terça-feira, junho 15

MUNDIAL(XII)


MUNDIAL (XI)



The goalkeeper is a man apart. He stands alone. "All that I know most surely about morality and obligations," wrote Albert Camus, "I owe to football." Camus was a goalkeeper himself and knew a thing or two about the existential anguish that is the goalie's lot in life and football. As the last line of defense, the goalkeeper is also first in the firing line when blame and retribution are meted out.
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domingo, junho 13

MUNDIAL (X)


British GQ.       A imagem de um futebolista que corre muito, tornada imagem de um modelo que corre mundo. Com Figo já havia sido assim, mas numa fase tardia da sua carreira. Com esta imagem, que corre mundo, ganha o próprio, que não é amador de coisa nenhuma, mas ganha também o país de que é natural. Um fenómeno que exaspera o provincianismo e a inveja nacionais. Em frente Ronaldo! Quantas mais e melhores imagens tuas forem produzidas, e expostas, nos mais prestigiados meios, mais ganhamos todos. Espero que o teu contributo para os jogos da selecção faça justiça à tua imagem na qual todo o mundo verá a imagem de Portugal.   
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ENTRANDO NO ASSUNTO ...


quinta-feira, junho 10

MUNDIAL (VIII)


CRESPO POR CRESPO ...


Jane Alden Stevens

Há pouco vi, e ouvi, na SIC Notícias Mário Crespo, no papel de jornalista, dar uma notícia acerca de si próprio acerca de um processo em que se envolveu enquanto jornalista. Revolvo a memória e não me ocorre ter presenciado nada de semelhante. Crespo foi, de forma descarada, juiz em causa própria em directo e ao vivo. A isto chama-se o quê?

quarta-feira, junho 9

PORTUGAL, AFINAL ... SEGURO!


Fotografia antiga de Faro – Sede das comemorações do dia de Portugal

Jornalistas de um dos países mais pacíficos do mundo (13º), que dá pelo nome de Portugal, foram assaltados na África do Sul. Parem, pensem, e não se queixem!
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segunda-feira, junho 7

DOIS ANOS ATRÁS

                                                        
                                      Justine Reyes

A Europa e o mundo vivem sob o espectro de uma crise financeira, energética e alimentar. Três choques, em simultâneo, que põem em risco o equilíbrio em que assenta o mundo do pós guerra. Os chamados países emergentes, com a China à cabeça, estão no centro da crise. Esses países passaram de sociedades miseráveis a sociedades de consumo. A China é como uma fogueira gigante que consome crescentes recursos que afluem de todo o mundo e, ao mesmo tempo, alimenta outras fogueiras que, de igual modo, consomem mais do que a humanidade é capaz de produzir. Entramos numa nova fase da vida das nações que exigirá mudanças profundas também nas estruturas das instituições internacionais. A questão: como gerir essas mudanças sem guerra?

[7/5/2008]
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sábado, junho 5

quarta-feira, junho 2

MANUEL ALEGRE - HOJE


Não há vida sem diálogo. Mas o diálogo foi, hoje, na maior parte do mundo, substituído pela polémica. O século XX é o século da polémica e do insulto. Eles ocupam, entre as nações e os indivíduos, e mesmo ao nível das disciplinas outrora desinteressadas, o lugar que tradicionalmente cabia ao diálogo reflectido. Dia e noite, milhares de vozes, empenhadas, cada uma por seu lado, num tumultuoso monólogo, lançam sobre os povos uma torrente de palavras mistificadoras, de ataques, de defesas, de exaltações. Mas qual é o mecanismo da polémica? Consiste em considerar o adversário como inimigo, por conseguinte a simplificá-lo e a recusar vê-lo. Aquele que insulto, já não sei de que cor são os seus olhos, ou se acaso sorri, e como o faz. Tornados quase cegos por obra e graça da polémica, já não vivemos entre os homens, mas num mundo de sombras. (…)

Albert Camus – alocução feita na sala Pleyel em Novembro de 1948, in Actualidades - Contexto
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terça-feira, junho 1

MUNDIAL IV



Camarões fritos por um Portugal melhorzinho.
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FERREIRA GULLAR

Imagem daqui

Como vai longe o dia, Maninho,
em que a gente podia ser comum

Entre ervas burras, folhas molhadas de mamona
e salsa
a gente podia ser
simplesmente
nossas mãos nossos pés nossos cabelos
e o que queimava dentro
no escuro

Como vai longe o tempo como as águas
batendo na amurada
alegremente
como os peixes
vivendo no seu músculo
o mistério do mundo

Ferreira Gullar [Toda poesia /Dentro da noite veloz]

[Outros poemas de Ferreira Gullar.]
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segunda-feira, maio 31

FERREIRA GULLAR - Prémio Camões


O poeta e dramaturgo brasileiro Ferreira Gullar, nascido em 1930, venceu o Prémio Camões 2010, anunciou hoje a ministra da Cultura Gabriela Canavilhas em Lisboa acompanhada pelos membros do júri.

Um dia li, de um fôlego, “Toda a Poesia” de Ferreira Gullar e escrevi em cima das páginas impressas com a sua magnífica poesia uma série de 25 modestos poemas. Só assim acontece quando por detrás da leitura vive o gozo dela por ser voluptuosa a relação com a poesia mais do que com a técnica perfeita dela. No caso de Gullar é tudo mais do que perfeito mesmo quando se não entende, em suas linhas, perfeição alguma. É um ir mais além. Um nada que se subentende. Uma voz que se eleva por cima do pensamento.

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