O contacto com a realidade do processo de modernização da administração pública provoca-me uma sensação dolorosa. No meio de tanta gente dedicada, outros tantos afadigam-se a falar mal de tudo e de todos.
Quanto mais e melhor se apresenta a obra mais se aguça o apetite destruidor dos circunstantes. É uma espécie de canto do cisne de uma época que já acabou. O problema é que muitos ainda a vivem como se não tivesse já morrido.
Para esses as mudanças que se avizinham vão ser uma surpresa desagradável. O mais dramático é que o modo de fazer a reforma da administração pública pode levar a prejudicar gente competente e honesta que não merece a humilhação de ser forçada a renunciar a uma vida de trabalho dedicada ao bem público.