Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, setembro 26
sábado, setembro 25
sexta-feira, setembro 24
MARIA JOÃO PIRES
Leve, levitava
num som interior
quase etérea dessacralizada
num mundo outro, sem penumbras.
Os lábios - sábios domadores do compasso -
antecediam promessas
visualizavam harmonias
e, sob as mãos de Pierre Boulez,
sem batuta,
organizavam-se sons, que escorriam,
impetuosos puros vibrantes
das cúpulas e colunas
do Mosteiro dos Jerónimos.
Ao fundo, desfocado em bruma
- como D. Sebastião -
Camões pensou
que os dedos daquelas mãos,
femininas e rudes,
tinham dobrado o Bojador.
Depois, adormeceu e pacificou.
Maria F. Monteiro
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quinta-feira, setembro 23
quarta-feira, setembro 22
terça-feira, setembro 21
FERREIRA GULLAR - Prémio Camões (2)
Um dia, num ano recente, numa visita de turismo a Cuba, li a obra (quase) toda de Ferreira Gullar. Compreendi muito bem as razões da atribuição do Prémio Camões ao grande poeta brasileiro, o que não entendo é a composição da mesa que se vê no filminho ilustrando a entrega do Prémio. Mas, finalmente, hoje um órgão de comunicação português dá algum destaque ao acontecimento retirando prémio e premiado da "clandestinidade".
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segunda-feira, setembro 20
domingo, setembro 19
REAL MADRID, HOJE
O Real Madrid transformou-se numa referência para os portugueses que gostam de futebol. Pelo jogo em si mesmo, pelo fulgor mediático dos protagonistas, um português no comando (qual político que joga o seu jogo!), jogadores conhecidos, reconhecidos, "íntimos" dos portugueses, a que acresce a intensidade do futebol jogado em Espanha (sempre foi assim!) e uma presença constante de (muito) público entusiasta. Numa época em que as notícias se transformaram num espectáculo de divertimento, mais do que num exercício de cidadania, mais vale aderir às modalidades do espectáculo que se assumem, em plenitude, como espectáculo verdadeiro.
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sábado, setembro 18
sexta-feira, setembro 17
quinta-feira, setembro 16
EUROPA - Adolfo Casais Monteiro por Mário Viegas
O que eu sei é que não quero pertencer a uma comunidade – politica, económica, social - cujos líderes professem ideias racistas e xenófobas ou, mesmo que as não professem, assumam posições frouxas na sua condenação. O que eu sei é que as guerras foram sempre antecedidas por profundas crises económico-financeiras geridas por governantes permissivos, ou colaboracionistas, face aos primeiros indícios de perseguição a minorias. O que eu sei é que não se pode colaborar, nem ficar em silêncio, perante esses sinais mesmo que venham de governantes de países democráticos. Pois para que sobrevenham terríveis tiranias são sempre necessárias fracas democracias.
quarta-feira, setembro 15
NOVIDADES DE CUBA
A comunicação social portuguesa, vá lá saber-se porquê, "esquece" este acontecimento da maior importância no debate ideológico entre as diversas famílias da esquerda.
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terça-feira, setembro 14
segunda-feira, setembro 13
sábado, setembro 11
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