Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
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sábado, fevereiro 9
sábado, abril 30
segunda-feira, abril 4
terça-feira, maio 25
SINAIS DE GUERRA
Werner Bischof - SOUTH KOREA. Kaesong. South Korean soldiers. Located just below the 38th parallel, in 1951 Kaesong was chosen as the sight of the first truce talks between Northern and Southern Korea, and in 1953 it was incorporated into North Korea. Between 1950 and 1953 the Democratic People's Republic of Korea (North Korea) fought against the Republic of Korea (South Korea). The United Nations, with the United States as the principal participant, joined the war on the side of the South Koreans, and the People's Republic of China came to North Korea's aid. The armistice divided Korea into a Northern and a Southern part, along the 38th parallel. 1952.
terça-feira, maio 18
AINDA O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
Justine Reyes
In Da Literatura
Os sectores mais conservadores da direita (e de alguma esquerda) andaram anos a dizer que o casamento entre pessoas do mesmo sexo provocaria alarme social, fazendo desmoronar a família tradicional. (...)
Se houvesse alarme, a sociedade tradicional tinha-se mobilizado. Ora nem a Igreja, que se limitou a cumprir os mínimos, nem os partidos da direita, desobrigados de acção directa para lá da retórica parlamentar, fizeram mais do que salvar as aparências. Em Fevereiro, a marcha da indignação deu a medida do desinteresse do país real.
Dentro de dias, quando for publicada a Lei ontem promulgada pelo Presidente da República, Portugal tornar-se-á o oitavo país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Para já, os outros sete são a África do Sul, a Bélgica, o Canadá, a Espanha, a Holanda, a Noruega e a Suécia (cinco monarquias!). Além destes, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal em seis estados americanos: Connecticut, District of Columbia (Washington), Iowa, Massachusetts, New Hampshire e Vermont. E também na tribo Coquille da Nação Navajo. E ainda na cidade do México e no estado de Coahuila. Israel, por exemplo, não casa mas reconhece os casamentos efectuados noutros países. Estamos a falar de casamento. (...)
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quinta-feira, abril 22
SILÊNCIOS
Fighting Fish Studio
Dois silêncios. O silêncio bom, o silêncio mau. O silêncio do consenso é diferente do silêncio da revolta? Pode a casa da democracia tornar o silêncio em suspeita? Quantos silêncios ressoam nas palavras da casa da democracia? E quantos dos eleitos fazem do silêncio a sua profissão na casa da palavra? Como valorizar a palavra desvalorizando o silêncio? Como salvar a democracia condenando os homens à palavra? A última fronteira da liberdade é o silêncio.
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terça-feira, abril 13
vou ali ver o benfica sporting e volto já ...
Larry Louie
Leio por aí umas notícias, das poucas notícias que leio, e apetece-me exclamar: não me lixem! Não sei o que diga, acredito, respeito … É que até podem ser verdadeiras, mas serão autênticas? E o tempo delas? Vou ali ver o Benfica -Sporting e volto já. Uma verdade autêntica avaliável em tempo real!
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quinta-feira, abril 8
Acórdão aprova diploma do casamento homossexual
Darryl Baird
Este acórdão é mais importante do que, à primeira vista, parece. Ele representa a derrota de uma concepção hipócrita da vida em sociedade. Uma derrota daqueles que preferem fingir que não vêem a realidade. Uma vitória dos que defendem uma sociedade aberta à diferença. Uma vitória da democracia e da liberdade. Como muito bem diz o acórdão do TC o casamento é “um conceito aberto, …” onde não cabe a intolerância dos pregadores das virtudes públicas.
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segunda-feira, março 15
quarta-feira, março 10
TEMPOS DIFÍCEIS
Em Portugal a direita política, fraca de ideologia, não aceita que lhe disputem a influência nos negócios que a esquerda da esquerda abomina. Mas, afinal, o que são os negócios senão a tão discutida economia. Há-os, em todo o tempo e lugar, limpos e sujos, servidos por gente honesta e por crápulas, nos sectores privado, público e social. No tempo da sociedade da informação a liberdade está na ponta dos nossos dedos mais do que pensam alguns energúmenos cujo maior prazer é vigiar os passos dos amantes da liberdade.
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domingo, março 7
AS SETE MARAVILHAS NATURAIS DE PORTUGAL
Parque Natural da Ria Formosa
É difícil escolher, entre vinte e uma, as sete maravilhas naturais de Portugal. A escolha, está bem de ver, é difícil. A minha escolha, absolutamente subjectiva, está estampada na fotografia. Nasci e vivi a minha infância com a beleza da Ria Formosa entrando-me pelos olhos e enchendo-me os sentidos. Votação aqui.
segunda-feira, março 1
A FÚRIA DO VENTO
David H. Gibson
Sábado passado na hora do vendaval maior fui à janela chamado pela fúria do vento. Vi um homem seco aventurar-se a pé ao passeio de sábado. De repente caiu a uma rajada mais forte. O boné foi levado pelo vento. Não havia ninguém em volta. Saí porta fora em seu auxílio. Quando cheguei perto dele já lá estavam três pessoas. Foi levado ao colo para a farmácia ali a dois passos. Não conseguia andar. Sentou-se e amaldiçoou a sua sorte. A dor na perna era o menos. O que temia era a reprimenda da filha que o não queria deixar sair a pé. O Sr. António tem 98 anos e no próximo dia 25 de Abril fará 99. Soube da sua boca, sentado e sem perder a lucidez nem o espírito de humor. Quem havia de dizer! O pessoal da farmácia chamou o 112. A filha apareceu de seguida e logo o genro. Procurei o boné mas não o encontrei. O pessoal do 112 não tardou. Foi atencioso e resolveu que era melhor levar o Sr. António ao hospital de Santa Maria. Acomodado na maca seguiu acompanhado. No dia seguinte, para surpresa minha, deparei-me com um boné depositado à saída de casa. Era o boné do Sr. António. Se tudo tiver corrido bem no hospital fiz prova que a solidariedade existe e se recomenda.
sábado, fevereiro 27
terça-feira, fevereiro 23
A TRAGÉDIA NÃO SE ESCONDE
Perante a tragédia que põe a nu as fragilidades do modelo de desenvolvimento da Madeira, tema quase proibido, emerge o Portugal solidário. Suspendem-se as hostilidades políticas que encheram horas nos noticiários dos últimos tempos. A Madeira terá todo o apoio de que necessitar, apoio político e recursos materiais e financeiros, nacionais e comunitários, necessários a uma rápida reparação dos efeitos da tragédia. O continente não regateia meios no apoio à Madeira e os “cubanos” choram a morte dos seus irmãos madeirenses. Mas na Madeira o líder do governo – sem escândalo dos aprendizes/defensores da liberdade de imprensa – apela à contenção da comunicação social, subliminarmente auto censura, esquecendo que as notícias para a média das democracias liberais dependem tão só da importância dos acontecimentos.
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domingo, fevereiro 21
O DESASTRE DA MADEIRA
O desastre natural na Madeira aplacou as fúrias políticas. Estamos todos de acordo em sair em socorro de uma parcela do país que sofre. O debate acerca do orçamento da Madeira foi levado na enxurrada. Ironia triste: logo após o carnaval o discurso da tragédia sobrepõe-se ao discurso da comédia. O dircurso da solidariedade sobrepõe-se ao discurso do confronto.
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sexta-feira, fevereiro 19
Ao ponto a que isto chegou ...
PLÁGIO DIZEM ELES - UMA DENÚNCIA QUE PODE VALER MUITO DINHEIRO MAS AO MENOS A MATÉRIA EM CAUSA FOI PUBLICADA PELOS PRÓPRIOS.
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terça-feira, fevereiro 16
O que os meus olhos viram
Rita Bernstein
Eu vi os partidos extremos da esquerda e da direita obrigarem um governo em apuros a reduzir a receita e aumentar a despesa. A direita tem tendência a reduzir a receita e a esquerda tende a aumentar a despesa. Mas ver os dois extremos coligados para defender ambas as coisas, era coisa nunca vista.
Eu vi o Dr. Jardim propor uma coligação dos partidos extremos da direita e esquerda. O Dr. Jardim costuma dizer coisas espantosas. Mas pensar num governo composto por Paulo Portas, Ferreira Leite, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, é ainda mais espantoso.
Eu vi Felícia Cabrita fazer um “most” jornalístico com a divulgação de processos judiciais sigilosos, tal como fizera nos casos Freeport e Casa Pia. Eu sei como ela consegue obter os segredos mais bem guardados. Mas ver o País pendurado das iniciativas desta mulher, é coisa arrepiante.
Eu vi dois magistrados da província, depois de cuscarem conversas entre jovens negociadores, convencerem-se de que existia um plano para destruir o Estado de Direito. Os jovens apenas falavam de nos livrar da fúria justiceira de Manuela Moura Guedes e seu marido. Achar que o casal Moniz é o Estado de Direito, deve ser anedota.
Eu vi a comunicação social dizer que não existe liberdade de expressão em Portugal, enquanto usava a liberdade de atacar o poder de forma nunca vista. Eu lembro-me do tempo em que não existia liberdade de expressão. Dizer que ela não existe agora, soa-me deveras estranho.
sexta-feira, fevereiro 12
BOM SENSO E EQUILIBRIO
Fotografia daqui
Acho que a consequência imediata desta campanha para descredibilizar o PM na sequência de outras (ainda se lembram do caso Freeport?) e de outras, que antecederam estas (lembram-se de Ferro Rodrigues – o secretário geral do PS que antecedeu Sócrates?), se destinam a aveludar o caminho por onde a direita espera fazer entrar triunfalmente um “salvador da pátria”. Mas a coisa, desta vez, começa a assemelhar-se ao ensaio geral de uma operação de demolição do próprio regime democrático. Neste caso não há brigadas vermelhas com raptos físicos de primeiros-ministros, à maneira italiana, nem golpes de mão (armada) ao parlamento, com atentados bombistas, à maneira espanhola, mas um sequestro mediático das mais altas figuras do estado incluindo as que ocupam o topo das instituições da justiça. Além da aliança dos extremos, que não constitui especial novidade pois já em França, em tempos, o eleitorado comunista desertou do seu campo em apoio da extrema-direita de Le Pen, há uma faceta nova da campanha doméstica em curso: atar num só molho todas as mais altas figuras do estado democrático, desfazer a imagem de probidade de todas e de cada uma, fazendo-as surgir aos olhos da opinião pública como fracas, titubeantes e coniventes com negócios obscuros sugerindo o seu mútuo encobrimento. Uma coisa é certa que deve ser do conhecimento dos homens de estado: quando a justiça se acobarda, ou se mostra inútil, credibiliza as derivas totalitárias. Os extremos sentem-se estimulados e os democratas de todas as tendências políticas desmoralizam e descrêem na ordem em que acreditam. É preciso que os cidadãos de boa vontade encontrem caminhos para fazer sentir a necessidade, e urgência, de que todos os responsáveis públicos, não só os políticos, façam um esforço extra de bom senso e equilibrio no exercício de todas as suas responsabilidades e funções - - e também aqui.
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quinta-feira, janeiro 21
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