Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, janeiro 2
Marcelo 2017 - segundo dia
Ainda à entrada do ano novo umas palavras acerca do Presidente Marcelo no qual, enquanto candidato, não votei. Desde o inicio a sua notoriedade pessoal era tamanha que lhe permitiu conduzir uma campanha sem os constrangimentos do propagandismo tradicional. Uma vantagem que se casou bem com a sua personalidade permitindo-lhe surgir aos olhos do povo como um cidadão igual aos outros - sendo tão diferente! Nos tempos que correm, propensos às mais variadas derivas populistas, eis que Marcelo inventa um discurso politico, e uma postura cidadã, apropriáveis pelo maior número, até ao presente, passando ao lado do populismo tendencialmente anti democrático. Ser popular não é ser populista. Qual o segredo? Ser capaz de manter um ritmo na ação muito além da que resulta da vulgar postura institucional/burocrática; dispor de sensibilidade para entender quão importante se torna, nos nossos dias, encurtar a distância entre os políticos e os cidadãos; manter viva a inteligência para não desprezar o valor do tempo, na vida e na politica, apesar de tudo parecer nele excessivamente rápido; ser capaz de prevenir nas relações institucionais para não ter que intervir; ser autêntico na busca de acordos, equilíbrios, diálogos e, se possível, consensos entre forças e tendências aparentemente inconciliáveis; entender a dimensão e o peso, no contexto internacional, do país (pequeno e muito dependente) redimensionando a esfera da ação externa a todos os níveis. É pouco, é muito? É circunstancial, é permanente? É tático, é estratégico? Nunca se sabe ao certo numa época tão excessiva em disrupções e ameaças estruturais em cada estado nação e na esfera supra nacional. Mas já lá vai o tempo em que era aceitável mantermo-nos impávidos, e serenos, nas nossas certezas para não aceitarmos olhar e ouvir, atentamente, as certezas dos nossos adversários. Na politica, como na vida, mais vale a abertura critica à mudança, que corre em todos os sentidos, do que o silêncio das certezas mortas .
domingo, janeiro 1
1 de janeiro 2017
1 de janeiro. Faz frio em Lisboa, embora temperado; mudámos de ano civil mas não mudámos de vida. A guerra (fria? quente?) continua, embora Guterres, na sua primeira mensagem como SG da ONU, apele à paz. Este apelo à paz era expetável, embora não feito por ele. A eleição de Guterres é, para Portugal, o acontecimento mais relevante das últimas décadas. Um pequeno país, em dimensão física e demográfica, cuja afirmação no mundo só pode ser alcançada pela ousadia das iniciativas que promovam a sua projeção externa com visão estratégica. A União Europeia existe mas é vista pelas grandes potências globais, e regionais, como um projeto falhado (logo veremos!)que valorizam, cada vez mais, cada um dos países que a integram. Sem cair na armadilha do populismo, do nacionalismo exacerbado, é urgente entender que de fora nos olham pelo que valemos. E que valeremos, enquanto país, tanto mais quanto mais nos soubermos valorizar aos olhos dos outros.
sexta-feira, dezembro 30
ANO NOVO
Fim do ano, ano novo. Não há balanços, mas há balanços. Prefiro o ano novo ao ano velho. Revejo-me mais no futuro do que no passado. O futuro abre a porta a novos desafios. É uma porta de entrada no desconhecido, confirma expetativas ou contraria-as. O tempo fascina-me, o espaço conforma-me. Espero, tenho esperança, que o futuro nos surpreenda desdizendo os justificados receios dos arautos da desgraça. O medo é o pior inimigo da paz. Comecemos por nós próprios, nossos familiares e amigos.Busquemos em nós a força da esperança num futuro de paz e concórdia entre os povos e as nações. Bom ano de 2017.
segunda-feira, dezembro 26
NATAL 2016
O Natal de 2016 já passou, como se diria nas "praças financeiras", e em todas as praças, misto. Coisas boas e más se misturam o que, aliás, sempre acontece todos os anos. Além dos desastres que são próprios da natureza e, com mais intensidade, no nosso tempo, de ações terroristas (quantas, consumadas ou não,nunca se chegam a conhecer?) cada um de nós carrega as suas pena fazendo sofrer indiretamente os outros, em particular, os que nos são mais próximos. O espirito natalício, seja o que for o espirito natalício, não é remédio para os males do mundo e do homem, quanto muito uma trégua, um alivio, que não liberta a humanidade das suas insidias e lutas insanas. Mesmo os mais distraídos se apercebem que vivemos uma crise profunda ameaçando valores e princípios que, em todas as latitudes, conforme os credos e crenças, haviam sido dado como adquiridos. Acumulam-se as ameaças à paz enquanto se avoluma o medo. Como diria o outro: isto anda tudo ligado e não vale a pena fugir para parte incerta que, nos dias da chamada globalização, não há ínfima parcela da terra que possa ser dada por segura. Só há uma solução como, em desespero, proclamam os mais preclaros pregadores: que cada um de nós pratique todos os pequenos gestos de tolerância, e boa vontade, que estejam ao seu alcance, perante todos os outros.
sexta-feira, dezembro 23
Anteontem foi solstício de inverno
Anteontem foi solstício de inverno, o dia mais pequeno do ano, inicio do inverno, verão nas antípodas, e tudo nas nossas vidas ficou na mesma, salvo o que resulta do efeito do tempo. Sempre aprendemos com nossas experiência, e as dos outros, ao longo do tempo que é o nosso, irrepetível, e como seria estimulante que o aproveitássemos em pleno. Fui um dia destes obrigado a frequentar, como utente, uma urgência de um hospital público durante uma madrugada inteira. Observei com atenção o que se passava à minha volta, nem era uma daquelas noites de intensa procura daqueles serviços (foi o que me disse a enfermeira), e na austeridade dos espaços, entre o sofrimento contido dos doentes, havia humanidade nos serviços prestados, razoável presteza e atenção ao sofrimento alheio. O serviço funcionava com um padrão de qualidade que aos olhos de um cidadão atento é mais que suficiente. Com queixas, é certo, dos prestadores dos cuidados, certamente, comuns a todos os servidores públicos. Mas não encontro razões para me queixar do serviço que me foi prestado, e que vi prestar, na qualidade de utente do SNS. Que haja capacidade politica, humana, técnica e financeira para o manter e melhorar. Os dias vão tornar-se maiores todos os próximos dias. Em breve chegará a primavera e a luz que nos ilumina mudará de tonalidade mas nós, no essencial, manter-nos-emos fieis às nossas crenças e aos nossos medos.
domingo, dezembro 18
13 ANOS
Fotografia enviada pela minha prima Conceição. No ambiente rural de inicio dos anos 50 do século passado os meus avós maternos, meus pais, irmão, tios e outros familiares, na "casa do campo" em Santo Estevão - Tavira - que, hoje, é de minha pertença. Um dia destes hei-de começar a tratar dela como merece.
Amanhã este blog faz 13 anos de vida. Como sempre acontece com altos e baixos, mais ou menos intensidade e diversidade, mas mantendo a maior regularidade possível num meio que, aparentemente, passou de moda. Mas nunca se sabe o futuro.
Aqui deixo as primeiras palavras publicadas na tarde do dia 19 de dezembro de 2003:
Estreia absoluta. Um lugar de comunicação. Experiência para a primeira impressão dos outros. Uma primeira audição para inicio de trabalho.
Amanhã este blog faz 13 anos de vida. Como sempre acontece com altos e baixos, mais ou menos intensidade e diversidade, mas mantendo a maior regularidade possível num meio que, aparentemente, passou de moda. Mas nunca se sabe o futuro.
Aqui deixo as primeiras palavras publicadas na tarde do dia 19 de dezembro de 2003:
Estreia absoluta. Um lugar de comunicação. Experiência para a primeira impressão dos outros. Uma primeira audição para inicio de trabalho.
sábado, dezembro 17
PAPA FRANCISCO - pelos seus 80 anos
240. O cuidado e a promoção do bem comum da sociedade compete ao Estado. Este, com base nos princípios de subsidiariedade e solidariedade e com um grande esforço de diálogo político e criação de consensos, desempenha um papel fundamental – que não pode ser delegado – na busca do desenvolvimento integral de todos. Este papel exige, nas circunstâncias atuais, uma profunda humildade social.
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA - EVANGELII GAUDIUM DO PAPA FRANCISCO
24 de novembro de 2013
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA - EVANGELII GAUDIUM DO PAPA FRANCISCO
24 de novembro de 2013
quarta-feira, dezembro 14
MÁRIO SOARES
Mário Soares por Júlio Resende
Um dia, só pode ter sido no ano de 1969, fui com o Xico Chaves e a Helena Moura e mais alguém, que já não me lembro quem, falar com o Soares à sede da CEUD. O Xico Chaves, que vive no Brasil e não sei que é feito, é que teve a ideia.
Ficamos à espera numa sala um tempo e apareceu-nos um Soares imponente com aquele ar triunfante mesmo quando está na mó de baixo. A conversa foi curta e inconclusiva pois, pelo menos eu, não estava virado, à época, para a social-democracia ou para o socialismo democrático.
O Soares impressionava mas era demasiado pouco estimulante para o nosso desejo de mudança. Sentia-me melhor na CDE. E assim foi.
No início dos anos 80 tudo mudou. Passei a apoiar todas as iniciativas do Soares e, desde o início, a sua “impensável” primeira candidatura presidencial que havia de sair vencedora.
Na sequência da extinção do MES, com um grupo de ex-militantes deste movimento, no qual se incluía o Ferro Rodrigues, ingressei, em 1986, no PS depois de ter sido candidato independente nas eleições legislativas de 1985 nas quais só faltou ser açoitado pelo povo nas ruas. Deve ter sido o pior resultado de sempre do PS.
Hoje o que me interessa assinalar é o hino à vida e à intervenção cívica de que Mário Soares é um exemplo. Que viva!
segunda-feira, dezembro 12
terça-feira, novembro 29
Fazer durar o tempo ...
Muitos portugueses ainda se interrogam - uns menos crispados, outros menos eufóricos - como foi possível chegar até à aprovação do 2º OE por uma maioria de esquerda apoiando um governo minoritário do PS. Não analisei a fundo a natureza politica dos governos europeus em funções, nem antecipo resultados de próximas eleições e referendos. Dizem as vozes da opinião publicada que a Europa está madura para ser governada à direita imoderada, não liberal, levando a cabo uma barrela fazendo desaparecer da face dela os infiéis de todas as estirpes. O processo pode ter começado a leste da Europa - Hungria, Polónia ... - caminhando para o centro - Áustria, Holanda - eventualmente mais para sul - Itália, França - com o Reino Unido em fase de rutura com a UE, via referendo. Pode ser um falso alarme, um exagero, mas convém não subestimar a realidade que vem anunciando ventos de inesperada(?)intolerância soprados dos USA. No entanto na fronteira mais a ocidente da Europa foi aprovado o OE/2017 por força de um acordo politico à esquerda. O teste da sua robustez ou fragilidade vai começar no próximo domingo quando se souberem os resultados do referendo na Itália e das eleições presidenciais na Áustria. Na frente interna as notícias dos indicadores não serão más, antes pelo contrário, podendo consolidar a prova da viabilidade de soluções de governo mais para além da rotatividade dos partidos do sistema. Se não faltar a clarividência, e coragem, aos partidos que apoiam o governo em funções escapando à defesa pura e dura do seu próprio espaço de sobrevivência politica eleitoral pode ser que seja possível fazer durar o tempo ...
sábado, novembro 26
Morreu Fidel Castro
Visitei Cuba no verão de 1976 (com Víctor Wengorovius e Francisco Farrica - uma delegação do MES). Levava uma carta de Otelo (candidato presidencial) para Fidel. Não nos encontrámos com Fidel, nem chegámos a conhecer o teor da mensagem, por vontade própria, nem Fidel, por razões indecifráveis. No dia em que o mundo conhece a notícia da morte de Fidel Castro, sinto o olhar nostálgico e caloroso dos cubanos, sua sede de futuro e de liberdade. Mas a lenda do Fidel revolucionário, carismático na sua presença e oratória fascinantes, persistirá para sempre.
sexta-feira, novembro 25
UM ANO DE GOVERNO NOVO
Passado um ano sobre o "achado" do governo socialista apoiado por uma maioria de esquerda o que há dizer que não digam todos? Uma nova solução politica, como dizia dias atrás Correia de Campos, que bloqueia a emergência do populismo de esquerda, um passo no processo de refundação da esquerda caso as lideranças resistam às pulsões partidaristas das bases, a apresentação de um caso de estudo não só para exercícios académicos de cientistas da politica, mas também, e principalmente, para os eurocratas ao serviço ou capturados pelo capital financeiro, uma plataforma politica transitória destinada a preparar a emergência de novos equilíbrios na relação capital/trabalho, centros/periferias, ... não certamente um mundo novo, mas uma nova esperança na superioridade do papel da politica sobre a economia, abrindo espaço para a afirmação de uma nova geração de dirigentes políticos com um brilhozinho nos olhos e uma luz bruxuleante no coração. É o meu desejo e a minha esperança.
quinta-feira, novembro 24
sexta-feira, novembro 18
GUERRA E PAZ
Ana Hatherly
Voltando a um tema que, de súbito, entrou na agenda. Não é uma minudência mas, tão somente, o magno tema da guerra e da paz. Do silêncio dos salões, e subtilezas de comentadores da politica e da "coisa pública", ao debate aberto em todos os meios foi um instante. Não é por acaso que emergem por todo o lado sinais de intolerância através de protagonistas que julgávamos irremediavelmente afastados do centro da decisão politica, ainda para mais na maior potência militar conhecida no mundo. As ameaças à paz mundial deixaram de ser uma longínqua inquietação de seres enredados em rebuscados pensamentos, os pessimistas da razão. Elas são expostas e propaladas aos quatro ventos, como noutros tempos de sinistra memória, como se anunciassem o melhor dos mundos. Em guarda!
Voltando a um tema que, de súbito, entrou na agenda. Não é uma minudência mas, tão somente, o magno tema da guerra e da paz. Do silêncio dos salões, e subtilezas de comentadores da politica e da "coisa pública", ao debate aberto em todos os meios foi um instante. Não é por acaso que emergem por todo o lado sinais de intolerância através de protagonistas que julgávamos irremediavelmente afastados do centro da decisão politica, ainda para mais na maior potência militar conhecida no mundo. As ameaças à paz mundial deixaram de ser uma longínqua inquietação de seres enredados em rebuscados pensamentos, os pessimistas da razão. Elas são expostas e propaladas aos quatro ventos, como noutros tempos de sinistra memória, como se anunciassem o melhor dos mundos. Em guarda!
segunda-feira, novembro 14
FUTURO? Sim, acredito!
Tantas pessoas diferentes, estamos rodeados de uma multidão de pessoas diferentes. O progresso da nossa sociedade ocidental e, em geral, de todas as sociedades fez com que as diferenças - de religião, crença, cor de pele, ideologia, orientação sexual .... - não fossem razão, ao fim de muitos séculos, em cada vez mais larga escala, na ordem jurídica e social, de discriminação e perseguição. Sou obrigado a reconhecer que pairam fortes ameaças sobre conquistas que, quase sempre, fomos tentados a acreditar terem sido aquisições civilizacionais definitivas. Afinal os sinais dos últimos tempos, que os últimos dias acentuaram, obrigam-nos a pensar o contrário. Mas havemos de encontrar o caminho da liberdade sem negar a justiça, o caminho da justiça em liberdade. Futuro? Sim, acredito!
sexta-feira, novembro 11
Que ninguém diga que não foi avisado
Que ninguém diga, no tempo que é o nosso, que não foi avisado desde há muito tempo:
“Eu moro no bairro judeu, ou o que assim se chamava até ao momento em que os nossos irmãos hitlerianos limparam tudo. Que barrela! Setenta e cinco mil judeus deportados e assassinados, é a limpeza pelo vácuo. Admiro esta aplicação, esta paciência metódica! Quando não se tem carácter, é preciso ter método.”
Albert Camus, in "A Queda"
“Eu moro no bairro judeu, ou o que assim se chamava até ao momento em que os nossos irmãos hitlerianos limparam tudo. Que barrela! Setenta e cinco mil judeus deportados e assassinados, é a limpeza pelo vácuo. Admiro esta aplicação, esta paciência metódica! Quando não se tem carácter, é preciso ter método.”
Albert Camus, in "A Queda"
quinta-feira, novembro 10
segunda-feira, novembro 7
MES - Pelo 35º aniversário do jantar de extinção
7 de novembro de 1981- Jantar de extinção do MES
É notável como, invariavelmente, os rostos ostentam um sorriso de serena felicidade e alegria. O encerramento de uma experiência fascinante poderia ser celebrado com melancolia ou crispação mas, no caso do jantar de extinção do MES, aconteceu o contrário.
Muitos anos passados, cada um de nós, ainda se revê, com prazer, nas imagens daquele momento simbólico de renúncia à continuidade de um projecto político. Porque nos libertamos? Porque fomos capazes de assumir o fracasso? Porque sabíamos que éramos, individualmente, capazes de prosseguir novos caminhos e abraçar novos desafios? Porque, afinal, nos reconciliávamos connosco próprios, reconstruindo os nossos sonhos utópicos?
Como disse Camus: “Ir até ao fim, não é apenas resistir mas também não resistir.”
(Fotografias de António Pais.)
É notável como, invariavelmente, os rostos ostentam um sorriso de serena felicidade e alegria. O encerramento de uma experiência fascinante poderia ser celebrado com melancolia ou crispação mas, no caso do jantar de extinção do MES, aconteceu o contrário.
Muitos anos passados, cada um de nós, ainda se revê, com prazer, nas imagens daquele momento simbólico de renúncia à continuidade de um projecto político. Porque nos libertamos? Porque fomos capazes de assumir o fracasso? Porque sabíamos que éramos, individualmente, capazes de prosseguir novos caminhos e abraçar novos desafios? Porque, afinal, nos reconciliávamos connosco próprios, reconstruindo os nossos sonhos utópicos?
Como disse Camus: “Ir até ao fim, não é apenas resistir mas também não resistir.”
(Fotografias de António Pais.)
Albert Camus - pelo aniversário da seu nascimento
Albert Camus nasceu em 7 de novembro de 1913, na Argélia, e morreu num acidente de viação, a caminho de Paris, em 4 de janeiro de 1960.
Camus publicou, em vida, dezanove obras, de 1937 a 1959, entre as quais se destacam os romances (“L’Étranger” em 1942, “La Peste” em 1947), as novelas (“La Chute” em 1956, “L’Exil et le Royaume” em 1957) as peças de teatro (“Caligula” e “Le Malentendu" em 1944, “L’État de siège" em 1948, “Les Justes” em 1950), e os ensaios (“L’Envers et l’Endroit" em 1937, “Noces” em 1939, “Le Mythe de Sisyphe” em 1942, “Les lettres à un ami allemand” em 1945, “L´Homme révolté” em 1951 e”LÊté” em 1954). É necessário ainda juntar três recolhas de ensaios políticos (“Les Actuelles”), “Les deux Discours de Suède” (pronunciados aquando da atribuição do Nobel) e a contribuição para a obra de Arthur Koestler intitulada “Réflexions sur la peine capitale”.
Outras obras foram editadas após a sua morte entre as quais se contam o “diário” dos seus pensamentos e leituras, assim como notas de trabalho, publicado sob o título “Carnets”; o diploma de estudos superiores de 1936: “Métaphysique chrétienne et néoplatonisme”, publicado pela “La Pléiade”; o romance inédito, “La Morte heureuse”, cuja redacção data de 1937; o manuscrito inacabado, encontrado na pasta de Camus depois do acidente de viação que o vitimou:“Le Premier Homme”, esboço do que viria a tornar-se o seu grande romance quasi autobiográfico e ainda a sua correspondência com o amigo Jean Grenier.
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