domingo, maio 22

Luanda Cozetti e Mafalda Arnauth



Luta eleitoral. A partir deste dia, pós congresso socialista, suceder-se-ão os episódios próprios de uma campanha eleitoral. Reina a paz social. Salvo uma ou outra greve, sempre dos mesmos grupos sociais protegidos pelo emprego público, o povo sustem a respiração para que não lhe caia em cima a desdita da fome e da miséria. O nosso povo aspira a ser remediado, por isso a sua sina para a acomodação e, ao mesmo tempo, a sua capacidade de resistência. Os que vierem de fora, com a missão de negociar a concessão de um pacote financeiro, se estiverem de olhos abertos, tomarão nota que este povo não é o que pensaram que fosse. Um povo secular que deu novos mundos ao mundo, um povo que inaugurou antes de tempo a era global. Um povo resistente à adversidade. Um povo sereno perante os perigos. Crente perante o insondável e destemido perante os desafios da sobrevivência. Como muito bem observou um cineasta O Bom Povo Português.

11/4/2011

sexta-feira, maio 20

ADELE



O debate. Gostei do tom geral do debate apesar do desgaste deste modelo. Nenhum dos intervenientes hipotecou futuros, desejáveis, necessários e inevitáveis, entendimentos políticos. Sócrates esteve bem, conseguindo quase sempre marcar a agenda do debate. Passos superou-se face a anteriores desempenhos não perdendo a compostura. Sócrates foi igual a si próprio sem ser excessivo. O desgaste da governação faz parte das regras do jogo mas Sócrates acomoda esse desgaste como poucos políticos em qualquer parte do mundo!. Ninguém pode dizer com segurança que deste debate saiu um derrotado e um vencedor. Apesar de todos os "clubismos partidários" este é um facto positivo. Pois há mais vida, e política, para além das eleições.
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segunda-feira, maio 16

CARMINHO



Numa rua mesmo ao lado de minha casa estão a construir uma escola nova. Todos os dias verifico os seus progressos. Antes estava lá uma escola pré fabricada de madeira, coisa boa, que julgo ter sido oferecida pelos suecos logo após o 25 de Abril de 74. Esta escola nova é um edifício moderno que tenho visto crescer no lugar da escola de madeira muito antiga, entretanto demolida, que tão bem serviu tantos anos. Dirá a propósito um nostálgico do passado: que pena deitarem abaixo um prefabricado de madeira que ainda estava em tão bom estado de uso! Mais na moda dirá um crítico acérrimo de Sócrates: que desperdício de dinheiro aplicado em obras sumptuárias! Dirá um ministro (ou ministra) da educação de um hipotético futuro governo do PSD: a obra tem defeitos, podia ter sido evitada, mas dá muito jeito! Digo eu: a escola está construída e fará parte da história de um período de forte progresso da educação em Portugal! O que dirão os alunos, as famílias, os professores? Hoje, amanhã, depois ...
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quinta-feira, maio 12

CIRANDA DA BAILARINA



Ciranda da Bailarina de Edu Lobo (música) e Chico Buarque (poema), pelos próprios, em defesa da liberdade de expressão de pensamento, contra a censura, em defesa do Dr. Catroga! Todo o mundo tem pentelho, só a bailarina que não tem!  
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quinta-feira, maio 5

ARDEM-ME OS OLHOS



Ardem-me os olhos. De cada vez que roubo tempo ao sono, ardem-me os olhos. Lava-os com água fria, e ardem-me os olhos. Será o tempo roubado ao sono? Pois quando encontro tema que me entusiasme logo me esquecem os ardores. Podem-me arder os olhos mas, por vezes, não os sinto arder. Ou quase não os sinto. Não sei o que acontece. Mas o corpo quando se cansa é mais por aborrecimento do que pelas duras penas que lhe inflijo. Sinto-o. É o melhor elogio que lhe posso fazer. Ele responde arquejante de prazer.

11/9/2008

[Uma série de posts acerca das eleições legislativas de 5 de junho de 2011, mesmo quando não parece.]