sábado, março 10

Congresso do CDS.

Hoje e amanhã realiza-se o Congresso do CDS. Nada surpreendente na medida em que se insere no ritual de um regime politico democrático no qual os partidos são uma pedra basilar. Por todo o mundo assiste-se à ascensão de movimentos, e partidos, populistas que alcançaram resultados eleitorais relevantes. Partidos de extrema direita, xenófobos e racistas, que se reclamam em diversos casos da matriz ideológica fascista, integram, ou ocupam, governos em diversos países europeus. (Já não me refiro aos USA!). Qual a diferença de Portugal no puzzle politico partidário nos países que integram a UE? Os partidos portugueses, situados mais à direita e à esquerda, reclamam-se do ideal democrático e têm-se mantido afastados, no essencial, das derivas populistas. É o que me parece acontecer com o CDS e que o presente Congresso revela. Um partido democrático que se assume de centro direita, de matriz democrática cristã. As pulsões populistas que, de forma difusa, se manifestam na sociedade portuguesa ainda não têm expressão politica organizada partidariamente. As razões são muitas e diversas e não cabe neste texto abordá-las. Mas devemos congratularmo-nos pela moderação politica, independentemente da retórica própria das campanhas eleitorais, de todos os partidos políticos portugueses, incluindo daqueles que se situam na margem direita e esquerda do nosso espetro partidário.

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