant le même temps, les hommes de la gauche leur tiraient dans le dos.»
Albert Camus
«8 mai. Chute de Dien Bien Phu. Comme en 40, sentiment partagé de honte et de fureur.
Au soir du massacre, le bilan est clair. Des politiciens de droite ont placé des malheureux dans uns situation indéfendable et, pendant le même temps, les hommes de la gauche leur tiraient dans le dos.»
Albert Camus
“Carnets – III” - Cahier nº VII (Mars 1951/Juillet 1954)
Gallimard
sábado, maio 6
sexta-feira, maio 5
A VERDADE DE UMA REFORMA
Sharon Stone
Está disponível no IR AO FUNDO E VOLTAR o artigo que intitulei “A Verdade de uma Reforma”, publicado hoje no “Semanário Económico”, de que reproduzo a epígrafe e o último parágrafo.
“Que “actividade” pode ser mais desgastante, mais exasperante pelo sentimento de impotência que faz nascer, do que submeter-se permanentemente aos passes, às mediações, às esperas infindáveis da burocracia.”
José Gil, “Portugal, Hoje – O Medo de Existir”.
(…)
"Alguns governantes socialistas do presente parecem, por vezes, ter a memória enfraquecida e a vontade condicionada por razões que a razão desconhece. O mais que lhes posso desejar é que nunca sejam perseguidos e injustiçados pelas suas obras e o mínimo que lhes posso exigir é que não tenham vergonha do seu passado, nem se deixem condicionar pela sombra que a direita projecta sobre as suas ambições!"
(Ilustro com a Sharon Stone, com o viço do primeiro dia da legislatura, cheia de segredinhos).
Está disponível no IR AO FUNDO E VOLTAR o artigo que intitulei “A Verdade de uma Reforma”, publicado hoje no “Semanário Económico”, de que reproduzo a epígrafe e o último parágrafo.
“Que “actividade” pode ser mais desgastante, mais exasperante pelo sentimento de impotência que faz nascer, do que submeter-se permanentemente aos passes, às mediações, às esperas infindáveis da burocracia.”
José Gil, “Portugal, Hoje – O Medo de Existir”.
(…)
"Alguns governantes socialistas do presente parecem, por vezes, ter a memória enfraquecida e a vontade condicionada por razões que a razão desconhece. O mais que lhes posso desejar é que nunca sejam perseguidos e injustiçados pelas suas obras e o mínimo que lhes posso exigir é que não tenham vergonha do seu passado, nem se deixem condicionar pela sombra que a direita projecta sobre as suas ambições!"
(Ilustro com a Sharon Stone, com o viço do primeiro dia da legislatura, cheia de segredinhos).
25 DE ABRIL - JANTAR DE EXTINÇÃO DO MES -3
1.César de Oliveira; 2.Eduardo Ferro Rodrigues; 3.Paulo Bárcia (Didas); 4.Eduardo Duarte; 5.José António Vieira da Silva; 6.Carlos Figueiredo; 7.Sérgio (?); 8.Paulo Brito; 9.António Silva; 10.Fernando Ribeiro 11.Vítor Nogueira; 12.Emília Pereira de Moura; 13.Maria Luís Pinto; 14.José Elias de Freitas; 15.Margarida Guimarães; 16.Mila (?); 18.Paulo Trigo; 19.Celeste de Jesus; 20.Francisco Cal; 22.Joffre Justino; 26.Eugénia Cal; 27.Carlos Pratas; 28.António Ascensão Costa; 29.Teresa Pato; 32.José Lemos; 33.Amadeu Paiva; 34.Luis Félix; 37.Eduardo Graça; 38.Félix (?); 40.Nuno Ribeiro da Silva; 41.Julieta Mateus; 42.Leite Pereira.
O João Pedro Henriques do Glória Fácil … publicou a fotografia do jantar de extinção do MES com uma legenda depurada. Os meus agradecimentos. Quando se justificar actualizarei a legenda.
O João Pedro Henriques do Glória Fácil … publicou a fotografia do jantar de extinção do MES com uma legenda depurada. Os meus agradecimentos. Quando se justificar actualizarei a legenda.
sem título XXVIII
Fotografia de Philippe Pache
Como as palavras as imagens, que tomamos como nossas, são um bocado do imaginário que sobrevive à decapitação dos sonhos. Caminhamos por entre escombros.
Quando minha mãe morreu nos meus braços não chorei. Só chorei quando, velando o seu corpo, me surgiu pela frente uma vizinha que frequentava a minha infância. O imaginário, naquele breve momento, tomou de assalto as minhas defesas que ruíram com estrondo.
Percebi a leveza insustentável dos corpos depois de mortos e a infinita fraqueza que se esconde por detrás da nossa aparente normalidade.
Como as palavras as imagens, que tomamos como nossas, são um bocado do imaginário que sobrevive à decapitação dos sonhos. Caminhamos por entre escombros.
Quando minha mãe morreu nos meus braços não chorei. Só chorei quando, velando o seu corpo, me surgiu pela frente uma vizinha que frequentava a minha infância. O imaginário, naquele breve momento, tomou de assalto as minhas defesas que ruíram com estrondo.
Percebi a leveza insustentável dos corpos depois de mortos e a infinita fraqueza que se esconde por detrás da nossa aparente normalidade.
quinta-feira, maio 4
1954
Fotografia de Helder Gonçalves
«Salacrou, dans les notes qui accompagnent le tome VI de son théâtre, raconte l´histoire suivante : « Une petite fille qui allait avoir 10 ans déclare : «Quand je serait grande, je m´inscrirai au parti le plus cruel.» Interrogée, elle s´explique : «Si mon parti est au pouvoir, je n´aurais rien à craindre et ce c´est l´autre, je souffrirai moins puisque c´est le parti le moins cruel qui me persécutera.» Je ne crois pas trop cette histoire de petite fille. Mais je connais très bien ce raisonnement. C´est le raisonnement inavoué, mais efficace des intellectuels français de 1954.»
Albert Camus
«Salacrou, dans les notes qui accompagnent le tome VI de son théâtre, raconte l´histoire suivante : « Une petite fille qui allait avoir 10 ans déclare : «Quand je serait grande, je m´inscrirai au parti le plus cruel.» Interrogée, elle s´explique : «Si mon parti est au pouvoir, je n´aurais rien à craindre et ce c´est l´autre, je souffrirai moins puisque c´est le parti le moins cruel qui me persécutera.» Je ne crois pas trop cette histoire de petite fille. Mais je connais très bien ce raisonnement. C´est le raisonnement inavoué, mais efficace des intellectuels français de 1954.»
Albert Camus
“Carnets – III” - Cahier nº VII (Mars 1951/Juillet 1954)
Gallimard
INATEL - RAMALDE (Não há fumo sem fogo!)
Fotografia do “Dias com árvores”
“Chefe de gabinete de Rui Rio investigado no Apito Dourado
(…) por presumíveis diligências com vista a obter a cedência, via câmara, de um campo do INATEL, propriedade do Estado.”
Interessante desenvolvimento de um negócio, aparentemente, frustrado que dá razão às preocupações em tempos manifestadas e que retomo, a propósito da reforma do INATEL, no meu próximo artigo no “Semanário Económico” que deverá sair amanhã. Trata-se, neste caso, do Parque Desportivo de Ramalde.
“Chefe de gabinete de Rui Rio investigado no Apito Dourado
(…) por presumíveis diligências com vista a obter a cedência, via câmara, de um campo do INATEL, propriedade do Estado.”
Interessante desenvolvimento de um negócio, aparentemente, frustrado que dá razão às preocupações em tempos manifestadas e que retomo, a propósito da reforma do INATEL, no meu próximo artigo no “Semanário Económico” que deverá sair amanhã. Trata-se, neste caso, do Parque Desportivo de Ramalde.
quarta-feira, maio 3
SEM VERGONHA
Bouguereau, Adolphe-William - Evening Mood -1882
É extraordinário observar o ar angelical do Dr. Bagão Félix discorrendo acerca da segurança social como se dela nunca se tivesse ocupado e não fosse um dos principais responsáveis políticos pela sua situação actual.
O Dr. Bagão Félix, de súbito, transfigura-se num comentador simpático e competente como se não tivesse exercido funções de ministro durante 3 (três) anos para só contar o período mais recente.
É provável que essa postura seja facilitada pelo facto indesmentível de continuar, pelo menos em parte, a ser ministro através da acção dos homens e mulheres, de sua confiança pessoal e política, que continuam à frente de vários – e importantes – organismos da administração pública.
O actual ministro Vieira da Silva, fruto de uma estratégia ou de estratégia nenhuma, partilha, de facto, o governo com o Dr. Bagão Félix. Paradoxal? Surpreendente? É a realidade pura e dura. O tempo nos ajudará a decifrar este mistério.
É extraordinário observar o ar angelical do Dr. Bagão Félix discorrendo acerca da segurança social como se dela nunca se tivesse ocupado e não fosse um dos principais responsáveis políticos pela sua situação actual.
O Dr. Bagão Félix, de súbito, transfigura-se num comentador simpático e competente como se não tivesse exercido funções de ministro durante 3 (três) anos para só contar o período mais recente.
É provável que essa postura seja facilitada pelo facto indesmentível de continuar, pelo menos em parte, a ser ministro através da acção dos homens e mulheres, de sua confiança pessoal e política, que continuam à frente de vários – e importantes – organismos da administração pública.
O actual ministro Vieira da Silva, fruto de uma estratégia ou de estratégia nenhuma, partilha, de facto, o governo com o Dr. Bagão Félix. Paradoxal? Surpreendente? É a realidade pura e dura. O tempo nos ajudará a decifrar este mistério.
sem título XXVII
Van Gogh - Almond
No cimo a luz branca pontiaguda ilumina
as mãos que tendem o pão da minha vida
3 de Maio de 2006
No cimo a luz branca pontiaguda ilumina
as mãos que tendem o pão da minha vida
3 de Maio de 2006
terça-feira, maio 2
As rosas ...
Laetitia Casta
As rosas amo dos jardins de Adónis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
As rosas amo dos jardins de Adónis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.
Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
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