sexta-feira, abril 15

Os dias após estado de graça

Passados os primeiros meses é sempre difícil para qualquer governo manter a áurea flamejante do sucesso. Sempre assim foi, e será, ainda para mais quando as soluções politicas de governo são originais e exigem debate permanente e concertação afinada, em democracia no pleno exercício das liberdades públicas. As diferenças de opinião, e a expressão livre das mesmas, é mil vezes melhor do que a tirania. Os governos democráticos, eleitos pelo voto popular, sob diversos modelos de representação, estão sempre sob escrutínio da opinião pública, da imprensa e da oposição politica. Assim deve ser. O que os distingue entre si, além das opções politicas, doutrinárias e ideológicas, é a capacidade de lidar com as diferenças não perdendo nunca a capacidade de fazer delas a sua força e não a sua fraqueza. Uma liderança forte não cede perante a maledicência. Para ser forte tem que ser capaz de manter intato o núcleo duro no qual repousa a sua força, ou seja a credibilidade dos seus principais dirigentes. Raras vezes estou de acordo com Fernando Ulrich que disse, numa entrevista recente, que o mais importante para a credibilidade da banca é a qualidade humana dos seus gestores. Assim é para tudo na vida e também, por maioria de razão, na politica.

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