quinta-feira, janeiro 27

COMBATER A EXTREMA DIREITA

Algumas notas finais acerca das eleições na fase derradeira da campanha eleitoral: um ponto tenho por adquirido, desde a juventude: não ser complacente, nem por ingenuidade, nem por interesse, com a extrema direita. Não como entidade politica abstrata que concorre a eleições democráticas, pois a tolerância (e a lei que lhe corresponde) é própria da natureza da democracia. Mas combater por todos os meios que a democracia coloca ao nosso dispor, desde logo com o voto livre, a intolerância, seja sob que forma for que é o cerne dos programas, e das práticas politicas, dos partidos populistas de extrema direita. A história está carregada de exemplos terríveis dos resultados nefastos da fraqueza dos democratas em enfrentar e combater as derivas radicais, em particular, de extrema direita populista e quantas vezes protofascista.
"Segundo António Costa, para o PS, o muro que o "separa da extrema-direita, não começa à porta do Conselho de Ministros". "O muro começa nos valores fundamentais no qual assenta a dignidade humana. Já vimos bem que nos Açores não foi preciso que a extrema-direita estivesse sentada no Governo Regional para condicionar a política do PSD. Não queremos que na República aconteça aquilo que acontece nos Açores. E, tal como não há almoços grátis, também não há viabilizações grátis de Governo", acrescentou." (Dos jornais)

terça-feira, janeiro 25

BRINCANDO COM COISAS SÉRIAS

"O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, adiantou hoje algumas das propostas que quer realizar "quando for ministro da Defesa" e reclamou que o seu partido "sempre defendeu" os ex-combatentes, sendo "o original" e não a cópia." (Dos jornais).

AS PALAVRAS

Tenho observado com frequência a pouca atenção que as pessoas dão às palavras. Explico-me. Um homem simples (com simples não quero dizer parvo, e sim não-eminente) tem uma opinião, critica uma instituição ou crença geral; sabendo que a maioria das pessoas não pensa assim, cala-se, na suposição de que não vale a pena falar, pois o que pudesse dizer não mudaria coisa alguma. Trata-se de um erro grave. Eu ajo de outro modo. Por exemplo, sou contra a pena de morte. Sempre que me aparece uma oportunidade, manifesto-me a respeito, não porque ache que, com isso, o Estado a vá abolir, mas porque estou convencido de que assim contribuo para o triunfo das minhas ideias. Pouco me importa que ninguém concorde comigo. O que eu disse não foi em pura perda. Talvez alguém repita minhas palavras e elas cheguem a ouvidos que as ouçam e as perfilhem. Quem sabe se futuramente algum daqueles que ora discordam de mim não se vai lembrar, numa ocasião propícia, daquilo que eu disse e convencer-se ou pelo menos sentir abalada sua opinião em contrário. - O mesmo vale para diversas outras questões sociais, das que exigem acção. Reconheço que sou tímido e não sei agir. Por isso limito-me a falar. Não acho, porém, que minhas palavras sejam em vão. Outro agirá, mas essas palavras – de mim, o tímido, - terão facilitado a acção e limpado o terreno. KAVAFIS, K. Reflexões sobre Poesia e Ética. SP: Ática, 1998

segunda-feira, janeiro 24

O ABSTENCIONISTA

Faltam 8 dias para o voto nas eleições legislativas. Ao contrário do voto nos partidos nos quais não voto, nem nunca votei, o pior é o não voto, ou seja, a ausência voluntária nas urnas. Após quase meio século de ditadura, com um ou outro simulacro de eleições sempre falsificadas, o abstencionista é um cobarde cujo desinteresse esconde uma vontade do quanto pior melhor, no tempo que é o nosso, um facilitador da tirania, ou seja, da supressão da liberdade.

ELEIÇÕES - OS DEFEITOS DO PS

Os defeitos do PS, e do seu governo, são criticáveis mas, até ao presente, são suplantados pelo facto de as suas políticas enfrentarem com coragem e determinação, simplesmente, os desafios do que, no presente, “tem que ser feito”. E, quer queiramos quer não, já não é nada pouco.

domingo, janeiro 23

JÁ SE VOTA ...

Hoje vai haver o voto em mobilidade algo que apesar de todas as criticas ao imobilismo do sistema eleitoral é um grande progresso. O Dr. RR ironizou quando o Dr. AC anunciou que iria votar em mobilidade por se encontrar em campanha eleitoral no Porto. Se for possível legalmente fazer sondagens à boca das urnas hoje teremos então um verdadeiro e mais aproximado retrato das intenções de voto nestas eleições. A esta hora já muita gente votou ...

sexta-feira, janeiro 21

CHILE

Nós por cá andamos em campanha eleitoral e covid, sondagens e arruadas, proclamações e dichotes, o normal numa campanha eleitoral normal em legislativas anómalas. Se, entre nós, a direita ganhar estas legislativas será porque a esquerda as perdeu e ficaremos nas antípodas politicas do Chile.
"O Presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, nomeou hoje um Governo com uma maioria de mulheres, um facto sem precedentes no continente americano." (Da imprensa)

quarta-feira, janeiro 19

EUGÉNIO DE ANDRADE NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO - um texto escrito aquando da sua morte

Tenho lá em casa um livro recente com uma dedicatória que lhe pediu a Manuela. Muitas vezes lhe pego, folheio e releio. Sei do peso das palavras mesmo quando as palavras na sua voz se tornam leves. Aprendi a fúria dos silêncios e a doçura das ausências. A amar quem nos ama e a fingir que se esquece quem nunca se esquece. Li há pouco os poemas que dedicou aos amigos mortos. Nunca desesperados, como que pacientes ralhetes, tão belos, sem rancores nem invejas. Eugénio de Andrade morreu. É a lei da vida. Vejo o mar desta janela. Toldado por nuvens ameaçadoras de chuva. O que me apetece dizer quando morrem em catadupa as velhas glórias do passado de todas as lutas mesmo que delas não partilhemos o sentido é o silêncio. Mas Eugénio de Andrade libertou as palavras das grilhetas que as prendiam, deixou que elas dissessem tudo o que entendessem, disse-nos, pacientemente, que as palavras não se querem aprisionadas pelo silêncio. Que viva!

domingo, janeiro 16

VOTO ANTECIPADO

Quando li hoje de manhã que Costa se tinha inscrito para o "voto em mobiliddae", ou seja, votar no próximo domingo (23), fora de Lisboa e uma semana antes da data formal do escrutíneo, como está previsto na lei, logo pensei com os meus botões que iria suscitar surpresa e perplexidade nos seus adversários. Foi o que aconteceu. Quando tanto se discute acerca dos anocronismos do nosso sistema eleitoral (que os há!) logo se tenta redicularizar um avanço desse mesmo sistema. Pois é simples de explicar e já foi adotado em eleições anteriores: quem quiser pode inscrever-se por estes dias para votar no próximo domingo (23/1) mesmo fora do local da sua mesa de voto habitual, sendo que o voto antecipado, mesmo depositado noutra mesa qualquer, será contado na sua. Uma vantagem e um passo importante para modernizar o sistema eleitoral que deverá ir ainda mais longe, para o que existem muitas ideias e propostas válidas. Eis uma boa oportunidade para divulgar esta modalidade e estimular que se adotem outras que tornem mais amigável a relação entre os cidadãos e os seus deveres de cidadania.

MARIA CASARES

Terminei a leitura de um livro acerca da María Casares intitulado "La Única - María Casares", que me foi oferecido pelo filho Manuel no passado Natal. É um relato comovente da figura, vida e obra de uma refugiada da Guerra Civil espanhola, filha do último 1º ministro do governo repúblicano deposto pelo golpe de Franco, que partiu para Paris, com a mãe, logo em 1936, com a idade de 14 anos. Havia de tornar-se no ambiente terrivel de guerras, exílios e os mais hediondos crimes, numa atriz de mérito reconhecido que a grande custo aprendeu a lingua francesa de forma a ser aceite pelo público e critica. Viveu com Albert Camus uma paixão amorosa ardente e tumultuosa que durou desasseis anos até à morte trágica de Camus (janeiro 1960). Foi para mim um prazer esta leitura pela virtude da escrita e por me ter permitido fazer uma viagem a um outro lado da biografia de Camus em cuja vida e obra María Casares, falecida em novembro de 1996, tem uma influência marcante e que, no essencial, eu próprio desconhecia com tal detalhe.
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sábado, janeiro 15

EU VOTO PS

Amanhã vai ter inicio, ofialmente, a campanha eleitoral que levará ao voto nas eleições legislativas (antecipadas) de 30 de janeiro. Eu voto PS.
O meu voto, nesse domingo, não vai falhar como nunca falhou. Não vai mudar como nunca mudou. Até 1979 votei MES e, a partir desse ano, sempre votei no PS. Aliás em 1979 o MES, antes ainda da sua original imolação político/festiva, aconselhou, expressamente, o voto no PS ou na APU. O meu voto, desde esse apelo, nunca sofreu qualquer desvio em eleições legislativas. Alguns dos meus amigos alinharam nas “aventuras” de Pintassilgo ou de Zenha, do PRD ou UEDS, mas eu sempre votei no PS. É um voto pela liberdade e pela justiça. Não só alimentado pelas utopias que sempre estiveram presentes nos nossos sonhos por uma vida e um mundo melhores, mas também em defesa da concretização possível desses sonhos. É uma opção tomada em consciência, formada através de muitas experiências, que deram para compreender que os valores supremos a defender pelo voto são a justiça, a democracia e a liberdade. E o partido que melhor assegura a defesa desses valores, no nosso tempo, é o PS.

quinta-feira, janeiro 13

OS BRANDOS COSTUMES

Em Lisboa, nos arrabaldes de Belém, o Duque de Aveiro e alguns membros da família dos Távoras foram publicamente executados, em 13 de Janeiro de 1759, por estarem implicados no atentado contra o rei D. José. A sentença foi aplicada de uma forma tão brutal e selvagem que foi muito criticada pela opinião pública internacional. Na gravura vê-se o patíbulo com os condenados a serem sentenciados e os seus carrascos; magistrados com as suas varas encarnadas e tropas de infantaria, com os seus tradicionais uniformes brancos com granadeiros de gorro de pele à direita da bandeira regimental, assim como de tropas de artilharia com os seus uniformes azuis. A legenda da gravura enumera os condenados. (In Portal da História)

quarta-feira, janeiro 12

COSTA NÃO É MEDINA

O jogo das sondagens e uma questão pertinente. Um vencedor folgado nas sondagens pode desmobilizar o seu elitorado natural. No caso o PS ao surgir mais folgado nestas últimas sondagens poderia provocar o chamado "efeito Moedas". Da minha aobservação julgo que nestas eleições a situação se apresenta com substancal diferença: Costa não é Medina, é mais presente, enérgico e profissional e estas não são eleições autárquicas, mas legislativas. É o governo que está em jogo e a maior parte do eleitorado do PS não vai deixar de votar pelo efeito do excesso de confiança, pois não quer a direita no governo. O efeito "fadida do poder" não me parece suficiente para virar o jogo. Lembro-me das legislativas de 1991 - seis anos após Cavaco ter assumido o Governo - e ainda com recursos para investir, apesar da fadiga, ter ganho com maioria absoluta contra Sampaio. Veremos. "Em resposta ao PÚBLICO, o director-geral da Intercampus assinala o aumento do número de indecisos e explica como a liderança de um candidato nas sondagens pode causar a desmobilização do seu eleitorado pela ideia de que a vitória está garantida. O exemplo mais recente é a surpreendente derrota de Fernando Medina na corrida autárquica de Lisboa."

AS NOTÍCIAS SÃO POUCO ANIMADORAS

As notícias que nos chegam do mundo são muito desanimadoras. As potências vigiam-se mutuamente e ensaiam manobram de intimidação na disputa dos espaços vitais a todos os níveis. Fica-se com a sensação de estarem em curso manobras de pré guerra sem que o comum dos mortais seja capaz de escapar a um cada vez mais forte sentimento de insegurança. Não me refiro a situações em concreto pois estou certo que, por detrás das que são noticiadas, avulta uma realidade desconhecida das opiniões públicas. As ameaças à paz são sempre acompanhadas pela degradação das democracias e pela limitação das liberdades. O movimento em curso pode não desembocar numa guerra convencional pois não sabemos como se desenhará a guerra do futuro. Ou se não estará já em curso, no presente, a guerra do futuro. As notícias que nos chegam do mundo são muito desanimadoras.(publicado faz muito tempo mas sempre actual.)

terça-feira, janeiro 11

PESSOAL, PRECISA-SE

Os alemães colocam o dedo na ferida qual seja a falta de pessoal. Todos aqueles que lidam com o investimento que está a ser contratualizado, em geral e também no âmbito dos fundos comunitários, sabem que não há mão de obra suficiente em diversas áreas. A imigração desde muito tempo atrás foi apontada como uma das soluções necessárias para encarar a solução deste problema. A campanha eleitoral deveria servir para debater o tema a sério. “Temos 300 mil vagas de emprego abertas e esperamos que ultrapassem um milhão”, declarou Habeck, co-líder dos Verdes, numa conferência de imprensa. “Se não colmatarmos essa lacuna, teremos verdadeiros problemas de produtividade.” “Naturalmente, [isto significa] que temos de ter uma melhor combinação de qualificações, formação e que haja possibilidades para famílias e empregos, mas na Alemanha teremos de ter certamente mais imigração, e em todas as áreas, para engenheiros, artesãos, cuidadores. Temos de organizar isto”, disse Habeck, que é também vice-chanceler na nova coligação governamental alemã liderada pelo social-democrata Olaf Scholz. (In "Público").

domingo, janeiro 9

AO VOTO EM DEFESA DA LIBERDADE E DEMOCRACIA

Estamos, em Portugal, na presença de mais um combate político travado em democracia. Esta frase parece uma banalidade mas é saudável recordar que em Portugal, durante 48 anos, vigorou uma ditadura. Não vale a pena dourar a pílula, com fraseados mais ou menos adocicados, acerca do regime politico que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974 - uma ditadura. Nesse período, correspondente a mais do que uma geração de portugueses - o meu pai só conheceu a cor da liberdade aos 63 anos de idade - efectuaram-se simulacros de eleições. Somente após o 25 de abril de 1974 se realizaram eleições livres e democráticas, com o pleno vencimento do sufrágio universal, que mesmo na 1ª República havia sido limitado, por exemplo, no caso do voto das mulheres. Nunca poderei dizer que não me interessa o vencedor das eleições de 30 de janeiro próximo (com voto em mobilidade já a 23 de janeiro) e, muito menos, pôr em dúvida o exercício de voto pois sempre votei em todas as eleições realizadas depois do 25 de abril (e mesmo em alguns simulacros de eleições realizadas antes.). Sempre, desde a adolescência, fui atraído pelos ideais do socialismo partilhando todas (ou quase todas) as suas derivas, ou tendências, que, em cada época, ganham novos contornos e protagonistas. Votarei em fidelidade aos meus ideais de sempre. Mas o voto, em liberdade e democracia, só faz sentido, para mim, no respeito sagrado pelo sentido do voto de todos e de cada um.

sábado, janeiro 8

O MEU PAI DIMAS

Passam amanhã trinta anos sobre a morte do meu pai Dimas (Franco Neto Graça). Em sua homenagem republico a descrição breve de um episódio marcante na minha vida retido pela memória.
Por aqueles dias da primavera de 1958 o meu pai perdeu o medo. Pegou-me pela mão e levou-me a ver a passagem por Faro de Humberto Delgado. Estávamos em plena campanha presidencial. Pela primeira vez, desde o imediato pós guerra, o poder de Salazar tremia. Delgado era destemido, até à beira da loucura, segundo os seus detractores. A sua candidatura forçou à desistência de Arlindo Vicente, candidato apoiado pelo Partido Comunista. Humberto Delgado fez-se ao caminho e arrastou multidões até às urnas. Eu também lá estive pela mão do meu pai. Seguimos de Faro para Olhão onde a recepção foi apoteótica. Nunca hei-de esquecer a mão quente de meu pai apertando a minha. Eu não sabia ainda o significado da palavra fascismo. Mais tarde Humberto Delgado foi assassinado pelos esbirros da PIDE. Os assassinos morreram na cama. É revoltante. Tenho medo de sentir esta sensação de revolta perante a tolerância da democracia. Mas a tolerância, afinal, nunca é excessiva. Aprendi isso com o meu pai. Era um comerciante honrado. Morreu no dia 9 de Janeiro de 1992.

sexta-feira, janeiro 7

Sidney Poitier

RIP.
Morreu Sidney Poitier, “Martin Luther King dos filmes” e primeiro ator negro a receber um Óscar. (In "Expresso").

quarta-feira, janeiro 5

PCP

Não vi o frente a frente Costa/Jerónimo mas cá em casa todos ficaram com pena do Jerónimo. O PCP é nada menos que o Partido politico mais antigo com atividades permanente em Portugal. Com experiência que baste, sem igual, mas tomou uma decisão incompreensível: não viabilizar o orçamento de estado para 2022, abrindo a porta a eleições antecipadas. É elementar. Não sei o que se passou na reunião do CC que tomou essa decisão mas deixou Jerónimo sem argumentos nem energia para defender de forma coerente essa decisão. As coisas são como são, e o PCP nunca mais será como o temos conhecido em democracia. Resta saber como se distribuem os votos dos desiludidos do PCP... que serão muitos.

terça-feira, janeiro 4

A OBRA DE CAMUS (síntese) NO ANIVERSÁRIO DE SUA MORTE - 4 JANEIRO 1960

Camus publicou em vida dezanove obras, de 1937 a 1959, entre as quais se destacam os romances (“L’Étranger” em 1942, “La Peste” em 1947), as novelas (“La Chute” em 1956, “L’Exil et le Royaume” em 1957) as peças de teatro (“Caligula” e “Le Malentendu" em 1944, “L’État de siège" em 1948, “Les Justes” em 1950), e os ensaios (“L’Envers et l’Endroit" em 1937, “Noces” em 1939, “Le Mythe de Sisyphe” em 1942, “Les lettres à un ami allemand” em 1945, “L´Homme révolté” em 1951 e”LÊté” em 1954). É necessário ainda juntar três recolhas de ensaios políticos (“Les Actuelles”), “Les deux Discours de Suède” (pronunciados aquando da atribuição do Nobel) e a contribuição para a obra de Arthur Koestler intitulada “Réflexions sur la peine capitale”. Outras obras foram editadas após a sua morte entre as quais se contam o “diário” dos seus pensamentos e leituras, assim como notas de trabalho, publicado sob o título “Carnets”; o diploma de estudos superiores de 1936: “Métaphysique chrétienne et néoplatonisme”, publicado pela “La Pléiade”; o romance inédito, “La Morte heureuse”, cuja redacção data de 1937; o manuscrito inacabado, encontrado na pasta de Camus depois do acidente de viação que o vitimou:“Le Premier Homme”, esboço do que viria a tornar-se o seu grande romance quasi autobiográfico e ainda a sua correspondência com o amigo Jean Grenier.