sexta-feira, dezembro 19

IR ATÉ AO FIM

Da Maria do Rosário Fardilha: recebi o objecto-fruto maduro, híbrido, iluminado pela «esplendorosa ressonância de estar vivo» de Jorge de Sena e pelo lirismo que decorre do «êxtase na unidade homem-natureza» em Camus. Objecto-de-autor-sensível, atravessado pela maresia e o vento do Mediterrâneo. Objecto-poema pincelado de afecto, quente, no sufoco pelo ser feminino suave, pelo filho,… Lembrei-me: «Havia tanto amor e veneração nos seus olhos (...) que alguém nele - aquele que sabia – se revoltou» - o filho revoltou-se? … e os amigos: que não querem viver fora da beleza. Obrigada. Sinto-me fraca.
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Partilha:1. Sublinhei a traço grosso:«E, à noite, deitado, morto de cansaço, no silêncio do quarto onde a mãe dormia levemente, ainda ouvia uivar dentro dele o tumulto e o furor do vento que amaria ao longo de toda a vida.» - Albert Camus, O Primeiro Homem, Edição Livros do Brasil, 1994, pp. 219.
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