terça-feira, agosto 4

IMPRESSÕES DE UM AGOSTO PRÉ ELEITORAL

Por estes dias fui ao Algarve e voltei. Ir ao Algarve, para mim, é “ir à terra”. Pisar o chão dos meus antepassados, ajudar nalguns trabalhos e conhecer a difícil realidade de gente que não tem tempo de antena. A vida está difícil. As pessoas com quem falei não alardeavam as suas queixas. Simplesmente descreviam situações. Resignação. Um aparente alheamento da política que, em vão, clama por atenção. Os pobres acomodam-se e lutam pela sobrevivência. Os apoios do estado social evitam que muita gente caia na miséria. A época não é propícia à propaganda das ideias liberais. A propaganda política tende a deslizar para a pura demagogia populista. Os extremos polarizam os ódios, por vezes surdos, estimulando desejos de vingança, por vezes, demenciais. Os políticos que mantiverem o sangue frio, assumindo a coragem de não cair na demagogia populista, prestarão um grande serviço à democracia.
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