quarta-feira, abril 25

25 DE ABRIL

No 38º aniversário do 25 de Abril lembro-me dos passos que dei nesse dia distante. Era uma 4ª feira. Basta consultar o calendário. Estava no tropa e devo ter frequentado, nesse dia, o quartel do Campo Grande. O chamado, na gíria, 2º Grupo (de Companhias de Administração Militar).

Há dois anos atrás o Leite Pereira contou-me que, estando lá colocado, viu a minha ficha de suspeito quando ela lá chegou antecedendo o meu ingresso. Uma notícia que me surpreendeu apesar de tudo mas que fazia parte da rotina da época. Fervilhavam os boatos. Sabia que um golpe estava preparado para a madrugada de 24 para 25. A fonte era credível. Acreditei. Fiz por acreditar. Temi um banho de sangue. Pensei nos meus pais. No meu irmão. Na minha namorada. Mas julgo que mantive a descrição.

Como já contei, outras vezes, avisei os amigos civis mais íntimos. Organizei-me com os amigos militares que se haviam tornado conjurados. Não imaginava o que viria a passar-se após a arrancada da operação, um golpe militar, tornado revolução pela adesão popular. Um daqueles raros momentos de fusão que mudam o curso da história. Curto e fulminante.

[Versão adaptada de um post anterior.]

terça-feira, abril 24

ALBERT CAMUS (Apontamento fotográfico) 6


Albert Camus - Deux Magots, 1945

"En somme je vais parler de ceux que j´aimais. Et de cela seulement. Joie profonde."in Cadernos

Le Figaro, hors-série
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segunda-feira, abril 23

sexta-feira, abril 20

quarta-feira, abril 18

ALBERT CAMUS (apontamento fotográfico) 3


No final de Outubro de 1957 em Paris. Desde 17 de Outubro que a notícia da atribuição do Nobel era oficial. Camus escreveu nos Cadernos: " Nobel. Etrange sentiment d´accablement et de mélancolie."
Le Figaro , hors-série
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segunda-feira, abril 16

Albert Camus (apontamento fotográfico) 2


"Alger républicain ne sait pas tout, mais tout ce qu´il sait, il le dit."
Camus, jornalista, au centro, posa com a redação do jornal Alger républicain em 1938.
[Le Figaro - hors-série.]
 
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sexta-feira, abril 13

ALBERT CAMUS (apontamento fotográfico)



O meu amigo Carlos Pratas, conhecedor do meu gosto pela obra de Albert Camus, deixou-me um dia destes, sem aviso, um exemplar da Revista Le Figaro dedicada, exclusivamente, ao cinquentenário da sua morte. Melhor forma de expressar a sua amizade não poderia ter encontrado e retribuo o seu gesto com a publicação de algumas das fotografias que ilustram aquela magnifica edição. Não conhecia uma parte delas e interrompo a longa série de postes musicais - um silêncio da palavra que não do espírito - para dar à estampa algumas, ou fragmentos delas, como é caso desta (na Grécia, 1958) com um excerto do texto que a acompanha:  "J´ai grandi dans la mer et la pauvreté m´a été fastueuse, puis j´ai perdu la mer, tous les luxes m´ont alors paru gris, la misère intolérable."   (É a luz da sua Argélia que irradia do seu olhar e da sua obra.)        
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