Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sábado, fevereiro 12
"O que será (À flor da pele)"
"O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo"
Chico Buarque
(in Pentimento)
É o Vale Tudo Final
Até dia 20 vão suceder-se os ataques sujos ao PS e ao seu líder. Apetece-me sempre recordar o que aconteceu com a liderança de Ferro. Espero que a queda da direita do governo ajude a desvendar esse mistério.
Seja qual for o líder do PS, o seu perfil pessoal e méritos políticos, surgem sempre ataques cirúrgicos, através de notícias "encomendadas", em momentos certos, com objectivos determinados.
No caso de Sócrates surgiram os boatos acerca da sua vida privada (incluindo vandalização, em curso, de cartazes de rua), agora acusações de “envolvimento em negócios”, “favorecimentos”, “enriquecimento sem causa” e sabe-se lá mais o quê ...
Na última semana de campanha eleitoral tudo se pode esperar. É o vale tudo final.
Seja qual for o líder do PS, o seu perfil pessoal e méritos políticos, surgem sempre ataques cirúrgicos, através de notícias "encomendadas", em momentos certos, com objectivos determinados.
No caso de Sócrates surgiram os boatos acerca da sua vida privada (incluindo vandalização, em curso, de cartazes de rua), agora acusações de “envolvimento em negócios”, “favorecimentos”, “enriquecimento sem causa” e sabe-se lá mais o quê ...
Na última semana de campanha eleitoral tudo se pode esperar. É o vale tudo final.
"Chamo-lhe desespero"
“Caminhamos entre os plátanos do parque. Inesperadamente,
mas da maneira habitual, insidiosa, começo a sentir o desespero
que me provoca a presença das mulheres amadas.
(Emanação, respiração, neblina e aroma, filtro que eu respiro
boca a boca sem me saciar). Chamo-lhe desespero porque
não acho outra palavra mas escrevo-a como se desenhasse
nesta página um pequeno firmamento de estrelas caligráficas:
ternura, língua, fogo, dentes, brevidade. Morde-se a vida,
prova-se apenas um instante e, pior ainda, com a sensação
antecipada de que a morte, duas mortes, estão metidas no caso.
Não me expliquei muito bem. Nem admira. Fantasmas pessoais,
intransmissíveis. E agora reparo: onde eu já vou. Luciana
por enquanto não passa da imagem vaga disto nas três
ou quatro páginas do romance que iniciei anteontem.”
“O Aprendiz de Feiticeiro” – Carlos de Oliveira
Fragmentos (Chuva) – pág. 15, 16 e 17 (3 de 6)
Fotografia de Helder Gonçalves
sexta-feira, fevereiro 11
Ouvir Toda a Gente
Eu acho, no meu perfeito juízo, que deve ser ouvida toda a gente. Não neste ou naquele processo de inquérito, investigação, auditoria, sindicância, ou outro qualquer procedimento previsto no ordenamento jurídico nacional. Estas acções a que temos assistido, de quando em vez, e que tocam a todos, mais a uns do que a outros, é verdade, nos seus prazos e conforme manda a lei, são de uma vulgaridade, banalidade, insignificância e sacanância que nos coloca mal no concerto das nações.
A acção a que o país aspira é mais ambiciosa. Deve ser ouvida toda a gente. Mesmo toda a gente. São cerca de 10 milhões, retirando os emigrantes, até á terceira ou quarta geração. A maioria, segundo o Dr. Medina Carreira, são velhos e relapsos, mas que importa, são esses, porventura, os mentores da depravação que a Pátria não aguenta mais. Contratem-se os serviços ao estrangeiro. Existem países populosos com gente experimentada na reposição da “ordem” e dos “bons costumes”.
Existem no país infra-estruturas capazes de albergar um exército de inquiridores qualificados. Podem ser utilizados os estádios construídos para o EURO, alguns deles sem fim útil à vista, como o do Algarve, cuja manutenção custa o equivalente a duas equipas na primeira liga. Faça-se um calendário rigoroso dos interrogatórios com tradução simultânea. Toda a gente é obrigada a denunciar toda a gente, a confessar as suas fraquezas, aproveita-se a ocasião para revistar a “coisa pública” e a privada, imaginar os crimes imaginários, adivinhar os sonhos inconfessáveis, espreitar os devaneios erécteis, gozar com a alheia cobiça do corpo inalcançável.
O país precisa de uma limpeza,
de uma devassa a sério,
de um “choque psicológico”
que, ao menos, dê aos cidadãos
aquela sensação de liberdade
de “por enquanto” não serem arguidos
ou, pelo menos, “ainda” não serem suspeitos.
Viva Portugal.
Foto de Helder Gonçalves
"Caídos pelo Caminho" - Chile
Obrigado a Portugal (Fim)
Atento o JPN, do respirar o mesmo ar,
retoma a imagem da capa do programa
do sarau "Obrigado a Portugal" e,
nas tábuas do próprio "Teatro da Trindade",
lugar do seu mister, escreve um belo texto.
As Imagens dos Artistas
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
-Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
-Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
"Nada Será Esquecido"
O "Público", de hoje, deu-me a ler um relato de campanha do PS, em Lisboa, com duas referências que me tocaram: a energia de Jorge Coelho e as intensas manifestações de afecto dirigidas a Ferro.
O povo não esquece e, como diz Correia de Campos, “nada será esquecido”.
O povo não esquece e, como diz Correia de Campos, “nada será esquecido”.
"Semi-Democracia"
Santana Lopes criou uma nova categoria de democracia: "Semi". Desde que as notícias da democracia não lhe sejam favoráveis é semi. Faltam 9 dias.
Líder do PSD diz que Portugal "parece estar a cair numa situação de semi-democracia"
Santana Lopes acusa orgãos de comunicação social de fazerem campanha
Líder do PSD diz que Portugal "parece estar a cair numa situação de semi-democracia"
Santana Lopes acusa orgãos de comunicação social de fazerem campanha
quinta-feira, fevereiro 10
Obrigado a Portugal
Programa
Esta imagem e a anterior são fragmentos
de um programa antigo, de 19 de Dezembro de 1940,
em época de guerra. Refugiados de toda a Europa,
devastada pela ofensiva nazi, procuravam
um porto de abrigo e uma plataforma
de onde embarcar para outras paragens.
Quase todos judeus.
Muitos artistas de todas as artes.
O Teatro da Trindade, que tão bem conheço,
serviu de palco para que os refugiados agradecessem
o acolhimento dos portugueses. Esse espírito solidário
de um povo que nem o regime ditatorial foi capaz de quebrar.
A liberdade acaba sempre por vencer a tirania.
Mas é preciso não vergar a espinha às ameaças
dos novos aspirantes a ditadores.
Eles com os seus cânticos populistas,
quais aves predadoras, volteiam no ar
em torno das nossas cabeças.
O esquecimento é a sua arma.
É preciso lembrar ao povo, sem saudosismo,
o terrível passado das ideologias nacional-populistas.
Populismo em Estado Puro
“CDS, o partido revolucionário do séc. XXI
Pires de Lima responsabiliza esquerda por salários baixos”
Onde é que eu já ouvi isto? Pelo menos os mais velhos conhecem a herança salazarista: ditadura= miséria cívica e material.
Os dirigentes do CDS/PP são os depositários históricos dessa herança e eles sabem que a ditadura salazarista também se apresentou como uma Revolução Nacional.
Não brinquem com a memória de um povo que sofreu 48 anos de ditadura, em grande parte, sob a direcção de um "partido revolucionário". São coisas sérias demais!
Veja aqui um exemplo ilustrativo.
Pires de Lima responsabiliza esquerda por salários baixos”
Onde é que eu já ouvi isto? Pelo menos os mais velhos conhecem a herança salazarista: ditadura= miséria cívica e material.
Os dirigentes do CDS/PP são os depositários históricos dessa herança e eles sabem que a ditadura salazarista também se apresentou como uma Revolução Nacional.
Não brinquem com a memória de um povo que sofreu 48 anos de ditadura, em grande parte, sob a direcção de um "partido revolucionário". São coisas sérias demais!
Veja aqui um exemplo ilustrativo.
quarta-feira, fevereiro 9
Luciana
“Seja como for, hoje rompeu
uma ponta de sol e desço à
beira rio. Levo Luciana comigo.
Conheço-a ainda mal. Cabelo
azulado, um pouco mais claro
do que a asa do corvo, voz
com o toque da tal rouquidão
que excita não há dúvida os
homens. Fala de montanhas
cobertas de neve, uma fonte
para encher a bilha, searas,
fruta, o corpo nu na espuma
duma corrente. Coisas naturais
e ingénuas, o que é, a voz velada
dá-lhes a lentidão, o erotismo,
dos sonhos mais fundos.
Eis o que sei a respeito dela.”
“O Aprendiz de Feiticeiro”
Carlos de Oliveira
Fragmentos – (Chuva)
pag: 15, 16 e 17 (2 de 6)
Marcelo na RTP
Todos sabemos que a política não é um paraíso onde a virtude floresça. Alguns protagonistas distinguem-se, no entanto, pela sua falta de vergonha a confundir as questões e a mentir ao povo. É o caso da tomada de posição do PSD acerca de Marcelo como futuro comentador na RTP.
Sócrates colocou uma questão pertinente. A RTP não é, de facto, uma entidade privada como a TVI ou a SIC. A RTP, pela sua natureza, tem obrigações de serviço público que os canais privados não têm.
Já antes Vital Moreira tinha colocado a questão nos termos em que deve ser colocada.
Tudo mudará de figura se o PSD quisesse privatizar a RTP. Mas para isso precisava ser governo. Como não vai ser deixa o terreno minado. Na RTP e não só...
Sócrates colocou uma questão pertinente. A RTP não é, de facto, uma entidade privada como a TVI ou a SIC. A RTP, pela sua natureza, tem obrigações de serviço público que os canais privados não têm.
Já antes Vital Moreira tinha colocado a questão nos termos em que deve ser colocada.
Tudo mudará de figura se o PSD quisesse privatizar a RTP. Mas para isso precisava ser governo. Como não vai ser deixa o terreno minado. Na RTP e não só...
Imigração nos Programas Eleitorais do PS, PSD e CDS/PP
Finalmente consegui o acesso à leitura do programa eleitoral do CDS/PP. Interessava-me conhecer a abordagem do CDS/PP à questão da imigração. Afinal a posição do CDS/PP é assim como uma espécie de "célula adormecida" usando a linguagem da luta anti-terrorrista tão do agrado da direita radical.
Insere a questão da imigração no capítulo da "Segurança", tal como o PSD, assume a neutralização da natureza "fracturante" da questão e dispersa a sua abordagem em alíneas ao longo daquele capítulo. Ao contrário dos partidos liberais, conservadores e de extrema direita (vejam-se os casos do Partido Conservador Britânico e dos partidos da coligação de direita que acabou de vencer as eleições na Dinamarca) não coloca a imigração como uma questão prioritária nos planos ideológico, social e político.
A imigração para o CDS/PP como que "passou à clandestinidade". Não será, certamente, falta de coragem mas cálculo estratégico tendo em vista eventuais acordos ou alianças com o PSD ... ou o PS.
Por sua vez o PDS resume a questão a dois parágrafos onde se perfilam as mesmas ideias contidas no programa do PS. Pela sua irrelevância (estranha opção da direcção do PSD) não trancrevo esses parágrafos no link abaixo.
Por fim o PS apresenta a questão da imigração num capítulo autónomo, inserindo-a no contexto das políticas sociais, muito bem estruturado, actualizado e completo. As minhas congratulações e esperanças de que, no essencial, caso o PS venha a constituir governo, tal programa seja concretizado.
Ver os programas do PS e do CDS/PP, referentes à questão da imigração, no IRAOFUNDOEVOLTAR.
Insere a questão da imigração no capítulo da "Segurança", tal como o PSD, assume a neutralização da natureza "fracturante" da questão e dispersa a sua abordagem em alíneas ao longo daquele capítulo. Ao contrário dos partidos liberais, conservadores e de extrema direita (vejam-se os casos do Partido Conservador Britânico e dos partidos da coligação de direita que acabou de vencer as eleições na Dinamarca) não coloca a imigração como uma questão prioritária nos planos ideológico, social e político.
A imigração para o CDS/PP como que "passou à clandestinidade". Não será, certamente, falta de coragem mas cálculo estratégico tendo em vista eventuais acordos ou alianças com o PSD ... ou o PS.
Por sua vez o PDS resume a questão a dois parágrafos onde se perfilam as mesmas ideias contidas no programa do PS. Pela sua irrelevância (estranha opção da direcção do PSD) não trancrevo esses parágrafos no link abaixo.
Por fim o PS apresenta a questão da imigração num capítulo autónomo, inserindo-a no contexto das políticas sociais, muito bem estruturado, actualizado e completo. As minhas congratulações e esperanças de que, no essencial, caso o PS venha a constituir governo, tal programa seja concretizado.
Ver os programas do PS e do CDS/PP, referentes à questão da imigração, no IRAOFUNDOEVOLTAR.
Chuva
“Temos o inverno à porta. A cidade pressente-o: vai-me cair o céu em cima e o céu agora não é a transparência leve de Agosto ou Setembro, uma coisa de nada, etérea como os escritores dizem, longe disso, é o peso das nuvens carregado de electricidade, a ameaça quase a desabar. Pressinto-o eu também: vai de facto cair não tarda muito. Basta ver como a cidade se tornou um desenho aguado e fusco a tinta da china. O clarão de barro a cozer extinguiu-se nos telhados, desapareceu a chama trémula dos grãos de areia, que me enchia o quarto toda a tarde, vinda de Montes Claros. E a propósito: os escritores já não chamam etéreo a nada nem ao céu de verão.”
“O Aprendiz de Feiticeiro” – Carlos de Oliveira
Fragmentos (Chuva) – pag. 15,16 e 17 (1 de 6)
“O Aprendiz de Feiticeiro” – Carlos de Oliveira
Fragmentos (Chuva) – pag. 15,16 e 17 (1 de 6)
terça-feira, fevereiro 8
Homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen
A Fundação das Casas de Fronteira e Alorna promove uma homenagem a Sophia que inclui a "leitura integral da sua Obra Poética segundo a edição definitiva da Editorial Caminho, editada em 2004."
16 de Fevereiro, 2, 16, e 30 de Março, 13 e 27 de Abril,
11 e 25 de Maio, 8, 22 e 29 de Junho de 2005
III CICLO DE MÚSICA E
POESIA PORTUGUESA DO SÉC. XX
HOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Segundo o programa "Dado o carácter especial de homenagem de que este ciclo se reveste, entendeu a Fundação dar a possibilidade a outras pessoas, para além dos leitores que colaborarão regularmente nas sessões, de a ela se associarem lendo um poema em voz alta. Bastará para isso que nos informe atempadamente, por carta ou e-mail (cristinasousa@ip.pt), do poema que escolheu e que compareça na respectiva sessão. Caso a escolha recaia num poema que esteja “tomado”, será informado do facto e terá a possibilidade de alterar a sua escolha."
16 de Fevereiro, 2, 16, e 30 de Março, 13 e 27 de Abril,
11 e 25 de Maio, 8, 22 e 29 de Junho de 2005
III CICLO DE MÚSICA E
POESIA PORTUGUESA DO SÉC. XX
HOMENAGEM A SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Segundo o programa "Dado o carácter especial de homenagem de que este ciclo se reveste, entendeu a Fundação dar a possibilidade a outras pessoas, para além dos leitores que colaborarão regularmente nas sessões, de a ela se associarem lendo um poema em voz alta. Bastará para isso que nos informe atempadamente, por carta ou e-mail (cristinasousa@ip.pt), do poema que escolheu e que compareça na respectiva sessão. Caso a escolha recaia num poema que esteja “tomado”, será informado do facto e terá a possibilidade de alterar a sua escolha."
Faltam 11 dias
Santana Lopes, com ar displicente, no lugar de “Homem de Estado” chama os jornalistas e dá explicações acerca das questões eleitorais. Acrescenta um passeio com os filhos pelos jardins de S. Bento. Explica porque não faz campanha fazendo-a na residência oficial do primeiro-ministro. À sombra e à conta do Estado. Assim vamos cantando e rindo. Só o tempo resolve a cegeira que o bom senso não é capaz resolver.Faltam 11 dias.
A Hora das Grandes Decisões
A notícia não é inocente. Se for verdade o xadrez eleitoral fica mais claro: PS com maioria absoluta nas legislativas, quer dizer que Sócrates “elimina” Santana, “inibe” Guterres e “impulsiona” Cavaco.
A partir de Janeiro de 2006 à maioria absoluta do PS (8 ano de governo, no cenário mais favorável) corresponderia a presidência de Cavaco (10 anos no cenário mais provável).
É a possibilidade da concretização de um cenário com a obtenção do máximo denominador comum de estabilidade política e autoridade democrática.
Caso o PS não alcance a maioria absoluta nas legislativas tudo será diferente. A ver vamos!
A partir de Janeiro de 2006 à maioria absoluta do PS (8 ano de governo, no cenário mais favorável) corresponderia a presidência de Cavaco (10 anos no cenário mais provável).
É a possibilidade da concretização de um cenário com a obtenção do máximo denominador comum de estabilidade política e autoridade democrática.
Caso o PS não alcance a maioria absoluta nas legislativas tudo será diferente. A ver vamos!
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