sábado, abril 25

25 DE ABRIL

Não vi, nem ouvi, nada da cerimónia evocativa do 35º aniversário do 25 de Abril na Assembleia da República. Não se trata de esquecimento, nem de falta de tempo, muito menos de falta de respeito pela instituição parlamentar, mas porque me aborrece, desde há muito tempo, a dita cerimónia. Celebro o 25 de Abril à minha maneira, com acções que cabem na esfera da prática activa da cidadania, cujos detalhes não me apetece revelar. Acabo de ler o discurso que o Presidente da República proferiu, como sempre, a propósito da efeméride na casa mãe da democracia representativa. Devo ser uma das primeiras pessoas que ouviu a personalidade que exerce, hoje, as funções de Presidente da República falar em público. Devo ser uma das primeiras pessoas que, muito antes de Cavaco Silva exercer funções políticas, o contestou frontalmente. Mas o seu discurso de hoje é uma magnífica peça no exercício da função presidencial. Tiro-lhe o chapéu. O discurso, na íntegra, aqui e aqui.
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1 comentário:

gourmet de esquerda disse...

Cavaco foi, mais uma vez, banal.
Apelou ao voto (quem não o faz?) e que se deviam discutir coisas importantes para o país (quem discorda?); mas disse mais e isso é que foi importante: deve procurar-se a solução política para o país através do modelo dos partidos "estruturantes" do sistema (leia-se PS e PSD). Oi seja, o famigerado "Bloco Central".
Dos 35 anos de democracia, 33 foram governados por estes dois partidos. Estamos na cauda da Europa. Ainda querem mais?
Cavaco já percebeu que Sócrates vai perder a maioria e, nessa altura, o PS terá de governar em minoria ou aliar-se. E o que quer Cavaco: um governo presidencial PS-PSD. Os tais partidos "estruturantes" do sistema português. Chamar a isto um bom discurso é não perceber nada do que se está a passar...