quarta-feira, novembro 28

AI COSTA, COSTA!

Ilustração daqui

Já não frequento uma barbearia vai para uns tempos pois além de sofrer moderadamente de fobia da “bata branca” a matéria-prima a tratar – apesar de estimável – é escassa e tem sido sujeita a tratamento artesanal não se dando mal com o mesmo.

Quanto à iniciativa de António Costa a respeito dos impostos municipais, puxando-os para cima, devo dizer, com toda a clareza, que não entendi a ideia, apesar de Costa ser um político experimentado. Sabemos - ou porventura nem imaginamos - do estado calamitoso das finanças municipais herdado da gestão santanista e C.ª.

Mas, apesar dessa herança desastrosa, o caminho menos promissor que Costa poderia seguir, para o saneamento financeiro da CML, era o do aumento de impostos e taxas. Ao menos por duas razões: criou a imagem de que não tem coragem para cortar nas despesas – um mundo de desnecessidades e desperdícios – e deu uma oportunidade de “baliza aberta” ao PSD – maioritário na Assembleia Municipal – para chumbar as propostas de aumento de impostos sem que alguém – da direita à esquerda – possa lastimar o chumbo.

Chama-se a isto jogar para perder em todos os tabuleiros não tendo Costa ganho, sequer, capital de queixa para futuras refregas eleitorais. A não ser que esteja já repousado na futura Lei Eleitoral das Autarquias mas, como todos sabemos, nesta coisa de eleições autárquicas tudo pode acontecer.
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