Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
terça-feira, junho 28
Uma nova época
Escrevo após o referendo no RU e as eleições legislativas em Espanha dois acontecimentos políticos relevantes para a Europa. Não esquecer, em primeiro lugar, que estes acontecimentos são próprios da democracia. Uma enorme vantagem para a vida dos povos nem sempre suficientemente prezada pelos lideres de opinião e mesmo por certos políticos populistas. As decisões resultantes do sufrágio, nos seus diversos planos e enquadramentos, são para levar a sério e cumprir. Por vezes não é fácil para os perdedores aceitar os resultados de eleições livres. Outras vezes é difícil evitar que os vencedores abusem do poder momentâneo de que se acham empossados. O Reino Unido não vai deixar de beneficiar da sua influência politica, económica e financeira, nem das vantagens do seu posicionamento estratégico como potência marítima, em contraponto à Alemanha, a potência continental mais importante da Europa. É ao confronto das duas mais importantes potências europeias a que estamos a assistir. A Espanha é outra realidade complementar daquela tendencialmente aliada da potência continental, ao contrário de Portugal, aliado tradicional da potência marítima. Sublinhe-se ainda que quer o RU quer a Espanha são federações de Estados/Nação com mais ou menos poder económico e expressão politica. A partir deste final de semana muita coisa foi posta em questão nos equilíbrios europeus, todos o dizem, mas a Europa poderá escolher um caminho de um novo equilíbrio de forças sem guerra. É esse o caminho que a diplomacia tem que ser capaz de fazer sem ceder nem aos USA, nem à Rússia, nem à China que espreitam, estimulando de forma, mais ou menos discreta, a divisão da Europa.
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