segunda-feira, dezembro 1

PCP: FICO MAIS DESCANSADO

Erich Lessing - Poronin near Zakopane.

Ora aqui está um discurso político claro por parte do PCP. Não haverá alianças políticas do PCP com quaisquer outras forças. Para ser coerente o PCP concorrerá sozinho em todas as eleições: europeias, legislativas e autárquicas. Um dia quando o povo português, em eleições livres, através do voto universal e secreto, atribuir ao PCP a maioria dos votos ele aceitará ser poder. Ficam assim o PS e o BE (e os restantes partidos) sabendo, de fonte segura, que não vale a pena sonharem com a colaboração política do PCP para quaisquer acordos que digam respeito a questões de poder. Ora como a politica não é mais do que a questão do poder o PCP acaba de decretar o seu isolamento político. O PCP regressa, assim, aos tempos dos sonhos revolucionários que têm como epicentro do seu programa a destruição do capitalismo e a tomada do poder pela vanguarda da classe operária que o PCP encarnaria. Um partido com uma direcção de funcionários! É o regresso a um futuro que nunca se transformará em realidade. Fico mais descansado!
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3 comentários:

Luís Maia disse...

O PC é igual aos outros partidos, colocam os seus interesses acima dos interesse do País.

Quero dizer que segundo as suas próprias teses, a urgência em retirar a maioria absoluta ao PS, justificaria uma frente alargada.

Só que frentes para o PC só se justificam se puder dominar, como o caso dos verdes e eles não teriam a certeza se tal aconteceria neste caso.

É uma demonstração que o PC receia o BE

Anónimo disse...

Está tudo muito preocupado com o PCP que está morto e enterrado. Não vejo ninguém preocupado com a situação paupérrima (a pior da Europa da zona Euro e uma das piores da Europa a 27) constatada em (quase) todos os índices de desenvolvimento: salários, diferença salarial, educação, abandono escolar, desemprego, falências, crescimento económico, pobreza explícita (350.000 pessoas no Banco Alimentar), pobreza relativa (2 milhões de pobres), enquanto são dadas indemnizações chorudas a banqueiros que levaram os bancos à falência. Vão dar banho ao cão!

Nelson Soares disse...

E reedita-se a utopia comunista não se tornando mais uma vez o pcp uma oposição política ao actual governo, um voto viável de mudança. Porque embora não se junte a forças políticas paralelas e coexistentes, não apresenta também progressos criativos, projectos claros e exequiveis...

E aquele dia da maioria, é um dia ou muito longe no tempo, ou porventura inexistente...

Stay Well