Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, agosto 14
D. AFONSO HENRIQUES - REI DE PORTUGAL
Na véspera de um feriado - 15 de agosto - e para que se entenda a importância dos feriados, e deste em particular, como marcos simbólicos na história de Portugal. [Repetindo uma posta antiga.].
Na verdade, o título de rei aparece pela primeira vez num documento autêntico em 10 de Abril de 1140, por sinal o primeiro dos que hoje se conhecem entre os bem datados produzidos pela chancelaria régia depois da batalha de Ourique. (...).
Os cronistas do século XVII puderam ainda consultar uma memória, hoje perdida, procedente do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, na qual se descreve a celebração de grandes festas em Coimbra no dia da Assunção da Virgem Maria ao céu, a 15 de Agosto de 1139, e nos dias seguintes. A solene missa desse dia foi celebrada por D. Bernardo, bispo da dioceses, e o sermão pregado por D. João Peculiar. Os eruditos modernos, como Rui de Azevedo e A. de J. da Costa, fiados na autoridade de Frei António Brandão, que menciona a referida memória, admitem a autenticidade desta informação. Depois de termos examinados os vários indícios que apontámos acerca das celebrações feitas em Coimbra por ocasião do regresso de Ourique, essa notícia só vem confirmar os elementos que descobrimos por via dedutiva. Tivesse ou não havido aclamação no campo de batalha, é lógico admitir que o povo de Coimbra quisesse também aclamar o vencedor e passasse a chamar-lhe rei. Não faltavam os motivos para isso.
In “D. Afonso Henriques” de José Mattoso, ”12 – Rei de Portugal”, pgs 120 e 126/127.
sábado, agosto 13
sexta-feira, agosto 12
PAGADE
Pagade - Vila Nova de Cerveira. Abraço à Dulce e ao Zé pelo acolhimento e cortesia sem preço, assim como a todas, e todos, que conviveram naquele paraíso terreal, em julho passado.
A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
“É melhor perguntar porque é que durante a campanha eleitoral a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no Partido Socialista”. Foi com esta frase que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, se colocou esta quarta-feira no olho do furacão da mais recente polémica a envolver o Governo. (In SAPO/24)
Lembro-me bem da declaração da CAP a que a Ministra faz referência. A palavra é livre mas apesar de tudo fiquei espantado, poucos meses atrás, com o radicalismo da posição da CAP. Sei que interesses defendem, injustos no contexto da agricultura portuguesa, mas certamente legitimos. Como diz o outro "quem anda à chuva molha-se" (a CAP não tem o dom fazer chover e ainda bem). Ora a Ministra, pela simples razão de o ser, é uma politica com iguais direitos à liberdade de expressão, e fez bem em ter refrescado a memória da CAP quando entrou a "pés juntos" na campanha eleitoral.
quarta-feira, agosto 10
terça-feira, agosto 9
O VENTO
“E, à noite, deitado, morto de cansaço, no silêncio do quarto onde a mãe dormia levemente, ainda ouvia uivar dentro dele o tumulto e furor do vento que amaria ao longo de toda a vida.” Albert Camus, in "O Primeiro Homem".
segunda-feira, agosto 8
MULHERES
Jane Fonda (2) - "Marquée à jamais par le suicide de sa mère et la légendaire dureté de son père, la jeune femme met à profit ces névroses familiales pour prendre son envol d’actrice." (In "Le Monde").
sábado, agosto 6
sexta-feira, agosto 5
quinta-feira, agosto 4
É mais um...
"Secretário-geral da ONU considerou “imoral” que as empresas de petróleo e gás estejam a registar resultados financeiros recorde. É mais um a pressionar por impostos sobre lucros excessivos" in "Expresso", via LUSA.
Curiosa maneira de fazer jornalismo, ou seja, dar públicas notícias de forma a que não sejam valorizadas. Desde logo aquele início de frase: "É mais um a pressionar...". Mais um? Trata-se do Secretário geral da ONU que por acaso é português tomando posição acerca de um fenómeno a que os governos têm por obrigação dar a maior atenção e, eventualmente, tomar medidas. É tudo tão à descarada que faz impressão ... "
Fotografia de Hélder Gonçalves
terça-feira, agosto 2
segunda-feira, agosto 1
BES
Post de agosto - dia 1 (2014).
O BES, em menos de nada, afundou-se. Um banco de referência, com história e mercado, está a estrebuchar caído no chão dando a sensação, a quem assiste de fora, que afastada a família que lhe dá o nome, ninguém sabe o que fazer dele. Pode ser que esteja enganado, assim espero, mas o Estado vai socorrê-lo, em linguagem comum, "entrará com o dinheiro", "uma pipa de massa", diria o Dr. Barroso. Estou a ser simplista, está bem de ver, pois a fórmula para a entrada temporária do Estado será engenhosa e sempre teria de o ser. Nada de novo. A tralha dos Espíritos Santos, diabolizados como é da praxe, dará lugar a quem? Para já, quer dizer, depois de amanhã, ao Estado, salvo qualquer milagre de última hora. Os jornalistas das economias surgiram hoje, pelo menos a meus olhos, nervosos e hesitantes como o verão que teima em não despontar. Nada de nacionalização do BES. De acordo, que não é solução. Resta explicar, bem explicado, como é que um banco privado, representando 20% do mercado nacional, uma grossa fatia do crédito concedido, milhões de depositantes, continuará a ser privado se a maioria do capital passar a ser público. E caso a explicação corresponda à operação de salvamento em curso, que desejo seja bem sucedida, como será apresentada a saída pós intervenção do Estado. A que prazo e em que condições. E qual a medida das consequências dessa intervenção na economia e na vida quotidiana dos cidadãos. O problema do BES, a partir de hoje, deixou, em definitivo, de ser privado, tornando-se público. Um problema de todos nós.
domingo, julho 31
sábado, julho 30
SOMOS TODOS MESTIÇOS
"A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu hoje que a "discriminação racial" é contra os valores da UE, respondendo a uma pergunta sobre os comentários do primeiro-ministro Viktor Orban contra a "mistura de raças".
“Não queremos ser mestiços ao misturarmo-nos com não-europeus”, declarou o líder nacionalista e ultraconservador, cuja política anti-imigrantes foi condenada por diversas vezes pela justiça europeia. (In SAPO)
Faz lembrar de forma brutal a ascensão do nazi fascismo e um cortejo de atrocidades sem perdão a que deu origem. É preciso dizer não! Somos todos mestiços!
O FASCISMO AMEAÇA
"Giorgia Meloni: “Mulher, mãe, italiana, cristã” a caminho de governar a Itália", In "Público". E convém acentuar fascista, que até deu ordem para que os seus correlegionários não ostentassem de forma aberta a simbologia própria da tradição fascista, o que vai ser dificil. A Itália - a seguir à Hungria - pode acender definitivamente a luz de alarme para a estabiliddae das democracias europeias e abrir caminho para o alastramento da guerra na Europa. A ver vamos...
sexta-feira, julho 29
quinta-feira, julho 28
O SILÊNCIO E O MEDO
“O silêncio e o medo são as melhores armas da tirania”, Pedro Abrunhosa citado do " Expresso". Não conheço o autor nem gosto particularmente da sua veia artistica. Mas reconheço a justeza da sua tomada de posição pública acerca da guerra e dos seus responsáveis. É preciso proclamar com todas as palavras que a guerra desencadeada por Putin, em nome da Federação Russa, com seus aliados assumidos, ou não assumidos, é uma ameaça à democracia e à liberdade.
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