Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quarta-feira, dezembro 30
Notas Políticas (22)
Os candidatos à eleição presidencial serão em número de 7 (número cabalístico)conforme decisão do Tribunal Constitucional.
São poucos em número absoluto e ainda menos os que, sem demérito para as suas qualidades pessoais e legitima aspiração a sujeitar-se ao escrutínio, contam para a elevação do debate politico.
Mas as coisas são como são. O que mais importa é o debate e a afirmação da democracia cujo maior
inimigo é a abstenção. Eu pela minha parte, voto sempre como desde as primeiras eleições democráticas pós 25 abril.
E assim será de novo. Um dos 7 candidatos vai ser eleito Presidente da República mesmo que me não
sinta entusiasmado por qualquer deles.
segunda-feira, dezembro 28
Notas políticas (21)
Surgem por aí muitos cidadãos de boa fé, bem formados e informados, que insistem em classificar Marcelo
Rebelo de Sousa como de direita ou mesmo de direita e extrema direita. Na verdade a sua candidatura
presidencial é apoiada formalmente pelo PSD e CDS/PP, mas Marcelo Rebelo de Sousa é um social democrata.
Nada indicia que tenha abandonado o seu conhecido posicionemante ideológico e político social democrata.
Sejam quais tenham sido ou venham a ser as derivas politico/ideológicas do PSD a candidadtura presidencial
é pessoal podendo ou não ser apoiada por partidos. Até ver é assim qua manda a CRP pelo que os candidatos
valem pelo seu próprio pensamento e ideologia. Individual e indelegável. E um social democrata, por tradição
histórica e obediência ideológica não é, salvo desvios radicais que não antevejo em Portugal, não é de direita e muito menos de extrema direita.
quarta-feira, dezembro 23
Notas Políticas (20)
Começaram as entrevistas aos potenciais candidadatos presidenciais (pois candidato formal ainda não há
nenhum). É o que se chama na gíria a précampanha mas dentro de um mês será a véspera do dia de reflexão.
O tempo é curto. As (os) candidatas (os), na verdade, têm pouco para dizer que entusiasme e cidadão
eleitor que se relacione com a função presidencial. Daqui que muito cidadão habitual eleitor possa
vir a deixar de o ser, ou seja, que se abtstenha. No caso concreto deste eleição o candidata/presidente Marcelo parece
ter tudo a ganhar enquanto outras/os parecem ter tudo a perder. Mas pode acontecer que se não possa adotar
uma linha de pensamento tão linear. Desde logo porque podem acontecer imprevistos neste tempo de tantas incertezas.
E mais ainda do que os acontecimentos inesperados o candidato/presidente Marcelo não pode querer conquistar o céu e a terra.
Não parece que a sua afirmação de que afasta o cenário de crise política em 2021 seja suficiente para
convencer uma boa parte do eleitorado socialista. Pois não haverá em qualquer caso crise politica por razões que
decorrem da Constituição, da crise pandémica e seus efeitos e do calendário eleitoral. Marcelo
candidato não pode atropelar Marcelo presidente e muito menos atacar, mesmo que de forma habilidosa, o
governo em funções. Parte do eleitorado socialista, e democrático, pode legitimamente desconfiar de
Marcelo futuro presidente quando for necessário tomar decisões que impliquem validar futuras soluções de
governo. O resultado final pode vir a ser uma desilusão para o próprio Marcelo pois ganhar à primeira volta
com 52% dos votos- tal como em 2016 - será uma desilusão e enfraquerá o seu magistério futuro. Os sucessivos atos eleitoriais em Portugal provaram que o povo é tudo menos burro.
Daqui a 15 dias a situação será mais clara, mas não gosto de demagogia populista venha de onde vier.
O meu voto irá para o que considere o menos populista das/os candidatas/os pois o voto é secreto e individual.
sábado, dezembro 19
17 anos
Deixar uma marca
Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
nada dever ao esquecimento que esvazia o sentido do perdão olhando o mundo e tomando a medida exacta da nossa pequenez,
atravessar a solidão, esse luxo dos ricos, como dizia Camus, usufruindo da luz que os nossos amantes derramam em nós porque por amor nos iluminam,
observar atentos o direito e o avesso, a luz e a sombra, a dor e a perda, a charrua e a levada de água pura, crer no destino e acreditar no futuro do homem,
louvar a Deus as mãos que nos pegam, e nunca deixam de nos pegar, mesmo depois de sucumbirem injustamente à desdita da sorte ou à lei da vida,
guardar o sangue frio perante o disparar da veia jugular ou da espingarda apontada à fronte do combatente irregular,
incensar o gesto ameno e contemporizador que se busca e surge isento no labirinto da carnificina populista,
ousar a abjecção da tirania, admirar a grandeza da abdicação e desejar a amizade das mulheres,
admirar a vista do mar azul frente à terra atapetada de flores de amendoeira em silêncio e paz.
quarta-feira, dezembro 16
Notas Políticas (19)
Foi divulgada hoje nova sondagem a respeito das presidenciais. Curioso o calendário: Biden toma posse como Presdiente dos USA,
dia 20 janeiro, presidenciais em Portugal, dia 24 janeiro, em plena presidência portuguesa da UE.
Nos USA Biden venceu à justa por assim dizer apesar de ser larga a margem em grandes eleitores: a
vantagem para o mundo foi a de ter compreendido melhor o modelo aleitoral americano. A mais recente
recente sondagem por cá anuncia uma vitória folgada para Marcelo. Nada que não se esperasse apesar
dos números finais,como é tradição,apertarem a margem da vitória expetável de Marcelo. Podemos fingir, ou desejar.
outros cenários mas esta é a realidade incontornável.
segunda-feira, dezembro 7
Notas Políticas (18)
Recandidatura anunciada. Aconteceu o que era expectável que acontecesse. Para começar foi uma breve e muito clara declaração. Cada um(a) aos seus lugares. Com debates a dois, ao longo destes dois meses de inverno eleitoral vamos falando.
Notas políticas (17)
Ao que anunciou o próprio à comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa comunica hoje a sua decisão
acerca das Presidenciais, ou seja, a sua mais que certa recandidatura. Faltam 48 dias para a ida às urnas.
A pré campanha eleitoral decorrerá a partir de amanhã e a campanha em janeiro, após as festividades,
adivinho em pleno pico pandémico quase sem rua, nem afetos. Um plebiscito em que ganha expressão o peso da abstenção
e dos eleitores que não aprovam o desempenho de Marcelo no mandato ora no fim. Frias como o frio que fará em pleno inverno.
sexta-feira, dezembro 4
Notas Políticas (16)
Finalmente surgem sinais claros de que o naipe de candidatos às presidenciais de 24 de janeiro vai ficar fechado.
Marcelo após declarado o Estado de Emergência que cobre o periodo das Festas vai anunciar a sua candidatura.
Ao que parece será em Cascais,aliás,concelho onde reside o que me parece natural. Julgo ser a primeira vez na história
no pós 25 de abril que um candidato declara tão tarde a sua candidatura - algo que todos já sabiam - e a pandemia justifica.
Esta vai ser, pois, uma eleição com candidatos, campanha, vencedores e vencidos mas com poucos eleitores.
Quando tudo está decidido à partida é assim e sempre assim seria mesmo sem panedemis quanto mais com ela.
Estamos à distância de 50 dias do plebicisto presidencial Talvez seja a única vez que tal acontecerá pressupondo, como desejo,
que a democracia resista e tenah longa vida.
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