Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
sexta-feira, abril 15
MEU POVO, MEU ABISMO
Meu povo é meu abismo.
Nele me perco:
a sua tanta dor me deixa
surdo e cego.
Meu povo é meu castigo
meu flagelo:
seu desamparo,
meu erro.
Meu povo é meu destino
meu futuro:
se ele não vira em mim
veneno ou canto –
apenas morro
Ferreirra Gullar
----------------------------------
“Meu Povo, meu Abismo”
Tão belo o poema
Tão curto e conciso
Tão presente tão futuro
Tão belo o poema
Que nem preciso ser
Poeta p´ra escrever
Um poema no espaço
Livre de seu destino
Tão belo o poema
Que podia ser hino
15/3/2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Belíssimo!
Disponibilidade
Vem ver a vida/Passar silenciosamente/Como a ave no ar claro./
Vê-a que desce.Prende-a./Nas tuas mãos em concha/Fica um instante./
Deixa-a fugir. Outras há.
Ruy Cinatti
Enviar um comentário