segunda-feira, setembro 20

A POLÍTICA DO GOVERNO DE FRANÇA E OS CIGANOS - mais uma vez



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2 comentários:

Galeota disse...

1...26- No plano cultural, as diferenças, relativamente aos tempos de Paulo VI, são ainda mais acentuadas. Então, as culturas apresentavam-se bastante bem definidas e tinham maiores possibilidades de se defenderem das tentativas de homogeneização cultural.Hoje, cresceram notavelmente as possibilidades de interacção das culturas, dando espaço a novas perspectivas de diálogo intercultural; um diálogo que, para ser eficaz, deve ter como ponto de partida uma profunda noção da específica identidade dos vários interlocutores. No entanto, não se deve descurar o facto de que esta aumentada transacção de intercâmbios culturais traz consigo, actualmente, um duplo perigo. Em primeiro lugar, nota-se um ecletismo cultural assumido muitas vezes sem discernimento; as culturas são simplesmente postas lado a lado e vistas como substancialmente equivalentes e intercambiáveis umas com as outras. Isto favorece a cedência a um relativismo que não ajuda ao verdadeiro diálogo intercultural; no plano social, o relativismo cultural faz com que os grupos culturais se juntem ou convivam, mas separados, sem autêntico diálogo e, consequentemente, sem verdadeira integração. Depois, temos o perigo oposto que é constiuído pelo nivelamente cultural e a homogeneização dos comportamentos e dos estilos de vida. Assim perde-se o significado profundo da cultura das diversas nações, das tradições dos vários povos, no âmbito das quias a pessoa se confronta com as questões fundamentais da existência. Ecletismo e nivelamento cultural convergem no facto de separar a cultura da natureza humana. Assim, as culturas deixam de saber encontrar a sua medida numa natureza que as transcende, acabando por reduzir o homem a simples dado cultural. Quando isto acontece, a humanidade corre novos perigos de servidão e manipulação."
in Caritas in Veritate -Terceira Carta Encíclica de S.S.Bento XVI

Ao contrário de Lisboa , Aristides de Sousa Mendes , o cônsul de Portugal em Bordéus , contacta todos os dias com as pessoas desesperadas que acorrem ao consulado e para quem o visto português é a única salvação. Judeus, ciganos apátridas que fugiram de países ocupados pelos nazis, como a Áustria, a Polónia e a Checoslováquia.
De um dia para o outro Bordéus enche-se de refugiados desesperados. Para o cônsul português não restam quaisquer dúvidas: é preciso passar vistos a toda a gente e o mais rapidamente possível.

vai tudo abaixo disse...

É bom olhar para França, pois dessa forma desviamos o olhar de Portugal. Da vergonhosa votação da bancada do PS na AR sobre a expulsão dos ciganos e do despedimento de Carrilho, por causa das suas opiniões, ninguém fala. Que cambada de medrosos!