Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
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sexta-feira, novembro 25
segunda-feira, fevereiro 15
Whatever Works
Fui ao cinema num dia frio em boa companhia. Não é banal, nos dias de hoje, ir ao cinema. Ir ao cinema é um reencontro com a magia daqueles que são capazes de inventar um olhar sobre eles próprios, os outros e o mundo. Mesmo quando só mediano Woody Allen é um criador que cumpre com a missão do criador verdadeiro: educar divertindo. Por isso sou um fiel admirador do seu cinema.
quinta-feira, maio 28
Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde é um dos filmes da minha vida. Um dia, devia ser de tarde, resolvemos ir ao cinema. Lembro-me que um dos cinéfilos era o Félix Ribeiro, que ficou à minha frente no balcão de um dos cinemas da baixa quando na baixa havia cinemas. É provável que essa ida ao cinema, ao contrário do que sempre pensei, tivesse sido orientada previamente pelo facto do Félix Ribeiro ser filho do Director da Cinemateca. (A Cinemateca, ao contrário de todas as evidências, suscitadas pela morte do Bénard da Costa não começou com o Bénard da Costa!). Enquanto o filme corria fui sendo tomada pela sensação de que estava a apreciar uma obra-prima - a narrativa da epopeia de uma fuga real à polícia com um final trágico. Nunca mais me desembaracei dessa sensação … e acho que o sentimento correspondia à razão. Hoje volto a ter notícias acerca desses momentos de felicidade enquanto cinéfilo.
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