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domingo, julho 1

MUNDIAL

No futebol, enquanto jogo, não há vencedores anunciados. Batota à parte, no final dos jogos a eliminar, é inevitável existir um vencedor e um vencido. Mesmo os mais fortes,vencedores nas previsões, pelo histórico e pala fé, por vezes, perdem. Os apreciadores saboreiam o jogo jogado e aceitam o resultado. Ponto.

sábado, junho 9

O FUTEBOL

Após um longo intervalo volto aqui para assinalar que estamos nas vésperas do Mundial de Futebol que vai ocupar o espaço mediático durante um longo período de tempo tanto mais longo quanto Portugal chegar mais longe. Claro que, em conjunto com os acontecimentos no seio da "família leonina", vai ocorrer uma espécie de apagão noticioso. Assim vamos cantando e rindo ...

quinta-feira, maio 17

OPERAÇÃO "MÃOS LIMPAS"?

Paradoxalmente parece que uma operação "mãos limpas" no futebol português pode começar pelo Sporting. Tantas suspeitas que ao longo dos anos se acumularam visando os outros ditos grandes do futebol português, para não falar nos médios e pequenos das quais mal se fala. Espero que seja mesmo para levar a sério e a fundo e não uma mera cenografia. O desporto em geral e o futebol, em particular, precisam de retomar o caminho da verdade e da dignidade desportiva.

sábado, abril 1

BOLA

Falando um pouco de bola, de futebol,uma paixão antiga. Após o fim de um jogo de futebol dito como decisivo que não vi porque não sou assinante, nem serei, da Benfica TV. Não dou para esse peditório por razões diversas entre eles o de não ter qualquer apreço, antes pelo contrário, pelos dirigentes que dirigem tal canal. O que mais me espanta no futebol profissional português é a natureza, comportamento e cultura, dos seus dirigentes. É provável que seja assim em muitos outros países mas tal não mingua o desgosto pelo baixo nível dos que por cá acedem aos lugres dirigentes do futebol. Como é natural todas as estruturas dirigentes, em sentido ascendente, sofrem dos mesmos males. Incluindo as claques autorizadas, e consentidas, que deveriam, em minha opinião, ser proibidas por lei pois fomentam a violência e estimulam sentimentos contrários aos que estão inscritos na matriz do nosso regime fundado nos princípios e valores da paz e da concórdia.

segunda-feira, julho 11

Europeu. Ponto final.

O euro da bola acabou com um resultado surpresa para quase todos. Portugal ganhou o europeu de futebol como resultado de um investimento estratégico que vem sendo feito desde há muitos anos. É um processo de especialização com muitos ingredientes que contribui para a projeção externa do país. Quem não gosta de futebol tem dificuldades em entender o fenómeno nas suas diversas facetas. Há muita literatura acerca do tema. Não sei se os recursos financeiros aplicados no futebol têm todos origem legitima. Desconfio que não. Não sei se a competição se rege pelos princípios da transparência. Tenho dúvidas. Mas no setor financeiro, por exemplo, quais têm sido os princípios adotados e os resultados? Os países e os povos precisam de vitórias e de heróis. Precisam de sonhar que, como disse Ronaldo, é grátis. Toda a vida, desde criança, tenho vivido a paixão do futebol. Faz parte da minha vida, do meu imaginário, encanta-me pela beleza do jogo, enquanto jogo, e dos jogadores enquanto protagonistas da incerteza do resultado de cada lance. Cada coisa em seu lugar, sabendo que existe o futebol profissional e o popular, mas sei que é das atividades socialmente mais relevantes para combater as misérias deste mundo.

segunda-feira, maio 23

Festejos futebolisticos

Nos últimos dias têm sido só festas futebolísticas, por entre as sombras de um processo de investigação a viciação de resultados, com receções oficiais e manifestações populares de norte a sul. Quem vence festeja e, como os céticos costumam dizer, o povo esquece as carências e as mágoas. Quem perde aspira à "vingança" na próxima oportunidade. O mais curioso das festas deste ano é a associação presidencial - dos clubes e da república - ao júbilo dos vencedores, em regra, sem uma palavra para os vencidos. Como se também nesta disputa, o fluxo futebolístico não fosse sempre composto por duas partes que se complementam: vencedores e derrotados. Por detrás de todos os contendores, que se digladiam pelos campos de futebol desse pais, existem paixões e imaginários que nem por se tratar de um jogo são menos importantes do que a luta pela dignidade no trabalho, pela defesa da liberdade e pela exaltação da cidadania. Nada contra as festas mas como se escreveu naquela ardósia da gelataria de Almoçageme, de uma familiar de um italiano fugido à ditadura fascista de Mussolini, Paz Respeito Liberdade.

domingo, maio 31

SPORTING

O futebol não é uma escola de virtudes mas como tal deveria fazer-nos pensar da razão de suscitar tantas, e tão fortes, paixões. Como nenhuma atividade do homem é uma escola de virtudes como nos demonstra a experiência vivida mais do que as públicas notícias. Não que não haja virtudes na atividade do homem e não hajam homens virtuosos nos percursos das suas vidas. Mas é pequena a margem pura da virtude e querer viver só nela, e por ela, é quase reduzirmos a nossa vida a sucessivos desencontros e, por fim, a nos retirarmos dela. Vem esta prosa a propósito do comezinho feito do Sporting, hoje, ter ganho a Taça como antes o próprio, e outros, terem ganho troféus e campeonatos por entre a sorte, o saber e a luta dos seus heróis, em jogos limpos e, quem sabe, sujos, que oferecem à multidão apaixonada momentos de alegria sublime e libertadora. O futebol, com seus meandros obscuros, ganha no jogo, e suas vissitudes, uma claridade singular que, apesar de todos os seus males,alumia o mundo.

domingo, setembro 19

REAL MADRID, HOJE



O Real Madrid transformou-se numa referência para os portugueses que gostam de futebol. Pelo jogo em si mesmo, pelo fulgor mediático dos protagonistas, um português no comando (qual político que joga o seu jogo!), jogadores conhecidos, reconhecidos, "íntimos" dos portugueses, a que acresce a intensidade do futebol jogado em Espanha (sempre foi assim!) e uma presença constante de (muito) público entusiasta. Numa época em que as notícias se transformaram num espectáculo de divertimento, mais do que num exercício de cidadania, mais vale aderir às modalidades do espectáculo que se assumem, em plenitude, como espectáculo verdadeiro.   
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domingo, julho 11

MUNDIAL (finito)
























Para colocar um ponto final no Mundial de Futebol: já perceberam a verdadeira razão da eliminação de Portugal? A selecção de Espanha sagrou-se campeã do mundo vencendo todos os jogos, a eliminar, por 1-0. Portugal foi uma das selecções que perdeu com a Espanha tal como a Alemanha e a Holanda. No meio de tudo vejo uma notícia que me alegra: Uruguay's Diego Forlan has been named the best player of the 2010 World Cup, taking home the Golden Ball in the process.
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domingo, junho 27

MUNDIAL (XIX)



É curioso como, na chamada fase de grupos, a actuação dos árbitros auxiliares, fiscais de linha, ou como lhe quisermos chamar, foi de uma eficácia fora do comum. Mas, hoje, quando entraram em campo  candidatos ao título, Alemanha e Argentina, tudo se alterou: dois erros grosseiros, um em cada jogo, em favor dos mais candidatos dos candidatos. Cuidado para o Portugal-Espanha. Aposto que vão chover amarelos para o nosso lado e o mais que se verá!
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sexta-feira, junho 25

MUNDIAL (XVIII)





Foi a 19 de Julho 1966, em Liverpool, no Goodison Park, que Portugal afastou o Brasil do Campeonato do Mundo. Os “magriços” ganharam por 3-1 com golos de Simões (15′) e Eusébio (27′ e 85′). Pelo Brasil marcou Rildo (70′).
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domingo, junho 20

MUNDIAL (XIV) - Portugal versus Coreia do Norte



Na véspera do jogo com a Coreia do Norte lembro-me de ter visto pela TV, a preto e branco, o jogo do Mundial de 1966 que amanhã se repete. Um jogo raro. Por todas as razões. A Coreia do Norte era, e ainda é, um país que vive isolado do mundo. O isolamento próprio das ditaduras. Eu sei que as ditaduras têm, entre nós, admiradores mas nem por isso deixam de ser abomináveis. Tão abomináveis como os seus admiradores.

Nesse ano longínquo de 1966, o Mundial de futebol decorreu na Inglaterra e Portugal dispunha de uma grande equipa. O jogo com a Coreia do Norte era considerado fácil e julgo que se disputou em Manchester. Aí pelos 23 minutos da primeira parte já estávamos a perder por 3-0. O público rejubilava de admiração e espanto. Era impensável o que se estava a passar. Lembro-me que fiquei gelado na sala da sociedade onde havia televisão que em casa de meus pais ainda não.

Mas Eusébio resolveu transformar a tragédia em glória. Eusébio corria como uma gazela e lutava como um leão. Nesse jogo marcou 4 dos 5 golos de Portugal. Não esqueço aquela sua característica de ir sempre buscar a bola ao fundo da baliza do adversário e de a levar à mão para o centro do campo. Nem esqueço a sua gentileza para com os adversários cuja cabeça acariciava quando lhe parecia tê-los magoado.

Nunca vi ninguém como Eusébio. O jogador, o homem e o desportista. Que mais não seja em sua homenagem os jogadores da selecção de Portugal deviam, amanhã, vencer e convencer. Com todo o respeito pelos jogadores norte coreanos que nada têm a ver com a ditadura que impera no seu país como em 1966 Eusébio, e os jogadores portugueses, nada tinham a ver com a ditadura salazarista.
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quarta-feira, junho 16

MUNDIAL (XIII)

O empate com a Costa do Marfim pode não ter sido um resultado assim tão mau. As contas fazem-se no fim. Afinal a Espanha acaba de perder com a Suiça. Aqui deixo um comentário respigado do El País:

Dos frases de despedida: "La desdicha, como la piedad, puede convertirse en un hábito" (La Fontaine). Para los optimistas: "Siempre deja la ventura una puerta abierta en las desdichas para remediarlas" (La Bruyère). Un saudo. Me voy a fumar. No por nervios, por hábito.
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