domingo, julho 11

POST 5000




                                      Douglas Prince

Ontem assisti a um fragmento do programa de Mário Crespo - Plano Inclinado - que só me interessou pela presença de Alexandre Soares dos Santos, líder do Grupo Jerónimo Martins. A certo passo com o ar de mestre tremendista que o caracteriza Medina Carreira, falando-se a propósito da Polónia, mão-de-obra, legislação do trabalho e o mais que pode desafiar um grande empresário português a falar mal do seu país, lançou a pergunta: também tem o programa Novas Oportunidades? Um sorriso aflorou ao rosto de Alexandre Soares dos Santos: que sim senhor tinha tal programa na sua empresa – em horário de trabalho – e fora dele, frequentado por milhares de trabalhadores e que era daqueles programas que o fazia sentir orgulho do seu país. Desconcertados os tremendistas presentes, onde se inclui um Duque, presidente da minha escola, que me fez sentir vergonha dela, balbuciaram uns apartes dando conta de um pseudo desprestígio de tal programa. Mas o sorriso não desapareceu do rosto do grande empresário que prosseguiu dando testemunho pessoal da importância do programa Novas Oportunidades para desespero da turma residente que deu uma cabal demonstração dos seus preconceitos políticos e da ignorância acerca do empenhamento dos seus convidados nos temas que trazem à liça.
.

2 comentários:

hfm disse...

5000 é obra! Parabéns!

Galeota disse...

Quanto ao post 5000: parabéns. Que venham mais 5000.

Quanto à fotografia: Bonita. Sempre, sempre as flores.

Algumas reflexões:

Gosto de ver o programa, ainda que,
a cartilha seja sempre pessimista e catastrofista.
A população portuguesa apresenta um reduzido nível de instrução e baixos níveis de qualificação.Estas características estão a ser alteradas. Vivemos num contexto de globalização onde o conhecimento e a informação são geradores de desenvolvimento económico dos países.
Tem assim que se continuar a investir em capital humano. A O.C.D.E. estimou que para Portugal, o produto teria crescido mais 1,2% por ano, entre as décadas de 70 a 90, se os seus níveis de escolaridade estivessem
equiparados à média dos países da O.C.D.E. É também reconhecido que o
investimento em capital humano constitui uma condição fundamental
para promover a competitividade, assente na qualidade do serviço, e para assegurar a captação de sectores de base tecnológica. Além disso, o investimento em educação e Formação (Programa Novas Oportunidades) diminui de um modo significativo o risco e duração do desemprego e faz aumentar as probabilidades de reinserção no mercado de trabalho.
Portanto, é de louvar o Programa Novas Oportunidades, ainda que, possa apresentar algumas deficiências.