O discurso de João Cravinho sobre a corrupção não é intelectualmente equilibrado nem didacticamente eficaz. Vive da confusão dos conceitos, da generalização dos propósitos e da dramatização da crise. Falar de corrupção, ou de qualquer outro crime, nestes termos, é trazer à colação os fantasmas de todas as inquisições.
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2 comentários:
Quando os discursos são incómodos para o "establishment", as virgens ofendidas culpam o mensageiro. Um clássico.
A verdade é que Cravinho diz o que toda a gente sabe, mas que "socialistas" cobardes não assumem: o estado português está refém de dois partidos e das corporações que sustentam e os sustentam: as máfias maçónicas, o mundo da finança e as construtoras civis que pagam as campanhas partidárias. É este triunvirato que regula a coisa pública em Portugal e os partidos do poder são os principais causadores desta miséria moral a que chegámos. A coisa é já tão evidente que até o Jorge - quem se mete com o PS leva - Coelho veio dizer em entrevista no CM que era preciso um homem forte para pôr ordem nas coisas. O Sócrates que se cuide, pois os "homens de Macau" estão a fazer-lhe a folha...
A lucidez faz sempre falta,em qualquer época e em qualquer momento, tendo em conta o contexto(neste momento, estamos com grandes dificuldades internacionais,pelas ruas da amargura).
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