Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
terça-feira, maio 31
segunda-feira, maio 30
Mário Soares e os outros ...
A participação de Mário Soares na campanha eleitoral, em defesa do PS, tem muito significado. Ele é o político português vivo com maior prestígio nacional e internacional. É um crítico do estado da União Europeia, e de Sócrates, e as suas posições públicas têm sido contínuas, nunca escondendo dúvidas e divergências com quem quer que seja. Elogiou a personalidade de Passos Coelho, tem apelado a um entendimento pós eleitoral entre os partidos do chamado arco da governação, na base do diálogo e da convergência, mas assumiu abertamente a defesa do voto no PS e a defesa do seu líder. Um político com uma longevidade impressionante que incomoda muita gente com a sua irreverência e capacidade de surpreender. Enfim politica! Muitos sectores da comunicação social ficaram hoje sem jeito no tratamento da sua entrada na campanha eleitoral. Notícias truncadas e omissões, esvaziando a importância pública do seu pronunciamento. Espero agora que surjam nesta campanha também Jorge Sampaio e António Guterres, em defesa do partido do qual foram líderes, pois Ferro Rodrigues já lá está como candidato. Só Constâncio, vice-presidente do BCE, uma das organizações integrantes da troika, tem um álibi perfeito para se manter em silêncio. Os outros não!
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domingo, maio 29
sábado, maio 28
sexta-feira, maio 27
Re- Memorando
O chamado Memorando de Entendimento está traduzido, e publicado, há um ror de dias. Salvo raras excepções, na qual se inclui o Ferro Rodrigues, ninguém se interessou por introduzir o tema na campanha. Um deserto de debate acerca do núcleo duro das medidas que qualquer que seja o governo terá que aplicar no futuro próximo. Muito próximo. Seco. Conciso. Preciso. Com metas e prazos fixados. E também com algumas margens de flexibilidade. O essencial resume-se em duas palavras: governar bem e depressa! Estão a ver? Será necessária convergência e união! Estão a ver? Um Presidente da República interveniente, desde a primeira hora, no quadro da Constituição! Estão a ver? Que nem a esquerda, nem a direita sejam lançadas em bloco para a oposição! Estão a ver? Muitas condições, e muito exigentes, no exercício inteligente da política. Política! Estão a ver? Re- Mmeorando: em lugar do debate acerca do seu conteúdo, a querela acerca da forma da sua versão final.
quarta-feira, maio 25
terça-feira, maio 24
segunda-feira, maio 23
Kate Royal
Daqui
Há certas coisas que não faço. Há muitas coisas que não faço. Tal como a maioria das pessoas. Somos diferentes e as coisas que não fazemos manifestam-se através dessa diferença. Há outras coisas que faço. Algumas, sei que são coisas antigas que a maioria das pessoas não faz e podem causar espanto. Também cheguei a ver na idade adulta carroças puxadas a cavalo nas ruas centrais de Lisboa. Hoje já não é possível ver carroças puxadas à força de bestas nas ruas centrais de Lisboa. Uma coisa antiga que ninguém já acha possível vir a renascer. Mas transportamos connosco hábitos, e traços de carácter, que nasceram e morrerão connosco. Coisas antigas que os partidos reflectem pois são intrínsecas à nossa cultura.
7/4/2011
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domingo, maio 22
Luanda Cozetti e Mafalda Arnauth
Luta eleitoral. A partir deste dia, pós congresso socialista, suceder-se-ão os episódios próprios de uma campanha eleitoral. Reina a paz social. Salvo uma ou outra greve, sempre dos mesmos grupos sociais protegidos pelo emprego público, o povo sustem a respiração para que não lhe caia em cima a desdita da fome e da miséria. O nosso povo aspira a ser remediado, por isso a sua sina para a acomodação e, ao mesmo tempo, a sua capacidade de resistência. Os que vierem de fora, com a missão de negociar a concessão de um pacote financeiro, se estiverem de olhos abertos, tomarão nota que este povo não é o que pensaram que fosse. Um povo secular que deu novos mundos ao mundo, um povo que inaugurou antes de tempo a era global. Um povo resistente à adversidade. Um povo sereno perante os perigos. Crente perante o insondável e destemido perante os desafios da sobrevivência. Como muito bem observou um cineasta O Bom Povo Português.
11/4/2011
sexta-feira, maio 20
ADELE
O debate. Gostei do tom geral do debate apesar do desgaste deste modelo. Nenhum dos intervenientes hipotecou futuros, desejáveis, necessários e inevitáveis, entendimentos políticos. Sócrates esteve bem, conseguindo quase sempre marcar a agenda do debate. Passos superou-se face a anteriores desempenhos não perdendo a compostura. Sócrates foi igual a si próprio sem ser excessivo. O desgaste da governação faz parte das regras do jogo mas Sócrates acomoda esse desgaste como poucos políticos em qualquer parte do mundo!. Ninguém pode dizer com segurança que deste debate saiu um derrotado e um vencedor. Apesar de todos os "clubismos partidários" este é um facto positivo. Pois há mais vida, e política, para além das eleições.
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quinta-feira, maio 19
quarta-feira, maio 18
terça-feira, maio 17
segunda-feira, maio 16
CARMINHO
Numa rua mesmo ao lado de minha casa estão a construir uma escola nova. Todos os dias verifico os seus progressos. Antes estava lá uma escola pré fabricada de madeira, coisa boa, que julgo ter sido oferecida pelos suecos logo após o 25 de Abril de 74. Esta escola nova é um edifício moderno que tenho visto crescer no lugar da escola de madeira muito antiga, entretanto demolida, que tão bem serviu tantos anos. Dirá a propósito um nostálgico do passado: que pena deitarem abaixo um prefabricado de madeira que ainda estava em tão bom estado de uso! Mais na moda dirá um crítico acérrimo de Sócrates: que desperdício de dinheiro aplicado em obras sumptuárias! Dirá um ministro (ou ministra) da educação de um hipotético futuro governo do PSD: a obra tem defeitos, podia ter sido evitada, mas dá muito jeito! Digo eu: a escola está construída e fará parte da história de um período de forte progresso da educação em Portugal! O que dirão os alunos, as famílias, os professores? Hoje, amanhã, depois ...
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domingo, maio 15
sábado, maio 14
sexta-feira, maio 13
quinta-feira, maio 12
CIRANDA DA BAILARINA
Ciranda da Bailarina de Edu Lobo (música) e Chico Buarque (poema), pelos próprios, em defesa da liberdade de expressão de pensamento, contra a censura, em defesa do Dr. Catroga! Todo o mundo tem pentelho, só a bailarina que não tem!
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quarta-feira, maio 11
terça-feira, maio 10
domingo, maio 8
O QUE FOI QUE ACONTECEU
Para fixar atentamente para o próximo futuro: "Não será possível ter um governo que junte o PSD e o PS" e "Já disse que formarei um governo com não mais de 10 ministros," - volto a aconselhar vivamente a leitura do "memorando de entendimento" para aquilatar da viabilidade de executar o compromisso nele contido colocando, como questão de princípio, a exclusão do PS (ou do PSD) de um futuro governo!
[Substituí o clip por razões técnicas.]
sexta-feira, maio 6
quinta-feira, maio 5
ARDEM-ME OS OLHOS
Ardem-me os olhos. De cada vez que roubo tempo ao sono, ardem-me os olhos. Lava-os com água fria, e ardem-me os olhos. Será o tempo roubado ao sono? Pois quando encontro tema que me entusiasme logo me esquecem os ardores. Podem-me arder os olhos mas, por vezes, não os sinto arder. Ou quase não os sinto. Não sei o que acontece. Mas o corpo quando se cansa é mais por aborrecimento do que pelas duras penas que lhe inflijo. Sinto-o. É o melhor elogio que lhe posso fazer. Ele responde arquejante de prazer.
11/9/2008
[Uma série de posts acerca das eleições legislativas de 5 de junho de 2011, mesmo quando não parece.]
quarta-feira, maio 4
terça-feira, maio 3
segunda-feira, maio 2
domingo, maio 1
'Cantigas do Maio'
Regressemos à infância feliz
(dos dias sem tempo perdido)
Oiçamos o ruído imperceptível
(das vozes do nosso sangue)
Adivinhemos a força do vento
(os segredos nele guardados)
Cuidemos da memória pura
(dos amantes da liberdade)
30/4/2008
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