sábado, janeiro 12

ASAE


É uma das instituições mais discutidas no nosso país. O escândalo transferiu-se da inexistência, ou ineficiência, de fiscalização nesta área para um eventual excesso de intervenção ou de protagonismo público da ASAE. Mas convém saber que a ASAE é um Órgão de Polícia Criminal. Não é de admirar que os seus agentes sejam treinados para a luta contra o crime. Não se trata de um devaneio autoritário do governo como diria o estimável Bastos mas de um singelo, e difícil, exercício da autoridade democrática. Também na repressão do crime é preciso conta, peso e medida. A justa medida. A capacidade de agir de forma proporcional. Mas se as democracias não lutarem contra o crime, o crime acaba com as democracias. É fácil de entender. [Aqui podem ler um texto de um especialista, no caso, aplicado ao Algarve.]
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O PACHECO, OUTRA VEZ

Acabei de ler a versão integral daquela que deve ser a última entrevista do Luiz Pacheco (com ele nunca se sabe!) depois de ter lido, ao pequeno-almoço, no café, a versão “censurada” dada à estampa na versão em papel do “Sol”. Até me ri sozinho, fazendo “figura triste”, pois já não me lembrava do “Cabeça de Vaca”. Só não entendo a razão pela qual, num país livre, o dito Semanário censurou a entrevista publicada na versão em papel. O Pacheco já foi a enterrar e mesmo se fosse vivo nem queria saber. Se foram fazer a entrevista, e fizeram as perguntas que fizeram, que respostas queriam ouvir? Falsos moralismos do Arquitecto e Cª!
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FIM DE SEMANA ALUCINANTE

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sexta-feira, janeiro 11

Guantánamo

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f,world

Elaine Mayes

A Blogger fechou o blog f,world.blogspot da Fátima Rolo Duarte por razões mais ou mais inexplicáveis. Decisões de máquinas mais do que de pessoas. Uma faceta triste deste nosso mundo. Assim, por via das dúvidas, a Fátima passou-se para o Sapo onde, como ela diz, “posso falar com pessoas com caras de pessoas e parar de escrever a máquinas sem rosto, sem nada lá dentro.” Podem ver, a partir de hoje, aqui. Eu gosto muito deste blog.
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quinta-feira, janeiro 10

A LIBERDADE

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ALCOCHETE

Posted by PicasaElena Dementieva
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DA CONTRADIÇÃO ...

Posted by PicasaJenny Lynn

Retomar o processo relativo ao novo Aeroporto da Ota, redefinindo o respectivo calendário à luz dos dados actuais sobre o desenvolvimento expectável do tráfego e tendo em conta a disponibilidade de financiamento comunitário para a
programação do projecto; (…)

Em dois dias sucessivos duas decisões do governo que contrariam o seu programa. Transcrevo acima o que o programa do governo diz a respeito da localização do novo aeroporto (pag.105). É, convenhamos, um modelo de gestão das decisões e da comunicação inteligente: forte no tom e curto no tempo. Mas convinha que o governo explicasse, de forma detalhada e minuciosa, os fundamentos das mudanças. Resta saber se, no caso da localização do aeroporto, os protagonistas, quero dizer o ministro Mário Lino e a sua equipa, têm condições políticas para continuar a liderar o processo e a explicar seja o que for.

Se no caso do referendo não concordo mas compreendo, no caso da localização do novo aeroporto compreendo e sou capaz de concordar. O primeiro-ministro, contra o qual está no mercado da opinião pública uma campanha de fascista para cima, afinal é capaz de mudar de opinião, aceitar o contraditório e, finalmente, decidir contra o seu próprio programa e, ainda por cima, discutir, quinzenalmente, no parlamento, estas mudanças e tudo o mais. Para um candidato a ditador não está mal!

Mas a quebra de compromissos programáticos, em matérias desta importância, carece ser muito bem explicada. É o mínimo que se exige a um governo democrático e responsável.

No caso da localização do aeroporto a mudança da Ota para Alcochete prejudica interesses e expectativas criadas, desde há muitos anos, criando outras expectativas e beneficiando outros interesses. No fim de tudo se a decisão em favor da localização em Alcochete do novo aeroporto, como parece ser o caso, for benéfica para o país, aplaudo. Agora como diziam a propósito do Alqueva: construam-no … porra!
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"PROMISCUIDADES"

Nuno Santos “transferiu-se” da RTP, o canal público de televisão, para a SIC, um canal privado de televisão, concorrentes directos na mesma área de negócio. Nuno Santos, director de programas, deve saber todos os segredos da RTP e, naturalmente, leva-os consigo para a SIC. Ontem, por acaso, foi anunciada a “transferência” do "Gato Fedorento" da RTP para a SIC. É o mercado, estúpido! Não há motivo para alarme público. Numa área tão sensível para a formação da opinião pública, como é a televisão, esta “promiscuidade”, ao contrário do que aconteceu no caso da “transferência” do ex presidente da CGD para o BCP, não é notícia. É curioso, muito curioso!
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AS MULHERES

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AUTOEUROPA

Uma notícia para desanuviar esperando que se não trate de uma interferência do governo na gestão de uma empresa privada: A Autoeuropa pretende atingir uma produção diária de 800 automóveis em 2010, duplicando a de 2007, e prevê um aumento de 2.000 postos de trabalho, anunciou hoje o director-geral da empresa, Jorn Reimers.

quarta-feira, janeiro 9

A PALAVRA PAI

Fotografia de Família – meu pai Dimas, abraçado a meu irmão, ladeado por sua mulher, mãe e irmã. Em baixo eu próprio. (Clique para ampliar)

Por aqueles dias da primavera de 1958 o meu pai perdeu o medo. Pegou-me pela mão e levou-me a ver a passagem por Faro de Humberto Delgado. Estávamos em plena campanha presidencial. Pela primeira vez, desde o imediato pós guerra, o poder de Salazar tremia.

Delgado era destemido, até à beira da loucura, segundo os seus detractores. A sua candidatura forçou à desistência de Arlindo Vicente, candidato apoiado pelo Partido Comunista. Humberto Delgado fez-se ao caminho e arrastou multidões até às urnas.

Eu também lá estive pela mão do meu pai. Seguimos de Faro para Olhão onde a recepção foi apoteótica. Nunca hei-de esquecer a mão quente de meu pai apertando a minha. Eu não sabia ainda o significado da palavra fascismo. Mais tarde Humberto Delgado foi assassinado pelos esbirros da PIDE.

Os assassinos morreram na cama. É revoltante. Tenho medo de sentir esta sensação de revolta perante a tolerância da democracia. Mas a tolerância, afinal, nunca é excessiva. Aprendi isso com o meu pai. Era um comerciante honrado. Morreu no dia 9 de Janeiro de 1992.
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SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

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