Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
quinta-feira, junho 16
quarta-feira, junho 15
terça-feira, junho 14
segunda-feira, junho 13
sábado, junho 11
sexta-feira, junho 10
quinta-feira, junho 9
quarta-feira, junho 8
ANTÓNIO COSTA (2)
Cada um sabe de si, faz opções, escolhe caminhos e prazos, entendo a opção de Costa se for esta a opção de Costa. Mas o PS ficará menos coerente na sua afirmação política no próximo futuro. Reparo que os fazedores de opinião da actual maioria passam mais tempo a falar do PS do que de outra coisa qualquer. O PS é um partido charneira e precisaria de encontrar uma liderança forte. Parece que não vai acontecer...
segunda-feira, junho 6
ANTÓNIO COSTA
Não sei o que se está a passar nos bastidores do PS. O que sei é o que vem nas notícias. Mas, na minha modesta opinião, António Costa tomará uma opção errada se não avançar para a liderança do PS. O tempo político já não é o que era. As dificuldades do país exigem as soluções mais fortes. Também na oposição. O PS não pode ser, neste tempo, um vazio de política no verdadeiro sentido da palavra. A disputa do poder político democrático faz-se a uma velocidade alucinante e sem tréguas. Quem faltar hoje à chamada, sendo o melhor, amanhã perderá.
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Hector Berlioz
Muitos ficaram felizes com a derrota de Sócrates mesmo muitos daqueles que antes o apoiaram. O pior mal não é a adversidade na luta por fazer vencer uma ideia é a ausência de ideias pelas quais valha a pena lutar. Um dia, mais tarde que cedo, se sentirá a sua falta. Adiante, por agora, pois chegará o tempo próprio para tentar entender o ódio que Sócrates suscitou em tanta “gente de bem”.
Mas o futuro continua a precisar de ideias renovadoras, projectos mobilizadores e gestores ousados cuja acção convergente as exigências do Memorando de Entendimento não dispensa. A começar na própria reforma da democracia representativa pois não se pode desvalorizar o facto de ter sido a ABSTENÇÃO a grande vencedora destas eleições com 41,1% dos votos (mesmo com muitos eleitores fantasmas!).
Hoje, na hora da derrota, Sócrates deve ter sentido o velho sentimento da ingratidão que se apossa dos grandes lutadores quando perdem. Mas o seu discurso de derrota foi uma notável lição de política democrática, assumindo as responsabilidades pelo resultado, retirando as consequências e reafirmando, ao mesmo tempo, de forma positiva e inequívoca, os valores do único partido da esquerda democrática portuguesa – O Partido Socialista - quer seja chamado a exerçer funções de governo, quer seja chamado a ser oposição.
O PS é um partido nacional, fundador da democracia em Portugal e, seja qual for a sua futura liderança, desempenhará em tempo de oposição um papel central na política portuguesa. Ninguém pense que é possível fazer frente aos desafios que se perfilam no horizonte da vida nacional se o futuro governo de maioria, centro direita, assentar a sua orientação política na hostilização da esquerda derrotada nestas eleições e, muito menos, hostilizando o Partido Socialista.
sexta-feira, junho 3
Dvorak
Se quisermos acreditar nas sondagens olhando para elas, uma a uma, as eleições legislativas de 5 de Junho de 2011 são um assunto arrumado. Mas mantendo-me fiel aos meus princípios quero crer que a democracia representativa, que muito prezo, só se realiza, plenamente, nas urnas. Quero dizer, prosaicamente, que só se cumpre com o voto dos cidadãos. Pela parte que me toca, como sempre aconteceu desde o 25 de Abril de 1974, votar é um acto mobilizador que me faz sentir orgulhoso do nosso regime democrático, com suas virtudes e defeitos, um acto de prazer que partilho com os meus concidadãos seja qual for a cor do seu voto. Como sempre, desde 1979, votarei no PS e, desta vez, como voto em Lisboa, ofereço-o ao meu amigo de sempre: Eduardo Ferro Rodrigues: Que viva!
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quarta-feira, junho 1
terça-feira, maio 31
segunda-feira, maio 30
Mário Soares e os outros ...
A participação de Mário Soares na campanha eleitoral, em defesa do PS, tem muito significado. Ele é o político português vivo com maior prestígio nacional e internacional. É um crítico do estado da União Europeia, e de Sócrates, e as suas posições públicas têm sido contínuas, nunca escondendo dúvidas e divergências com quem quer que seja. Elogiou a personalidade de Passos Coelho, tem apelado a um entendimento pós eleitoral entre os partidos do chamado arco da governação, na base do diálogo e da convergência, mas assumiu abertamente a defesa do voto no PS e a defesa do seu líder. Um político com uma longevidade impressionante que incomoda muita gente com a sua irreverência e capacidade de surpreender. Enfim politica! Muitos sectores da comunicação social ficaram hoje sem jeito no tratamento da sua entrada na campanha eleitoral. Notícias truncadas e omissões, esvaziando a importância pública do seu pronunciamento. Espero agora que surjam nesta campanha também Jorge Sampaio e António Guterres, em defesa do partido do qual foram líderes, pois Ferro Rodrigues já lá está como candidato. Só Constâncio, vice-presidente do BCE, uma das organizações integrantes da troika, tem um álibi perfeito para se manter em silêncio. Os outros não!
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domingo, maio 29
sábado, maio 28
sexta-feira, maio 27
Re- Memorando
O chamado Memorando de Entendimento está traduzido, e publicado, há um ror de dias. Salvo raras excepções, na qual se inclui o Ferro Rodrigues, ninguém se interessou por introduzir o tema na campanha. Um deserto de debate acerca do núcleo duro das medidas que qualquer que seja o governo terá que aplicar no futuro próximo. Muito próximo. Seco. Conciso. Preciso. Com metas e prazos fixados. E também com algumas margens de flexibilidade. O essencial resume-se em duas palavras: governar bem e depressa! Estão a ver? Será necessária convergência e união! Estão a ver? Um Presidente da República interveniente, desde a primeira hora, no quadro da Constituição! Estão a ver? Que nem a esquerda, nem a direita sejam lançadas em bloco para a oposição! Estão a ver? Muitas condições, e muito exigentes, no exercício inteligente da política. Política! Estão a ver? Re- Mmeorando: em lugar do debate acerca do seu conteúdo, a querela acerca da forma da sua versão final.
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