Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, março 13
OS PRIMEIROS DIAS DO PRESIDENTE
Passaram pouco dias após a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa e muita gente abre a boca de espanto pela sua projeção mediática. O que espanta é o espanto daqueles que não haviam entendido ainda que o atual PR é uma personalidade que, no plano politico, deve a sua notoriedade aos media. Pois quantos grandes juristas, catedráticos ou não, dispõem de alta competência na sua profissão? Muitos. Mas quantos destes são conhecidos, e reconhecidos, pela opinião pública? Poucos. Nada de espantar esta postura do PR que entendo como um sinal de abertura tendo em vista contribuir para a recuperação da autoestima dos portugueses. Gostei da ida a pé para a tomada de posse com ressonâncias de atitude à maneira da 1ª República. Gostei da abertura das portas do Palácio de Belém ao povo, da sua visita ao Porto e das suas afirmações na senda da aproximação do poder à rua sem tiradas demagógicas e populistas. Não chegou ainda a hora da tomada de decisões com importância politica a que o PR será sujeito desde logo o OE após ser aprovado pela AR. Mas ninguém acredita que Marcelo Rebelo de Sousa se comporte como elemento desestabilizador do nosso sistema politico-constitucional. A personalidade do PR em funções terá seus pontos fracos, sabemos que sim (não vem agora ao caso dissecá-los), mas permite encarar com normalidade o estabelecimento de uma relação de confiança entre os portugueses e o PR, que havia sofrido forte deterioração nos últimos anos. Nada mau como balanço dos primeiros dias. De resto, a ver vamos.
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