quinta-feira, julho 3

julho - dia 2


O grande artista afirma-se pela obra, sempre assim foi. Comenta-se, muitas vezes, o caso do artista, premiado, num dado ano, com o Nobel da literatura cuja obra o tempo tornou irrelevante. Lembrei-me da polémica em França quando Sarkozy, pelo cinquentenário da morte de Camus, propôs a sua entrada no Panteão. Sabendo o que sabemos hoje, exactamente hoje, abençoada parte de sua família que se opôs. Não é o caso de Sophia de Mello cuja personalidade, acção cívica e obra, suportam tudo incluindo as honrarias de Estado. Que se mantenha viva através da divulgação da sua palavra luminosa e da lembrança das suas corajosas tomadas de posição em prol da liberdade.    

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