Vivemos no interior de uma espécie de grande intervalo entre um passado/presente, marcado pelo mais longo período de paz na Europa, e um futuro pleno de incógnitas. Podemos-nos acomodar, cada um à sua maneira, na espera paciência que surjam soluções que tudo mudem menos o que não interessa a cada um de nós que mude. Mas as grandes mudanças, uma das quais parece crescer debaixo de nossos pés, não se compadecem com o recato das omissões. Uma das escolhas centrais que cada um de nós será chamado a fazer, como sempre acontece, é entre a liberdade e a tirania. E mais do que uma questão filosófica, que se pode e deve debater, a questão da liberdade é uma questão da prática quotidiana. Multiplicam-se os sinais de alarme que ecoam das notícias e se sucedem a cada passo das nossas vidas. Cada um, e todos, cuidemos antes de mais de não deixar passar em silêncio, e sem denúncia, mesmo nos mais pequenos círculos de amigos, todos os sinais que prenunciem limitações à liberdade. E tantos são eles!
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