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quarta-feira, março 24

LISBOA

Patrick Zachmann - Lisbon 1991. Alfama.

Lisboa é coisa boa. Os que nos olham de fora gostam do que vêem. Os que nos visitam apreciam a beleza, a luz, os sons, as cores, o jeito e o sentimento das gentes. De Lisboa e do país. Mesmo que não sejamos capazes de nos apreciar os de fora, apreciam-nos. Nós mesmos quando nos visitamos depois de, por um tempo, nos afastarmos sentimos o que perdemos.

quinta-feira, dezembro 17

ABALO DE TERRA DE GRAU 6 (AO LARGO DO CABO DE S. VICENTE)





Poucos minutos atrás, por volta da 01, 39 h ocorreu um abalo de terra sentido com muita intensidade em Lisboa, certamente, de grau razoavelmente elevado.

Confirma-se: sismo de magnitude 6 ao largo do Cabo de S. Vicente (SIC - noticiário das 2,00h), no Algarve. É incrível mas os sites da LUSA e do Instituto de Meteorologia estão em baixo.

terça-feira, dezembro 8

CO-INCINERAÇÃO - MILIONÉSIMO EPISÓDIO

Esta é uma questão antiga. Daquelas que ocuparam o espaço mediático, por muito tempo, desde há muitos anos. Chamo o assunto por ter ouvido, minutos atrás, num canal da TV alguém, com ar de advogado, lançar acusações (graves!) contra o Supremo Tribunal Administrativo por ter proferido um acórdão favorável à co-incineração na cimenteira de Souselas. Mas o mais extraordinário deste caso talvez venha a ser a tentativa de desacreditar a decisão judicial – e a própria justiça, não é? Nos tempos que correm parece fácil: os mesmos que proclamam a defesa urgentíssima da credibilização da justiça tornam a co-incineração numa questão política – pois tudo é político, já foi ou será político – e perdida a batalha na justiça, sujeitam à consideração da maioria negativa da Assembleia da República a proibição do que a justiça autorizou. Por aí adiante – e que viva o Poder Popular!

sexta-feira, dezembro 4

O TEMPO NÃO VOLTA P´RA TRÁS


Haruto Maeda

O meu computador pessoal está como novo. Em tempos de crise recorre-se cada vez mais à reparação e reciclagem dos equipamentos a que alguns – prudentes - nunca deixaram de recorrer. Suponho que muitos pequenos negócios, ao invés dos que morrem, tenham voltado a prosperar com a crise. Esperava por levantar o dito computador lado a lado com uma senhora que, vim a saber por ela, ser professora de matemática. Desabafou. Enquanto esperava o portátil – de alto gabarito - mostrou-me quanto se sentia desiludida com o facto de não poder apresentar os enunciados das provas, escritos à mão. Mais do que desilusão perpassava das suas palavras em certo ressentimento pela adopção imparável da informática nos processos de aprendizagem. E dessa forma tudo “empurrar” para mudanças inelutáveis (para ela irreparáveis) nas metodologias, nas atitudes, nos equipamentos… Lembrei-me de quando o meu pai me falava do belo cavalo que o levava à janela na qual (pelo lado de fora) namorava a minha mãe e vice-versa. E do ferrador. E do cheiro a forragem. A aveia. A bosta. E os sons dos relinchos e pinotes. E aquele fado do qual tanto gostava a minha mãe “Oh Tempo Volta P'ra Trás”! Mas não volta!
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terça-feira, setembro 15

RUA FERNANDO NAMORA (OUTRA VEZ)


Como aqui foi referido não é conhecida qualquer participação dos residentes de Telheiras na decisão de realizar a obra (profunda), ainda em curso, na Rua Fernando Namora. Não existe sequer informação no local da obra com as referências habituais que identifiquem o dono da obra, empreiteiro, prazos, custos, etc., como julgo que a Câmara, como é de lei, obriga toda e qualquer entidade. Para quem não conheça aquela é uma via estruturante no acesso ao novo bairro de Telheiras e, com a presente intervenção, fica reduzida de 4 para 2 faixas. De um lado foi construída uma ciclovia e do outro lugares para estacionamento, na maior parte, em espinha. Seria possível encontrar uma solução de compromisso que permitisse a criação da ciclovia sem necessidade dos lugares de estacionamento. A rua ficaria com 3 faixas sendo, dessa forma, possível garantir uma razoável fluidez de tráfego que, nas horas de ponta, é intenso envolvendo meios de transportes particulares e públicos. Posso estar mal informado mas não conheço qualquer informação que tenha sido prestada aos residentes acerca desta intervenção que interfere muito com a qualidade de vida dos residentes. Sou um deles. Acho que o Zé deu um tiro no pé!
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segunda-feira, agosto 3

OS MISTÉRIOS DO METRO DE LISBOA

(Clique na imagem para ampliar)

Chegado a Lisboa, após uma breve ausência, deparo-me com uma obra às portas de casa para a qual aguardo explicação. (Ver post anterior). Mas desde sempre, no que toca à mobilidade em Lisboa, o maior mistério para mim (e não só!) é a inexistência de uma linha de metro para o aeroporto da Portela. Só agora? É um mistério indecifrável! Valorizar os terrenos da Portela? E a valorização da mobilidade? O aeroporto da Portela deve ser o único de uma capital europeia sem ligação ferroviária à cidade. Com a estação de Alvalade ali tão perto, e tão longe! Confirma-se assim que as obras públicas andam a reboque dos grandes interesses imobiliários?
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domingo, agosto 2

OBRAS NO MEU BAIRRO, PARA QUÊ?


Deixo para conhecimento público, por dever de cidadania, uma carta do meu amigo Helder Gonçalves dirigida a António Costa com cujo teor concordo. Sou morador na zona circundante e por mais que puxe pelos neurónios não consigo entender (nem ninguém do agregado familiar) a necessidade e lógica das obras em referência. [Reproduzo somente algumas das fotografias que ilustram o texto.]

Lisboa, 2 de Agosto de 2009

Exmo. Sr. Dr. António Costa, Presidente e Candidato a nova Presidência da CML

Sou munícipe de Lisboa interessado no desenvolvimento sustentado na Cidade, sou Investigador do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) e vivo no Bairro de Telheiras.

Nas últimas semanas de Julho iniciaram-se umas obras de remoção de duas faixas na Rua Fernando Namora e Rua Prof. Francisco Gentil, foto nº1, que ligam 4 escolas (Escola Secundária Vergílio Ferreira, a Escola EB 2/3 nº2 de Telheiras, Jardim Infantil no cruzamento da Rua Francisco Gentil com R. Hermano Neves e a Escola EB1 nº 57). De início, imaginei que porventura poderia ser a continuação da pista para bicicletas que existe e termina na Escola EB 1 nº57. Percebi de imediato que não se tratava desse projecto, mas antes da criação de lugares de estacionamento em espinha, reduzindo as 4 faixas da R. Fernando Namora a duas faixas (foto nº2), Pelo que questiono:

1. Foi feito algum estudo do impacto desta medida no fluxo de trânsito na zona?

Nota: esta redução de faixas tem implicações em 3 cruzamentos onde confluem fluxos muito densos em situação normal (cruzamento da R. Prof. João Barreira com R. Fernando Namora -foto nº3; cruzamento da R. Fernando Namora com a R. Prof. Simões Raposo, foto nº4; cruzamento da R. Fernando Namora com Azª da Torre do Fato; e o cruzamento das ruas Fernando Namora, Padre Américo, Trav. Da Luz e Rua do Seminário – foto nº 5). Nalguns destes cruzamentos, teremos reduções de fluxo de 3 faixas para uma 1, com semáforos intermitentes no cruzamento da R. Prof. Simões Raposo - foto nº6 e duas paragens de autocarro de permeio. Como cidadão solicito informação sobre o estudo concerteza efectuado pela CML.

2. A obra está Licenciada? Em nenhum dos locais esta afixada qualquer sinalética, indicativa do que se trata e do seu licenciamento.

3. Houve alguma comunicação aos moradores?

Caro Dr. António Costa, tenho ouvido nas suas intervenções que pretende melhorar a vida dos munícipes e inclusive que Lisboa precisa de “pequenas obras ao serviço dos cidadãos”. Parece-me que esta obra, seguramente não vai melhorar a vida dos munícipes desta zona, pois vai criar dificuldades ao trânsito numa zona de ligação entre quatro escolas. Parece-me que a gestão da cidade não se faz desta maneira, uma cidade é um conjunto de pequenas comunidades que vivem em diferentes bairros e que são parte interessada nas soluções a decidir, não é possível fazer obras desta natureza sem uma prévia informação aos cidadãos e sem a possibilidade de diálogo com a população e principalmente sem a conclusão de que é uma obra necessária. E esta é uma questão fundamental, que me leva à pergunta fundamental:

4. A obra é necessária? Nesta Rua já existiam lugares de estacionamento (ver foto nº7)

5. Que obra esta a ser feita entre a Escola EB1 nº 57 e o Jardim Infantil (foto 8 e 8a)?

Espero resposta urgente e apresento os meus cumprimentos;

Helder Gonçalves

Cc: Candidatos à CML, Associação de Residentes de Telheiras; Junta de Freguesia do Lumiar e de Carnide; ACP, blogosfera e comunicação social.

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terça-feira, maio 6

UM CASO PARA INVESTIGAÇÃO NA ÁREA DAS "CIÊNCIAS OCULTAS"


Estou farto de perguntar a ver se alguém, desde políticos, gestores ou taxistas, me consegue explicar esse mistério de nunca ter sido construída a linha de metro para o Aeroporto da Portela. Ainda por cima é uma linha recta desde, por exemplo, o Areeiro. Confesso que nunca ninguém me conseguiu dar uma explicação cabal para o caso.

Mas também nunca ninguém – ao longo de decénios - fez muita questão em tornar esta extraordinária omissão numa reivindicação. Estranho, não é? É um caso de estudo na área das “ciências ocultas” ou dos silêncios mórbidos que rodeiam a gestão das cidades.

E os responsáveis políticos pela gestão da cidade - e do país – ameaçam prosseguir no caminho das opções inexplicáveis, à luz do bom senso, encerrando Santa Apolónia (estação ferroviária terminal) agora que o metro, a muito custo, acaba de lá chegar. Isto é caso de polícia ou de doença! É um daqueles casos em que vale a pena os cidadãos meterem-se em trabalhos para acabar com a macacada!
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segunda-feira, fevereiro 11

JARDIM DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

Jardim de São Pedro de Alcântara

Passei por lá ontem ao princípio de uma tarde luminosa de inverno. Podemos voltar a sentir orgulho por aquele belíssimo espaço de Lisboa. A vista é, como sempre, esplendorosa, mas o espaço cresceu, em área disponível e qualidade. Só por isto já valeu a pena o meu voto em António Costa.
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quarta-feira, novembro 28

AI COSTA, COSTA!

Ilustração daqui

Já não frequento uma barbearia vai para uns tempos pois além de sofrer moderadamente de fobia da “bata branca” a matéria-prima a tratar – apesar de estimável – é escassa e tem sido sujeita a tratamento artesanal não se dando mal com o mesmo.

Quanto à iniciativa de António Costa a respeito dos impostos municipais, puxando-os para cima, devo dizer, com toda a clareza, que não entendi a ideia, apesar de Costa ser um político experimentado. Sabemos - ou porventura nem imaginamos - do estado calamitoso das finanças municipais herdado da gestão santanista e C.ª.

Mas, apesar dessa herança desastrosa, o caminho menos promissor que Costa poderia seguir, para o saneamento financeiro da CML, era o do aumento de impostos e taxas. Ao menos por duas razões: criou a imagem de que não tem coragem para cortar nas despesas – um mundo de desnecessidades e desperdícios – e deu uma oportunidade de “baliza aberta” ao PSD – maioritário na Assembleia Municipal – para chumbar as propostas de aumento de impostos sem que alguém – da direita à esquerda – possa lastimar o chumbo.

Chama-se a isto jogar para perder em todos os tabuleiros não tendo Costa ganho, sequer, capital de queixa para futuras refregas eleitorais. A não ser que esteja já repousado na futura Lei Eleitoral das Autarquias mas, como todos sabemos, nesta coisa de eleições autárquicas tudo pode acontecer.
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quinta-feira, novembro 15

TERREIRO DO PAÇO


Este é um tema recorrente da gestão da cidade de Lisboa. Parece mentira mas é verdade: o Terreiro do Paço é um es-paço demasiado grande. O Marquêz de Pombal mandou reconstruir Lisboa, após o terramoto de 1755, com visão de futuro. Mas o futuro não se deu bem com a visão do Marquêz.

Ali está aquela Praça, fronteira ao majestoso Tejo, delimitada por edifícios de porte bastante apreciável, como tantas outras Praças nobres nos centros históricos das cidades, por esse mundo fora, vazia ou falsamente preenchida de animação.

Para o Terreiro do Paço ninguém é capaz de forjar um conceito arrojado que lhe dê vida, tornando-o visitável, transformando-o num centro de atracção cosmopolita. Não vou cometer o suicídio de avançar com ideias à toa. Mas basta que os especialistas sejam chamados a apresentar propostas e haja dinheiro para as concretizar. Aos curiosos que tenham viajada um pouco pelo mundo basta puxarem pela memória.

Quantas praças fascinantes, plenas de actividade económica, com acessibilidades, lugares e eventos interessantes para visitar, gente enchendo as esplanadas e animação cultural, são a imagem de marca de tantas cidades. O Terrreiro do Paço, com o Tejo ali tão perto, vai continuar agonizante?
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domingo, novembro 11

ARTE LISBOA

Ontem numa visita à Arte Lisboa deu para ver muita pintura. Impressionou-me, em particular, um trabalho de Ana Vidigal no âmbito dos Project Rooms – Trabalhos Experimentais. Trata-se de uma instalação representando um quarto ligado a uma história da própria família construída em torno de memórias, fotográficas e epistolares, da participação de um familiar próximo na guerra colonial. Simples, inesperado e comovente.
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terça-feira, outubro 9

A conduta rebentou

Posted by PicasaIlustração daqui

Pelo vidro entreaberto dizem-me que rebentou uma conduta na Avenida da Índia. Longe, em volta de uma enorme coroa urbana, milhares de horas perdidas. Na Avenida de Ceuta rodou-se a uma média entre os 0 e os 5 km/h. Mas o placar do controle de velocidade marcava, impávido e sereno, o limite máximo de 50. A cidade não resiste ao rebentar de uma borbulha, o caos aflora brutal mal uma conduta adoece, a cidade apresenta sintomas de não estar preparada para uma pequena catástrofe quanto mais para uma grande. Mas o sistema de controlo de velocidade, na Av. de Ceuta, impávido e sereno, prossegue a sua vigilância perante o cortejo dos silêncios e dos atrasos. Oh Costa, por favor, aprende as lições!
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sexta-feira, setembro 7

POPULISMO A CADA ESQUINA

Posted by PicasaEl Pais

Madeleine: Kate McCann entra nas instalações da PJ sob apupos e vaias

O populismo espreita a cada esquina. É a segundo vez que me refiro a este caso que hoje tem honras de primeira página nos jornais e televisões de muitos países.

Seja qual for o desenvolvimento do processo judicial todos os cidadãos têm direito a serem defendidos de toda e qualquer ameaça de julgamento popular.

Será pedir muito às autoridades policiais que mantenham a populaça à distância dos McCann que até ontem eram heróis populares e, a partir de hoje, ameaçam tornar-se execráveis vilões?

Neste caso particular não é só a defesa do mais elementar direito à presunção de inocência, no âmbito de um processo judicial, é a própria imagem do país que está em causa. Já basta o que basta!...
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domingo, setembro 2

quinta-feira, agosto 16

RADARES


Elena Kulikova

Lisboa/Radares: Mais de 64 mil infracções e um mínimo de 3.8 milhões de euros de receita em apenas um mês de actividade

Esta receita extraordinária pode encantar Teixeira dos Santos e, em particular, António Costa mas, convenhamos, que é daquelas operações que cheiram a “conto do vigário”. Hoje, ao fim da tarde, assisti, na Avenida de Ceuta, à actuação de uma patrulha da PSP, controlando a velocidade, através de um carro encoberto com radar, no troço contíguo a um dos radares fixos. Algumas ruas e vias rápidas da cidade foram transformadas em autênticas minas de ouro para o Estado e a autarquia à custa da imposição de limites de velocidade desadequados e, nalguns casos, praticamente impossíveis de cumprir. Excessos …
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