Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, abril 18
Sem Título - 25 de abril - 40 anos, 70
Fotografia de Hélder Gonçalves
Uma infância perfurada por zeppelins.
Hoje, de comando na mão, zappas.
És o canhoto de um anjo – melancolia
que te sufoca o amor e as veias,
uma a uma, esvaziadas de Deus.
Mas a que outra luz pode o coração
aceder se o lugar não foi capinado,
se a treva amarinha no imo líquido
das gavinhas sem tu a teres capinado –
e os anjos e os rinos quase extintos?
Vinte unhas: o escuro mate da morte.
António Cabrita
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