Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
domingo, julho 20
julho - dia 20
Volto ao tema da guerra. Os portugueses vêem a guerra como realidade distante. Assistimos às cenas de guerras localizadas que se multiplicam pelo mundo no sofá. Não há portugueses vivos que tenham sofrido os efeitos da guerra à porta de suas casas. Não conhecemos ao vivo os horrores da guerra. Não sofremos dos seus efeitos destruidores na nossa vida, de familiares e de amigos. Temos sido poupados e julgamos-nos imunes às suas terríveis consequências. Nem se conhecem manifestos que expressem posições colectivas de repúdio pelas guerras que, aparentemente, não nos dizem respeito. Assistimos resignados à devastação de comunidades, e à morte de inocentes, sem um gesto de solidariedade ou uma palavra de repulsa. Mal tomamos partido. Podemos dizer que sentimos, mas não expressamos, em sobressalto colectivo, a nossa indignação. Julgo não ser injusto se disser que nem os órgão de soberania assumem em plenitude o dever da condenação da guerra em solidariedade com as suas vitimas inocentes. Reina, entre os portugueses, perante uma real ameaça de generalização da guerra um silêncio sepulcral. Estranha forma de vida!
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