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quarta-feira, janeiro 13

HAITI

Haiti. No meio da enorme tragédia do Haiti a vitória da internet, e das redes sociais, sobre os media tradicionais. Quase todas as notícias são divulgadas em primeira mão através da internet. Um cenário de guerra no qual as vítimas fazem a reportagem da sua própria tragédia. Sem mais ninguém a explorá-la.


domingo, janeiro 10

Mrs. Robinson














Os conservadores, a moral e os bons costumes: o caso paradigmático de Mrs. Robinson, esposa de Peter Robinson, primeiro ministro da Irlanda do Norte.
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Uma grande lição:

A Srª Iris Robinson, tal como o seu marido, Peter Robinson, primeiro-ministro da Irlanda, pertence ao Partido Democrático Unionista, que é religioso e se confunde com a confissão deles, a igreja presbiteriana fundamentalista. O que ela lê nos livros sagrados, considera-o de forma teocrática, isto é, vale como lei terrena. É bom para ter convicções fortes. Por exemplo, fala-se de homossexuais e a Srª Robinson saca do Levítico, um dos livros da Bíblia, capítulo 18: "Não se deite o homem com um homem como se fosse uma mulher. É uma abominação." Em 2007, foi assim que ela respondeu à BBC. Se o Levítico falou, está falado - é antigo, foi escrito há mais de 3 mil anos, e isso há de dar-lhe alguma autoridade. Até à semana passada, ninguém perguntou à Srª Robinson sobre adultério. No capítulo 20, o Levítico diz: os adúlteros devem ser condenados à morte. Eu tenho para mim, que sou um cínico, que a Srª Robinson é uma cágada. Mesmo perguntada sobre o adultério, ela citaria o Levítico. É que ela leu-lhe os 27 capítulos e nenhum refere explicitamente o que a poderia desmascarar: ser pecado dormir com o homem do talho e o filho do homem do talho. A Srª Robinson, além das convicções fortes, só aceita as que lhe convém. É bem comum a Srª Robinson.

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quinta-feira, janeiro 7

UNIDOSE



Nenhuma farmácia hospitalar ou de oficina em Portugal aderiu à venda de medicamentos em unidose, seis meses após a entrada em vigor da lei, disse à Lusa a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Os mistérios dos negócios da saúde! A indústria se puder vender 20 nunca aceitará vender 1. Sugestão: que cada um faça uma inspecção ao stock de medicamentos, fora do prazo de validade, que lá tem em casa. A chamada unidose, tão reclamada, não interessa senão aos consumidores finais. Quem os defende? Em última instância o estado! Ninguém reclama que se discuta a unidose no parlamento?
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sexta-feira, dezembro 18

UMA LEI JUSTA



Nos meus tempos de juventude, vividos na cidade de Faro, havia um só homossexual assumido e conhecido de toda a gente. Era uma luta desigual. Lembro-me que sentia um misto de pena e admiração por ele. Afrontava todas as humilhações sem virar a cara. Se for vivo, por estes dias, sentir-se-á, certamente, vingado. Não tenhamos medo das leis que contribuem para eliminar todo e qualquer tipo de opróbrio:

1. Proposta de Lei que permite a realização do casamento civil entres pessoas do mesmo sexo

Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia da República, em cumprimento do Programa do Governo, visa remover as barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, colocando fim a uma velha discriminação e constituindo mais um passo na consagração de uma sociedade mais tolerante e mais justa, com mais igualdade para todos.

Esta iniciativa legislativa inscreve-se num movimento legislativo mais amplo que, desde há algum tempo, vem promovendo uma sistemática reavaliação do nosso ordenamento jurídico, no sentido de combater as situações de discriminação dos homossexuais. Desse movimento sublinha-se a proibição de qualquer discriminação em razão da orientação sexual, introduzida na revisão constitucional de 2004, como corolário do princípio da igualdade.

Passos idênticos têm vindo a ser dados em vários outros países – com destaque para a nossa vizinha Espanha, a Holanda, a Bélgica, a Suécia, a Noruega, a África do Sul e o Canadá, para além de alguns Estados dos Estados Unidos da América. Todas essas experiências, naturalmente ainda recentes, confirmam que esta proposta legislativa em nada contribui para diminuir o valor social da família e, pelo contrário, ao eliminar uma restrição discriminatória, tem o sentido de valorizar e promover o acesso ao casamento civil e à constituição da família, na sua diversidade.

Assim, esta Proposta de Lei elimina das disposições relevantes do Código Civil as referências que supõem tratar o casamento necessariamente como contrato entre pessoas de sexo diferente, exercício que implica modificar a redacção dos Artigos 1577.º, 1591.º e 1690.º, bem como eliminar a alínea e) do Artigo 1628.º do referido Código.

Neste contexto, este diploma diz apenas respeito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e não à adopção, que é questão bem distinta. Assim, esta Proposta de Lei afasta, clara e explicitamente, a possibilidade das alterações agora introduzidas no regime do acesso ao casamento se repercutirem em matéria de adopção.

segunda-feira, julho 20

TRANSPLANTES


Somos um povo que se relaciona mal com o progresso, maledicente, desconfiado com o lado positivo da vida, capaz de esconder os benefícios para expor os malefícios. Ora vejam só que somos dos países mais avançados nos transplantes do rim e do fígado, mas ainda estamos atrasados no transplante do pulmão. Queriam portanto, no nosso tão mal amado sistema de saúde, que fossemos os primeiros em todo o tipo de transplantes? Mas depois havemos de falar mal do sistema remuneratório dos médicos especialistas? Há poucos? São competentes? Ao nível dos melhores do mundo? É política para rasgar? Ou para avançar?
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domingo, julho 19

Caritas in Veritate


Acabei, finalmente, a leitura da Carta Encíclica CARITAS IN VERITATE do Papa Bento XVI. Para aqueles que me conhecem mais de perto não é novidade o meu interesse pela doutrina social da Igreja que em nada obnubila a minha discordância, mesmo radical, a respeito de muitas das suas posições.

No caso deste Encíclica impressionou-me, no essencial, o que me parece ser uma genuína, forte e fecunda preocupação do Papa com as questões do “Desenvolvimento humano no nosso tempo” [título de um dos capítulos].

Aqui deixo algumas citações colhidas tão-somente com o objectivo de chamar a atenção para a oportunidade da leitura atenta desta Encíclica, em particular, pelo “povo de esquerda”, seus ideólogos e dirigentes políticos:

Afirma-se, por exemplo, no ponto 25: “Queria recordar a todos, sobretudo aos governantes que estão empenhados em dar um perfil renovado aos sistemas económicos e sociais do mundo, que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa, na sua integridade: `com efeito, o homem é o protagonista, o centro e o fim de toda a vida económico-social´.

E mais adiante, no ponto 32: “O aumento sistemático das desigualdades entre grupos socais no interior de um mesmo país e entre as populações dos diversos países, ou seja, o aumento maciço da pobreza em sentido relativo, tende não só a minar a coesão social – e, por este caminho, põe em risco a democracia -, mas tem também um impacto negativo no plano económico com a progressiva corrosão do “capital social”, isto é, daquele conjunto de relações de confiança, de credibilidade, de respeito das regras, indispensáveis em qualquer convivência civil.”

E, no ponto 36: “A actividade económica não pode resolver todos os problemas sociais através da simples extensão da lógica mercantil. Esta há-de ter como finalidade a prossecução do bem comum, do qual se deve ocupar também e sobretudo a comunidade política. Por isso, tenha-se presente que é causa de graves desequilíbrios separar o agir económico – ao qual competiria apenas produzir riqueza – do agir político, cuja função seria buscar a justiça através da redistribuição”.

E ainda, no ponto 38, abordando um tema que me tem ocupado nos últimos tempos, nos planos pessoal e profissional: “Assim, temos necessidade de um mercado, no qual possam operar, livremente e em condições de igual oportunidade, empresas que prossigam fins institucionais diversos. Ao lado da empresa privada orientada para o lucro e dos vários tipos de empresa pública, devem poder-se radicar e exprimir as organizações produtivas que perseguem fins mutualistas e sociais. Do seu recíproco confronto no mercado, pode-se esperar uma espécie de hibridização dos comportamentos de empresa, consequentemente, uma atenção sensível à civilização da economia.”
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sexta-feira, julho 17

GRIPE A

DOSSIER SOBRE GRIPE A (clique em cada link para aceder aos conteúdos)

Formas de contágio

Os principais locais de contágio

Em Portugal ou no estrangeiro, deve ficar atento a sintomas gripais. A febre é um dos mais fortes indicadores de perigo - uma vulgar constipação não surge associada a temperaturas altas. Em caso de dúvida, ligue para as linhas de emergência da gripe A, solicitando apoio para os passos que deve dar. Pode também optar por uma quarentena voluntária, de 24 ou 48 horas, aguardando o evoluir dos sintomas e tomando as devidas precauções para não contagiar outros elementos da família.
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quarta-feira, julho 8

A CAMINHO DO FIM ...


Será possível que o egoísmo dos velhos e novos “senhores do mundo”, emergentes e não emergentes, reunidos no chamado g8, sacrifiquem o futuro de todos em nome de um modelo de desenvolvimento que sabem, e reconhecem, ter entrado em falência… em benefício de quem?
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quarta-feira, junho 24

A ROUBAR?


Eu sei que os tempos estão mais para as manchetes do género secretário de Sócrates, ou adjunto de Sócrates, uma verdadeira manipulação pois, na verdade, se trata de um Secretário de Estado mas talvez seja tempo de denúncias públicas como esta de Berardo despertarem o interesse de quem de direito. Se quando Vital Moreira, em campanha política eleitoral, falou em roubalheira no BPN caiu o Carmo e a Trindade, quando Berardo, accionista de peso de um banco, afirma que o dito banco “continua a roubar e posso provar” não acontece nada? Com respeito às suspeitas que, justa ou injustamente, continuem a recair, como é o caso, sobre entidades do sistema financeiro é bom que o governo, o BP e a justiça não assobiem para o lado pois o que está em causa é a própria credibilidade das instituições democráticas.
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segunda-feira, junho 22

PROJECTAR (II)


Sou dos que acham que nunca é demais actualizar e aperfeiçoar os estudos e os projectos, questionar a pertinência e oportunidade dos grandes investimentos, manifestar-se contra ou a favor, debater, dialogar, estar atento, avaliar, questionar e por aí fora … Apesar de a verdadeira política ir além das obras aceito que os grandes investimentos públicos sejam um tema fracturante na sociedade portuguesa. Afinal o tema dos grandes investimentos públicos é, há séculos, em Portugal, um tema fracturante. Mas será vantajoso para o PS, e para a esquerda, assumir a defesa dos grandes investimentos públicos. Não tanto por razões de conjuntura (a crise) mas por razões estratégicas (a Europa). Não tanto por razões de táctica política (o curto prazo) mas por razões de estratégia de desenvolvimento do país (o médio e longo prazo). E por razões de cuidar da independência de Portugal … um tema dos antigos e fora de moda. É saudável para a esquerda assumir os desafios da modernidade que, no caso das infra-estruturas de transportes, envolvem a assumpção, no essencial, do destino europeu de Portugal mantendo a sua capacidade de participar, de parte inteira, na construção da Europa. A deriva anti-obreira, assumida pela direita, pode até fazer vencimento, no curto prazo, e abrir espaço para mais encomendas de estudos e projectos. Mas é um objectivo meramente eleitoralista pois a direita, que se revê no PSD, também se revê nos grandes investimentos públicos. Logo não pode, com autenticidade, estar contra a sua concretização. É muito útil tomar nota do que se tem dito acerca do assunto, de quem tem dito o quê, e no fim do ano de 2009, passado o período eleitoral, fazer um balanço. Aposto que as obras públicas, em particular, as mais excitantes, (TGV, Aeroporto …), - mais estudo, menos estudo, mais mês, menos mês, vão todas avançar.

À laia de resposta a alguns comentários com todo o respeito e consideração pelos pequenos, médios e grandes estudiosos e projectistas, que fazem pela vida … Viva a liberdade de expressão do pensamento: Em entrevista ao Diário Económico, Augusto Mateus, signatário do manifesto de 27 economistas que pedem a reavaliação das grandes obras públicas, define como prioridade o aeroporto, mas pede mais estudos.
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sexta-feira, junho 19

PROJECTAR


Eu sei, tenho a certeza, que alguns destes ilustres economistas já ganharam grosso dinheiro com estudos, projectos e pareceres acerca das chamadas grandes obras públicas cuja oportunidade questionam. Caso vença a tese anti-obreira alguém lhes baterá à porta com novas encomendas para que as voltem a estudar, projectar e interpretar, de preferência, as mesmíssimas grandes obras públicas. É um lobby como outro qualquer!
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terça-feira, junho 9

CALOR ABAFADO ...


Esta notícia é extraordinária. Assim como esta ideia do governo legítimo da Nação passar a governo de gestão. Eu dava-lhes a resposta mas não me apetece, nem posso … Hoje fui a Santarém e havia polícias por todo o lado … E lá vamos numa de sapataria …
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