Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
Enquanto eu estive no "Gil Eannes",recebemos a bordo um pescador que passara cinco dias à deriva, perdido primeiro no nevoeiro e depois no meio de ventos fortes. Na manhã do sexto dia, tinha regressado ao seu navio preparado para ir buscar mais isco e continuar o trabalho mas, para grande surpresa sua, verificou que não conseguia sequer andar, pelo que foi obrigado a descansar algumas horas. Este homem chamava-se António Rodrigues Chalão. Era um homem magro e de tez escura com cabelo negro e um rosto de feições fortes e luminosas, olhos azuis-acinzentados e um semblante honesto e digno.Era de Vila Nova de Gaia e, quando não trabalhava como pescador, conduzia um bote salva-vidas na barra do Douro.
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Enquanto eu estive no "Gil Eannes",recebemos a bordo um pescador que passara cinco dias à deriva, perdido primeiro no nevoeiro e depois no meio de ventos fortes. Na manhã do sexto dia, tinha regressado ao seu navio preparado para ir buscar mais isco e continuar o trabalho mas, para grande surpresa sua, verificou que não conseguia sequer andar, pelo que foi obrigado a descansar algumas horas.
Este homem chamava-se António Rodrigues Chalão. Era um homem magro e de tez escura com cabelo negro e um rosto de feições fortes e luminosas, olhos azuis-acinzentados e um semblante honesto e digno.Era de Vila Nova de Gaia e, quando não trabalhava como pescador, conduzia um bote salva-vidas na barra do Douro.
Alan Villiers, " A Campanha do Argus". 1951
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