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Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quinta-feira, abril 3
quarta-feira, abril 2
La sociedad virtual
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É interessante como Fidel Castro responde com a “Carta ao VII Congresso da UNEAC” a manifestações de liberdade de expressão do pensamento, postas a circular pela internet, como o post La sociedad virtual . Fidel fala de um novo mundo que ele sabe que já não se compadece com o regime político cubano e o modelo de sociedade que ele próprio criou. O progresso das comunicações, e a tímida abertura à sua utilização generalizada em Cuba, traz consigo a morte política do regime. [A notícia divulgada em Portugal].
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VERDADES QUE PARECEM MENTIRAS
Por entre o ruído das mentiras do 1º de Abril passou despercebida uma notícia importante que, no entanto, até pouco tempo atrás, para meu espanto, só o Correio da Manhã deu à estampa:
ainda se lembram da posição dos polacos face ao Tratado de Lisboa?
ainda se lembram da posição dos polacos face ao Tratado de Lisboa?
terça-feira, abril 1
segunda-feira, março 31
O DESTINO MARCA A HORA NO PSD
Pacheco Pereira, discordâncias político-ideológicas à parte, pega o touro pelos cornos. Toda a gente sabe que o que ele pensa tem toda a acuidade política. Mais difícil é dizê-lo. Não se trata de uma questão doméstica do género zanga entre comadres. Toda a gente sabe que a liderança actual do PSD não é credível nem levada a sério por ninguém nem, porventura, por alguns dos próprios protagonistas da dita. Resta saber se alguém se “chega à frente”, se não é demasiada tarde, se há golpe de asa para gerar uma expectativa positiva, ou seja, capacidade para afirmar uma alternativa política credível à maioria socialista. Estou certo que seria vantajoso para todos, governo socialista incluído, que fosse possível o surgimento dessa alternativa. Receio que Pacheco Pereira seja visto como um franco-atirador desesperado. Mas mesmo que seja esse o caso, honra lhe seja feita!
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Todos felizes
hyeyoung kim
Correia de Campos, como sempre, claro e incisivo, acerca da descida do IVA.
O país mereceu bem este pequeno prémio. Se a economia melhorar lá fora, sobretudo se ganharmos competitividade, investirmos um pouco mais, controlarmos o consumo, cortarmos no desperdício e olharmos menos para o umbigo, os próximos prémios virão naturalmente. O que não podemos fazer agora será perder a agenda, ou trocá-la pela dos outros. A baixa do magro ponto percentual tem que ser escrutinada até ao âmago, para controlar infecções oportunísticas; a gestão da coisa pública tem que se lembrar que foram sacrificados 500 milhões de euros de receita; os investidores têm que sair mais das covas, sem o guarda-chuva do estado; o cidadão lamuriento e manhoso tem que saber usar a argúcia e a energia do queixume para ajudar mais o colectivo; os media têm que iniciar um pequeno ciclo de recuperação da auto-estima e em certos casos mesmo, da objectividade e independência perdidas.
Correia de Campos, como sempre, claro e incisivo, acerca da descida do IVA.
O país mereceu bem este pequeno prémio. Se a economia melhorar lá fora, sobretudo se ganharmos competitividade, investirmos um pouco mais, controlarmos o consumo, cortarmos no desperdício e olharmos menos para o umbigo, os próximos prémios virão naturalmente. O que não podemos fazer agora será perder a agenda, ou trocá-la pela dos outros. A baixa do magro ponto percentual tem que ser escrutinada até ao âmago, para controlar infecções oportunísticas; a gestão da coisa pública tem que se lembrar que foram sacrificados 500 milhões de euros de receita; os investidores têm que sair mais das covas, sem o guarda-chuva do estado; o cidadão lamuriento e manhoso tem que saber usar a argúcia e a energia do queixume para ajudar mais o colectivo; os media têm que iniciar um pequeno ciclo de recuperação da auto-estima e em certos casos mesmo, da objectividade e independência perdidas.
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Dirão alguns que, a ano e meio de distância, estou a incutir nos portugueses a indispensável renovação do mandato do actual governo. Claro que sim. Mas digam-me qual a melhor alternativa? Para retomar o jargão económico, o custo de oportunidade de mudar de orientação política, dada a fragilidade do tecido, só conduziria a rasgões maiores, exigindo remendos mais caros e de eficácia e beleza não garantidas.
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JAIME ALBERTO GAMA JARDIM
Estive um par de horas afastado das notícias que emergem das centrais de comunicação de todos os centros de interesse. Em boa verdade, para ser sincero, não dou grande importância à maior parte das notícias. Sei que alimentam uma indústria e servem interesses particulares, nascem e morrem, a maior parte delas, sem deixar rasto. Mesmo colocando-me na posição dos políticos e dos gestores no activo, que gerem recursos e expectativas relevantes, compreendo cada vez melhor aquela frase célebre de Cavaco que, um dia, quando exercia o papel de primeiro-ministro, disse que não lia jornais e de outra vez – ou na mesma – desapareceu de cena fazendo notícia o facto de ter dito que se havia retirado para o “pulo do lobo”. O mundo seria muito melhor com menos notícias e menos opinião publicada, seja por via oficial, oficiosa ou comentada. Vem este arrazoado a propósito da discursata de Jaime Gama - a segunda figura do estado! – colocando Alberto João Jardim no pedestal de um insigne homem de estado. Sorrio. Segue-se, em breve, a visita à Madeira da primeira figura do estado. Todos somos livres de dizer o que nos interessa e, no caso de Gama, as suas palavras não foram, certamente, um improviso de momento. Apesar de também não ter gostado do que ouvi as palavras de Gama não se devem incluir no rol das palavras excessivas. O discurso de Gama só pode significar o armistício entre o governo da república e o governo regional da madeira. Deve estar para breve assinatura do tratado de paz. Fica por saber quem paga a conta. Somos nós!
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domingo, março 30
RELÂMPAGO - Nº 21
Comprei ontem, finalmente, a Revista Relâmpago nº 21 dedicada a Jorge de Sena. Já deu para ler alguns trabalhos nela insertos. Este é, sem dúvida, um importante contributo para o conhecimento da figura e da obra de Sena quando se aproxima o 30º aniversário da sua morte. Em breve publicarei os meus sublinhados de leitura no Caderno de Poesia.
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sábado, março 29
MARI LUZ
Fotografia daqui
'ESCÁNDALO JUDICIAL EN EL CASO MARI LUZ'
La Fiscalía destapa graves errores judiciales
'ESCÁNDALO JUDICIAL EN EL CASO MARI LUZ'
La Fiscalía destapa graves errores judiciales
Quase não se fala deste assunto em Portugal. É claro que com os males dos outros podemos nós bem. Mas este caso tem todos os ingredientes para fazer o delírio dos talóides: pedofilia, desaparecimento de criança, subsquente campanha para a sua descoberta, presumível crime de abuso sexual, descoberta do cadáver, funeral, investigação policial fulminante com descoberta do presumível criminoso (à consideração superior!), tentativa de linchamento à porta do tribunal … declaração pública do pai da vítima, antes da audição do presumível criminoso, que devia ser, pela sua dignidade e grandeza, integrada nas disciplinas de educação cívica … cito de cor “não desejo para o criminoso que sofra o que sofri …”
O assunto já era apetecível e pungente mas… eis, senão quando, é descoberto que o presumível criminoso devia estar preso à data do crime, por crimes anteriores, da mesma natureza, cometidos contra a sua própria filha … e a ordem de prisão – na sequência da sentença de condenação - não terá sido cumprida … devido a um conjunto de erros judiciais grosseiros …
Colocando-me na posição do director de um tablóide português, em queda de vendas, e quase todos os órgãos de comunicação são tablóides em queda de vendas, pergunto: o que é que Espanha tem que nos falte a nós? Não é justo!
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A GUERRA DO IRAQUE
José Pacheco Pereira, Público (só para assinantes)
O tema tem sido abordado, vezes sem conta, em todo o mundo. Como provam os acontecimentos dos nossos dias, cinco anos depois do início da “guerra do Iraque”, estamos na presença de uma guerra civil.
Parece da mais elementar lógica, mesmo para os leigos em política internacional, que a guerra iria acabar assim quanto mais se aproximasse o dia da retirada das tropas ocupantes. O Iraque é um troféu cobiçado pela sua riqueza em hidrocarbonetos – vulgo petróleo – escrevo sobre um tema banal: a guerra, o domínio das matérias-primas e das rotas, a subjugação dos povos e as suas revoltas, o papel das religiões e das alianças político-militares mundiais, regionais e locais.
Tenho como certo que Bush e Blair sabiam, mais do que qualquer um de nós, tudo acerca do Iraque e das razões da guerra que iriam declarar. As grandes potências não desencadeiam guerras sem razões estratégicas, estudo dos inimigos, avaliação das forças, impacto nas opiniões públicas, basta conhecer um pouco da história das guerras passadas.
Tinham andado pelo Iraque muitas missões - das Nações Unidas e dos serviços secretos que não dormem – escreveram-se muitos relatórios - conhecidos e por conhecer - e esgrimiram-se muitos argumentos acerca da natureza do regime de Saddam que, aliás, foi uma criação daqueles que o destruiram.
Para mim que sou leigo na matéria, nem simpatizo com quaisquer dos contendores, se me dão licença, só não entendo – nunca entendi – o afã dos Pachecos Pereiras deste mundo em defender a política dos senhores Blair e Bush, em particular, aquela decisão de fazer a guerra do Iraque em detrimento da diplomacia.
A ditadura de Saddam? As ligações deste a Bin Laden? As armas de destruição maciça? Com excepção da ditadura está mais que provado que era tudo mentira. E quanto a ditaduras só não interessam às grandes potências as que se recusam a fazer-lhes o jogo. Vamos a ver quando a China se constipar!
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sexta-feira, março 28
BARÓMETRO
(Clique na imagem para aumentar)
As sondagens valem o que valem mas este barómetro político de Março é bastante curioso. Então não é que o PS recupera?
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quinta-feira, março 27
EDUCAÇÃO:INGLATERRA
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Ler “Sociedade mais permissiva do que a escola” texto ao qual cheguei através de “Devo viver numa realidade paralela”.
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O dia em que Sócrates deu uma lição de humildade
Gaylen Morgan
Como é interessante, e dramático, verificar a desvalorização mediática de acontecimentos importantes submersos por episódios menores explorados até à náusea. Vide o artigo de Manuel Serrão, publicado no JN, via PS Lumiar, [também no Ir ao Fundo e Voltar] a propósito da apresentação pública do Contributo para um Plano Estratégico para a Indústria Têxtil e de Vestuário Portuguesa.
Como nunca fui do PS, nem sequer sou socialista, estou mais à vontade para vos dizer que o discurso do Primeiro-Ministro foi vibrante, justo e de uma humildade que impressionou quem está habituado a vê-lo vendido pela Comunicação Social com uma postura arrogante. Já depois do ministro da Economia ter exemplificado com números e dados concretos o "turn over" das indústrias tradicionais portuguesas, mormente o têxtil, vestuário e o calçado, José Sócrates não teve pejo em afirmar que a principal razão que o tinha levado a Famalicão, era a vontade de agradecer aos industriais presentes a contribuição que o sector tinha dado para o fortalecimento e a recuperação da economia portuguesa em 2007.
Como é interessante, e dramático, verificar a desvalorização mediática de acontecimentos importantes submersos por episódios menores explorados até à náusea. Vide o artigo de Manuel Serrão, publicado no JN, via PS Lumiar, [também no Ir ao Fundo e Voltar] a propósito da apresentação pública do Contributo para um Plano Estratégico para a Indústria Têxtil e de Vestuário Portuguesa.
Como nunca fui do PS, nem sequer sou socialista, estou mais à vontade para vos dizer que o discurso do Primeiro-Ministro foi vibrante, justo e de uma humildade que impressionou quem está habituado a vê-lo vendido pela Comunicação Social com uma postura arrogante. Já depois do ministro da Economia ter exemplificado com números e dados concretos o "turn over" das indústrias tradicionais portuguesas, mormente o têxtil, vestuário e o calçado, José Sócrates não teve pejo em afirmar que a principal razão que o tinha levado a Famalicão, era a vontade de agradecer aos industriais presentes a contribuição que o sector tinha dado para o fortalecimento e a recuperação da economia portuguesa em 2007.
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quarta-feira, março 26
LIBERDADE, LIBERDADE
BOAS NOTÍCIAS NA FRENTE DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Joseph McDonald
Há precisamente um ano atrás escrevi um artigo intitulado “DOIS ANOS DE GOVERNO: SINAIS DE ESPERANÇA” no qual assinalava o reconhecimento, por parte da União Europeia, do sucesso da consolidação orçamental encetada pelo governo socialista:
É bom lembrar que os governos da maioria de direita de José Manuel Barroso/Manuela Ferreira Leite e Santana Lopes/Bagão Félix, ao longo de três (3) anos, deixaram um deficit das contas públicas, em 2005, superior a 6%.
Há precisamente um ano atrás escrevi um artigo intitulado “DOIS ANOS DE GOVERNO: SINAIS DE ESPERANÇA” no qual assinalava o reconhecimento, por parte da União Europeia, do sucesso da consolidação orçamental encetada pelo governo socialista:
É bom lembrar que os governos da maioria de direita de José Manuel Barroso/Manuela Ferreira Leite e Santana Lopes/Bagão Félix, ao longo de três (3) anos, deixaram um deficit das contas públicas, em 2005, superior a 6%.
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Ora a verdade é que um dia destes o Comissário Joaquín Almunia veio a público dar um forte sinal de confiança na política reformista do governo socialista confirmando o sucesso do programa de consolidação orçamental que deverá ultrapassar o objectivo previsto do deficit de 4,6%, em 2006 (que se fixou em 3,9%), abrindo caminho para alcançar os objectivos de 3,7%, em 2007 e inferior a 3%, em 2008.
No dia em que é apresentado o deficit público, referente ao ano 2007, podemos dizer, sem ponta de exagero, que o governo superou largamente as expectativas; em lugar do deficit previsto para 2007 de 3,7%, o resultado, hoje apresentado, foi de 2,6 %; em vez de uma previsão, para 2008, “inferior a 3%”, a previsão apresentada é de 2,2%.
Mais importante do que tudo, no plano da sociedade, da economia e da política, é o facto do governo ter ganho margem de manobra para, por via da política fiscal, combater os previsíveis efeitos da crise financeira internacional na desaceleração do crescimento económico nacional.
Todas as medidas de desagravamento fiscal, que se antevêem no horizonte, pelo menos, a já anunciada descida do IVA de 21 para 20%, apesar da sua moderação, vão ser denegridas e combatidas pelas oposições mas, como está escrito nas estrelas, serão bem acolhidas pelas empresas e pelos cidadãos. Como diria o outro: é a vida!
No dia em que é apresentado o deficit público, referente ao ano 2007, podemos dizer, sem ponta de exagero, que o governo superou largamente as expectativas; em lugar do deficit previsto para 2007 de 3,7%, o resultado, hoje apresentado, foi de 2,6 %; em vez de uma previsão, para 2008, “inferior a 3%”, a previsão apresentada é de 2,2%.
Mais importante do que tudo, no plano da sociedade, da economia e da política, é o facto do governo ter ganho margem de manobra para, por via da política fiscal, combater os previsíveis efeitos da crise financeira internacional na desaceleração do crescimento económico nacional.
Todas as medidas de desagravamento fiscal, que se antevêem no horizonte, pelo menos, a já anunciada descida do IVA de 21 para 20%, apesar da sua moderação, vão ser denegridas e combatidas pelas oposições mas, como está escrito nas estrelas, serão bem acolhidas pelas empresas e pelos cidadãos. Como diria o outro: é a vida!
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